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Maria Cecilia Pimenta Andrade - Doctoralia.com.br

Solução para as doenças?

O princípio "Deixe o alimento ser teu remédio e o remédio ser teu alimento", exposto por Hipócrates aproximadamente 2.500 anos atrás, está recebendo um interesse renovado. Em particular, tem havido uma explosão do interesse dos consumidores no papel de alimentos específicos ou componentes alimentares ativos fisiologicamente, os supostos alimentos funcionais de melhorar a saúde.

"Comer bem é uma arte que só se leva a perfeição quando se protege a saúde."

Obviamente, todos os alimentos são funcionais, por proporcionarem sabor, aroma ou valor nutritivo. Durante a última década, entretanto, o termo funcional como aplicado aos alimentos tem adotado uma conotação diferente, que é a de proporcionar um benefício fisiológico adicional além daquele de satisfazer as necessidades nutricionais básicas.

Alimentos funcionais

O termo alimentos funcionais foi primeiramente introduzido no Japão em meados dos anos 80 e se refere aos alimentos processados contendo ingredientes que auxiliam funções específicas do corpo além de serem nutritivos. Até esta data, o Japão é o único país que formulou um processo de regulação específico para os alimentos funcionais. Conhecidos pela denominação de "Foods for Specified Health Use" (FOSHU). A tradução da expressão para o português é Alimentos Funcionais ou Nutracêuticos. Esses alimentos são qualificados e trazem um selo de aprovação do Ministério de Saúde e Previdência Social japonês. Atualmente, 100 produtos estão licenciados como alimentos FOSHU no Japão.

Nos Estados Unidos, a categoria de alimentos funcionais não é reconhecida legalmente. Independente disto, muitas organizações têm proposto definições para esta nova e emergente área da ciência dos alimentos e nutrição. O Comitê de Alimentos e Nutrição do Institute of Medicine definiu alimentos funcionais como "qualquer alimento ou ingrediente que possa proporcionar um benefício à saúde além dos nutrientes tradicionais que ele contêm". As novas gerações mais preocupadas com a saúde têm feito dos alimentos funcionais o carro mestre da indústria alimentícia dos EUA. Entretanto, as estimativas da magnitude deste mercado variam significativamente, como não há consenso no que constitui um alimento funcional. A Decision Resources, Inc. estima o valor de mercado dos alimentos funcionais em 28,9 bilhões de dólares. Mais significativo, talvez, é o potencial dos alimentos funcionais de mitigar doenças, promover a saúde e reduzir os custos da assistência à saúde.

Alimentos funcionais

Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o crescente aparecimento de doenças crônicas como obesidade, aterosclerose, hipertensão, osteoporose, diabetes e câncer, está havendo uma preocupação maior, por parte da população e dos órgãos públicos de saúde, com a alimentação.

Hábitos alimentares adequados como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais, juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios físicos regulares, ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o envelhecimento.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano.

Alimentos funcionais

De acordo com a ANVISA, o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais, além de atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o consumo sem supervisão médica.

O surgimento recente desses novos produtos que trazem um "algo mais", além dos nutrientes já conhecidos, teve influência de fatores como: os altos custos com o tratamento de doenças, o avanço nos conhecimentos mostrando a relação entre a alimentação e o binômio saúde/doença e os interesses econômicos da indústria de alimentos.

É importante salientar que antes do produto ser liberado para o consumo deve obter registro no Ministério da Saúde e, para isso, precisa demonstrar sua eficácia e sua segurança de uso. O fabricante deve apresentar provas científicas comprovando se a alegação das propriedades funcionais referidas no rótulo são verdadeiras e se o consumo do produto em questão não implica em risco e sim, em benefício à saúde da população. Lembrando ainda que as alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, à redução de risco mas não à cura de doenças.

As propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser provenientes de constituintes normais desses alimentos como no caso das fibras e dos antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno) presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais ou através da adição de ingredientes que modifiquem suas propriedades originais exemplificada por vários produtos industrializados, tais como: leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo Ômega 3.

Um ponto que vale a pena ser comentado, é o fato de alguns alimentos industrializados possuírem concentrações muito baixas dos componentes funcionais, sendo necessário o consumo de uma grande quantidade para a obtenção do efeito positivo mencionado no rótulo. No caso do leite enriquecido com Ômega 3, por exemplo, seria mais fácil e vantajoso, o consumidor continuar ingerindo o leite convencional e optar pela fonte natural de Ômega 3 que é o peixe. Primeiro, porque normalmente os produtos industrializados com ação funcional são mais caros, segundo pois o peixe tem outros nutrientes importantes a oferecer como proteínas de boa qualidade, vitaminas e minerais. Portanto, o produto contendo a substância funcional não substitui por completo, o alimento de onde foi retirado tal composto, uma vez que apresenta apenas uma característica deste.

Ainda em relação aos produtos industrializados com caráter funcional, é importante esclarecer que o simples consumo desse tipo de alimento, com a finalidade de obter um menor risco para o desenvolvimento de doenças, não atingirá o objetivo proposto se não for associado a um estilo de vida saudável levando em consideração principalmente, a alimentação e a atividade física.

Na tabela abaixo, estão descritos alguns exemplos de compostos presentes nos alimentos funcionais e seus respectivos benefícios à saúde:

Compostos Ações no Organismo Fontes Alimentares
Betacaroteno Antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares. Abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre, couve.
Licopeno Antioxidante relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata. Tomate.
Fibras Redução do risco ao câncer de intestino e dos níveis de colesterol sangüíneo. Frutas, legumes e verduras em geral e cereais integrais.
Flavonóides Antioxidantes que diminuem o risco de câncer e de doenças cardiovasculares. Suco natural de uva, vinho tinto.
Isoflavonas Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares. Soja.
Ácido graxo Ômega 3 Redução dos níveis de colesterol sangüíneo e do risco de doenças cardiovasculares. Peixes, óleo de peixes.
Pró-bióticos Ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de microrganismos patogênicos. Iogurtes, leite fermentado.

Por fim, uma alimentação equilibrada e variada incluindo, diariamente, alimentos de todos os grupos na proporção correta já fornece alimentos com propriedades funcionais naturais, sendo desnecessária a aquisição de produtos funcionais industrializados normalmente com custo mais elevado para obter os nutrientes essenciais e os benefícios à saúde.

Os alimentos funcionais tem invadido o mercado, pois além da função original de nutrição, eles prometem também ajudar na prevenção e tratamento de doenças, como se fossem remédios. Esses alimentos, enriquecidos de vitaminas, sais minerais, ácidos etc., são a nova tendência do mercado alimentício. Nos Estados Unidos, esse mercado movimenta cerca de 15 bilhões de dólares por ano.

No Brasil, são vários os produtos que tentam agregar um valor nutricional maior aos alimentos. Já está sendo produzindo, em caráter experimental, um amido de milho que agrega aveia, cevada, arroz e milho, vitaminas e ferro. Algumas marcas de leite incluem em sua composição o ferro, que ajuda no tratamento da anemia, principalmente entre crianças e idosos, além de várias vitaminas com funções diversas e até um ácido chamado Ômega-3, que ajuda no controle do colesterol prevenindo doenças cardiovasculares.

Também os ovos já estão vindo enriquecidos com o Ômega-3 e com 40% a menos de colesterol, podendo ser ingeridos mesmo por quem possui níveis mais altos de colesterol.

Benecol

Até as margarinas já entraram na luta contra o colesterol. Composta de Sitostanol, uma margarina finlandesa promete reduzir significativamente o colesterol em poucas semanas com uma maragrina e bebidads lácteas de nome "Benecol", desde que seja consumida uma colher e meia dessa margarina ou uma determinada quantidade do "iogurte", diariamente.

Benecol

Os pães enriquecidos com fibras, além de ajudar no funcionamento do intestino, também influem na redução do colesterol e podem ser úteis até na dieta dos diabéticos, já que as fibras ajudam a retardar a absorção dos açúcares.

Mas, é preciso observar que apesar de representarem um grande avanço na área nutricional, os alimentos funcionais não realizam milagres. Para atingir a meta do consumo recomendado de fibras, que é de 30 gramas por dia, seria preciso ingerir aproximadamente 1 quilo de pão enriquecido com fibras. Seria necessário beber de um a dois litros de leite enriquecido com Ômega-3 por dia para conseguir ingerir a quantidade equivalente ao consumo diário mínimo dessa substância. Noventa por cento dos lactobacilos vivos encontrados nos iogurtes que prometem a recomposição da flora intestinal morrem antes de chegar lá, pois não resistem ao ácido gástrico no estômago. É certo que esses alimentos ajudam, mas só isso.

Na verdade é bom que o consumidor não dispense e sequer substitua a alimentação tradicional, realmente saudável, pelos milagres anunciados. Nada se compara a uma dieta equilibrada somada com a prática regular de exercícios físicos.

É certo que, aliados a esses fatores, os alimentos enriquecidos podem ser úteis, mas não trarão resultado se forem o único ou o preponderante recurso alimentar usado pelo consumidor.

Seguindo uma tendência mundial, toma impulso no Brasil um novo conceito de nutrição segundo o qual os alimentos não servem apenas para matar a fome e fornecer energia ao organismo. mas precisam igualmente contribuir para melhorar a saúde das pessoas. São os chamados alimentos funcionais em cuja composição entraram substâncias capazes de reduzir os riscos de doenças e alterar funções do corpo humano. Vejamos algumas dessas substâncias

Ômega 3, Ômega 6 - Ômegas são gorduras extraídas de peixes de água fila e vegetais que ajudam a reduzir os níveis de colesterol no sangue e controlar a pressão arterial- principais fatores de risco para as doenças do coração.

Fibras - As fibras retardam o processo de absorção dos alimentos no estômago ajudando a regular as funções intestinais e a reduzir o colesterol. Nos diabéticos, podem retardar a absorção de açúcar pelo organismo.

Ferro - Recomendado contra a anemia, sobretudo entre crianças e idosos. A deficiência de ferro atinge cerca de 2 bilhões de pessoas: de cada 10 crianças brasileiras com menos de 5 anos, seis sofrem de carência do mineral.

Gordura Vegetal - A gordura vegetal é recomendada para baixar os níveis de colesterol e prevenir a arteriosclerose. Ë encontrada sobretudo nos óleos de girassol, canola e soja.

Ação dos alimentos funcionais

As propriedades benéficas decorrem de substâncias presentes nos alimentos, que possuem ação específica sobre determinados processos fisiológicos ou bioquímicos do organismo humano. Como exemplo, veja-se o caso dos hormônios femininos Estrogênio e Progesterona, associados com o sistema reprodutor feminino.

Organismo

Os hormônios atuam no organismo através de ligações semelhantes a conexões elétricas. A “tomada” no organismo é chamada de receptor, sendo proteínas existentes nos órgãos onde os hormônios devem atuar. Existem diversos padrões de conexões entre "plugs" e tomadas, o que também ocorre entre os hormônios e seus receptores. Apenas quando a conexão é perfeita o hormônio manifesta sua ação. Por exemplo, no caso dos Estrógenos, as células do útero, do ovário, da mama e de outros órgãos possuem proteínas receptoras, onde o hormônio se liga, a fim de poder cumprir sua função bioquímica ou fisiológica.

Sob determinadas condições, o hormônio causa danos às células, podendo atingir o DNA. Alterações na estrutura do DNA, à semelhança de mutações, tem alto potencial carcinogênico. Dessa maneira, proteínas estruturalmente e funcionalmente diferentes podem ser expressas, afetando as respostas celulares, como a do receptor hormonal. Existem substâncias, como as Isoflavonas, que se assemelham, estruturalmente, aos hormônios e podem se ligar aos receptores. Assim, existem estrogênios “fracos” que se ligam aos receptores hormonais e, como possuem baixa atividade, seu efeito sobre o código genético é nulo. Por exemplo, alimentos que contenham em sua composição linhaça ou soja possuem esse efeito, o que lhes confere a propriedade de prevenir determinados tipos de tumores malignos.

Climatério e Menopausa: Quando seus ovários reduzem a produção de Estrógenos e Progesterona, as mulheres ingressam no climatério, período em que os ciclos menstruais ficam irregulares até cessarem completamente. Ao cessar a menstruação, as mulheres entram na Menopausa. Os sintomas nesse período é caracterizado por sensações desconfortáveis, como os “fogachos”, que são ondas de calor, acompanhadas de sudorese, que podem durar até 30 minutos. Também surgem suores noturnos, ressecamento da vagina, diminuição da libido (desejo sexual), incontinência urinária, dores de cabeça, alterações da pele e cabelos, insônia, cansaço, obesidade, redução da massa óssea (osteoporose), perda de massa muscular, entre outros. Os sintomas físicos podem ser acompanhados de lapsos de memória, nervosismo, irritação, depressão, ansiedade, tensão e mau humor. Embora o climatério seja um processo normal, pelo qual todas as mulheres passam, os sintomas a ele associados demandaram muitos estudos para a melhoria da qualidade de vida das mulheres durante o climatério e a menopausa. Existem diversos alimentos que reduzem o desconforto causado por esses processos, sendo a Soja o mais importante deles.

Alimentos funcionais provenientes de fontes vegetais

AVEIA

Aveia

Há agora uma concordância científica significativa de que o consumo deste alimento vegetal em particular pode reduzir o colesterol total e a lipoproteína de baixa densidade (LDL), desse modo reduzindo o risco de doenças cardíacas coronarianas. Por isso, o Food and Drug Administration (FDA) outorgou o primeiro alimento específico com alegação de promoção de saúde em janeiro de 1997 (DHHS/FDA, 1997), em resposta a uma petição submetida pela Quaker Oats Company (Chicago, EUA).

Em sua petição de alegação de promoção de saúde, a Quaker Oats Company sintetizou 37 ensaios de intervenção clínica em humanos conduzidos entre 1980 e 1995. A maioria destes estudos revelou reduções estatisticamente significativas no colesterol total e LDL em pessoas com hipercolesterolemia que consumiram ou uma dieta americana típica ou uma dieta com baixo teor em gorduras. A quantidade diária de farelo ou farinha de aveia consumida nos estudos acima variou de 34 g a 123g. A Quaker Oats determinou que 3 gramas de betaglucan seria necessário para alcançar uma redução de 5% do colesterol no plasma, uma quantidade equivalente a aproximadamente 60 g de farinha de aveia ou 40 g de farelo de aveia (peso bruto). Assim, um alimento que traga uma alegação de promoção de saúde deve conter 13 g de farelo de aveia [oat bran] ou 20 g de farinha de aveia [oatmeal], e proporcionar, sem enriquecimento, pelo menos 1 grama de betaglucan por porção. Em fevereiro de 1998, a alegação de promoção de saúde das fibras solúveis foi ampliada para incluir a fibra Psyllium.

SOJA

Soja

A soja tem estado na berlinda durante os anos 90. A soja não apenas é uma proteína de alta qualidade, conforme avaliação pelo método "Escore de Aminoácidos Corregido pela Digestibilidade Protéica" (Protein Digestibility Corrected Amino Acid Score) do FDA, mas agora tem se pensado que ela desempenha um papel preventivo e terapêutico na doença cardiovascular (DCV), câncer, osteoporose e o alívio dos sintomas da menopausa.

O efeito da soja em diminuir o colesterol é o efeito fisiológico mais bem documentado. Uma meta-análise de 1995 de 38 estudos diferentes (envolvendo 743 pessoas) descobriu que o consumo da proteína da soja resultou em reduções significativas no colesterol total (9,3%), LDL-colesterol (12,9%) e Triglicerídeos (10,5%), com um pequeno porém insignificante aumento (2,4%) da proteína de alta-densidade (HDL). Análise de regressão linear indicou que o nível limiar de ingestão de soja no qual os efeitos sobre os lipídeos do sangue se tornaram significativos foi de 25 g. No que se refere ao componente específico responsável pelo efeito da soja em diminuir o colesterol, recentemente tem se dado atenção as Isoflavonas. O mecanismo exato pelo qual a soja exerce seu efeito hipocolesterolêmico (baixar o colesterol) não foi completamente elucidado.

As Isoflavonas são moléculas com o núcleo semelhantes à flavona (também presente nos bioflavonóides) e guardam semelhança química significativa entre si. As mais estudadas até agora são:

- Genisteína;

- Daidzeína;

- Gliciteína;

- Equol;

Por apresentarem estrutura química muito parecida, exercem ações farmacológicas semelhantes, variando quanto à potência dos efeitos. O reino vegetal é a origem dessas substâncias, sendo que a soja é a espécie que, até agora, demonstrou ser mais concentrada em Isoflavonas.

Ações Farmacológicas e Biológicas:

1) Atividade Estrogênica: Logo de início, a semelhança química entre as Isoflavonas e o núcleo do Estradiol (o HORMÔNIO FEMININO), sugere que estes fitocompostos possam exercer atividade estrogênica. De fato, tal suposição foi confirmada através de inúmeros trabalhos realizados e publicados com esses produtos hoje chamados de fitoesteróides (em função de sua origem vegetal). Tais estudos, atualmente, visam mais estabelecer um grau de comparação entre a potência dos fitoesteróides do que comprovar seus efeitos, já mais do que corroborados. Sabe-se que a genisteína tem um milésimo da potência hormonal quando comparada ao estradiol. O que fica patente em toda a literatura disponível sobre as Isoflavonas, especialmente a genisteína, é que possuem discreta ação hormonal estrogênica e que esse potencial pode ser benéfico à terapêutica de situações como o início da menopausa, onde os estrogênios começam a diminuir acentuadamente.

2) Inibição do Câncer: Muito do que tem se falado sobre a atividade anticancerígena das Isoflavonas se explica pela atividade estrogênica fraca dos produtos. Cientistas da Universidade de Illinois, EUA, esclarecem que ao se ligarem nos receptores estrogênicos a genisteína (e outras Isoflavonas ativas) impede a ligação dos hormônios originais, que são muito mais potentes e proliferativos, pois:

- Os estrogênicos fracos também possuem atividade antiestrogênica;

- O Tamoxifeno, usado na terapia anticâncer da mama, tem a estrutura relacionada com os fitoestrogênios

- Vegetarianas, que podem ter menos risco de certos tipos de câncer, excretam níveis mais altos de fitoestrogênios".

A par de vários trabalhos que demonstram inibição do câncer e retardamento em seu desenvolvimento, que demonstram ser a atividade anticancerígena da genisteína relativa à competição que essa exerce com os estrogênios verdadeiros, provou-se que essa Isoflavona inibe o desenvolvimento de câncer também em células não dotadas de receptores estrogênicos. Se a princípio esse achado complicou ainda mais o estudos com as Isoflavonas, a seguir as investigações levaram à descoberta de outros mecanismos de ação anticancerígena:

- Inibição da enzima Proteína Tirosina-quinase (PTK);

- Inibição da enzima DNA Topoisomerase II;

- Controle da diferenciação celular;

- Inibição da produção de espécies reativas do oxigênio (Radicais Livres).

3) Efeitos sobre o Colesterol: Talvez esse lado preventivo das Isoflavonas tenha sido o mais discutido nos últimos 2 anos e por aí tenha se consolidado o termo Nutraceutical (Nutracêutico)- alimento terapêutico. Com efeito, as evidências de que as Isoflavonas, em especial a genisteína da soja, reduzem os níveis de colesterol total sanguíneo são tantas que tal efeito é atualmente informado ao consumidor, através dos rótulos dos alimentos, conforme autorização da Food and Drug Administration (FDA) - órgão do governo americano conhecido pela rigidez e austeridade científica. Muitos estudos apontam para conclusões que têm sido unânimes: as Isoflavonas diminuem os níveis de colesterol total, diminuem a fração LDL e aumentam a fração HDL no sangue. São os efeitos mais esperados de uma droga ou nutriente para o tratamento das dislipidemias, especialmente nos pacientes que têm história familiar. Porém, há um estudo efetuado com macacos na Bowman Gray School of Medicine, Wiston-Salem, NC - USA, evidenciaram marcante efeito protetor das Isoflavonas no que tange à doença vascular obstrutiva. Os níveis de colesterol total e LDL nos animais alimentados com extrato de soja com Isoflavonas foram impressionantemente menores do que o grupo com caseína. Os níveis de HDL no grupo com soja foram, também, muito superiores no grupo com Isoflavonas. Mais impressionantes ainda foram as medidas post mortem dos níveis de ateroesclerose: os animais do grupo com Isoflavonas, após as autópsias, mostraram artérias saudáveis ou com níveis mínimos de lesão endotelial, quando comparados ao grupo com caseína.

4) Efeitos sobre a Osteoporose: Nesse campo ainda não há consenso total, mas vários autores e respectivas pesquisas mostraram que as Isoflavonas ajudam na manutenção da massa óssea e até ganho percentual (2,2%).

Indicações e Aplicações:

É muito claro o crescimento dos Nutracêuticos na medicina preventiva. Nos estudos com as Isoflavonas, já muito numerosos a esta altura, ficaram evidenciadas as seguintes aplicações:

Na área cardiovascular - a mais cogitada, em função da evidência das pesquisas. As Isoflavonas se consolidam como redutoras do colesterol e LDL e pela proteção ao endotélio vascular (neutralizam Radicais Livres).

Na endocrinologia e ginecologia - as Isoflavonas da soja provaram sua utilidade como estrógenos fracos, exibindo discreta ação hormonal, competindo com os estrogênios para diminuir o risco proliferativo na mama. Com relação à menopausa, as Isoflavonas reduzem os seus sintomas clássicos.

No câncer - há pesquisas que mostram haver outros mecanismos além dos ERs (Estrogen Response) na inibição do desenvolvimento de tumores. Esses outros mecanismos são a inibição de enzimas como as PTKs e DNAt.

Na osteoporose - manutenção e ganho de massa óssea (2,2%, após 6 meses) também foram constatados.

OUTROS ALIMENTOS FUNCIONAIS PROVENIENTES DE FONTES VEGETAIS:

LINHAÇA

Linhaça

A linhaça nada mais é que a semente do linho (Linum usitatissimum), de cor marrom escura, cujas propriedades nutritivas e terapêuticas são secularmente conhecidas. Na cozinha, entra na composição de receitas de pães, bolos e assemelhadas. As propriedades mais conhecidas do óleo de linhaça são a regularização do funcionamento do intestino, em especial no tratamento da prisão de ventre e na revitalização da pele.

Linhaça

Possui alta concentração do ácido graxo α-linolênico (cerca de 60%), que pertence ao grupo Ômega-3, e de lignana, uma fibra útil no processo digestivo. Na linhaça, estão presentes diversas substâncias com efeito benéfico, como β-caroteno, vitamina E, glicosídios, linamarina, taninos e mucilagem. De sua fração lipídica, constam os ácidos graxos cis-linoléico, oléico, palmítico, γ-linoléico e esteárico. Também é encontrado o ácido α-linoléico que, além de ser reserva e fonte de energia, é vital para a formação do tecido nervoso, atuando também na regulação da pressão arterial e da freqüência cardíaca. Auxilia na coagulação sanguínea, no metabolismo dos ácidos graxos, além de ativar o sistema imunológico do organismo e reduzir a taxa de LDL-colesterol do sangue.

A linhaça fortalece unhas, dentes e ossos e torna a pele mais saudável. Possui ação antioxidante e efeito terapêutico em distúrbios do cólon, do sistema urinário, da próstata e em desordens menstruais. Também é utilizada para o tratamento de infecções (urinária, psoríase), distúrbios imunológicos (lupus), alergias e eczema, artrite reumatóide, aterosclerose, auxilia no tratamento da asma e do diabetes, e atenua a formação de radicais livres pelo stress.

No intestino dos mamíferos são sintetizados o Enterodiol e a Enterolactona, através de bactérias que utilizam a Lignana presente nos alimentos. Ambas as substâncias são similares aos estrógenos e possuem atividade hormonal fraca e ação anti-estrogênica, manifestando ação anti-oncogênica (mama, próstata, endométrio). A associação da linhaça com uma dieta de baixa concentração de lipídios demonstrou ser efetiva na diminuição da divisão celular e no aumento da taxa de mortalidade de células malignas de pacientes com câncer da próstata, de acordo com pesquisa do Centro Médico da Universidade Duke (Durham-NC, EUA).

Entre os principais óleos extraídos de sementes, o óleo de linhaça contém o maior conteúdo (57%) do ácido graxo Ômega-3, um ácido a-linolênico. As pesquisas atuais, todavia, têm se concentrado mais especificamente nos compostos associados a fibras conhecidos como lignanas. As duas lignanas primárias de mamíferos, enterodiol e seu produto oxidado, enterolactona, são formadas no trato intestinal pela ação bacteriana sobre precursores da lignana vegetal. A linhaça é a fonte mais rica de precursores de lignana de mamíferos. Devido ao fato que o enterodiol e a enterolactona são estruturalmente similares tanto aos estrogênios sintéticos como aos de ocorrência natural, e porque vem sendo mostrado que eles possuem atividades estrogênica fraca e anti-estrogênica, eles podem desempenhar um papel na prevenção de cânceres dependentes de estrogênios. Entretanto, não há nenhum dado epidemiológico e relativamente poucos estudos com animais para apoiar esta hipótese. Em roedores, a linhaça demonstrou diminuir tumores do cólon e da glândula mamária.

Um número menor de estudos tem avaliado os efeitos da alimentação com linhaça sobre marcadores de risco para câncer em humanos. Na década de 90, cientistas demonstraram que a ingestão de 10 g de linhaça por dia desencadeou diversas mudanças hormonais associadas com a redução do risco de câncer de mama. A excreção urinária de lignana é significativamente menor em pacientes pós-menopausa com câncer de mama quando comparadas com controles que se alimentavam com uma dieta normal variada ou uma dieta lactovegetariana.

Também tem se demonstrado que o consumo de linhaça pode reduzir o colesterol total e o LDL, bem como agregação plaquetária.

TOMATE

Tomate

Selecionado pela revista Eating Well como o Vegetal do Ano em 1997, o tomate vem recebendo uma atenção significativa nos últimos três anos por causa do interesse no Licopeno, o carotenóide primário encontrado nesta fruta, e seu papel na redução do risco de câncer.

O Licopeno tem se mostrado uma substância de muita importância na nutrição humana. Estudos sobre este elemento têm demonstrado que ele exerce efeito positivo na resistência aos raios ultravioletas e prevenção de doenças do coração e do câncer, principalmente o de próstata, pulmão e estômago.

Recentes estudos sugerem que o Licopeno, uma substância presente em abundância no tomate, seja responsável pela proteção contra doenças cardíacas e câncer, especialmente de próstata, cólon e reto.

O Licopeno é um carotenóide que está mais concentrado nos tomates, mas ele só é bem absorvido pelo organismo quando cozido (o calor rompe as paredes das células e libera o Licopeno de uma matriz de proteínas e fibras). Dessa forma, as melhores fontes são molhos e sucos de tomate. O suco é uma importante fonte de Licopeno, se aquecido, como ocorre quando engarrafado ou enlatado.

Sabe-se, também, que tomates que amadurecem no pé são mais ricos em Licopeno do que os amadurecidos depois de colhidos. Outras boas fontes de Licopeno são os melões, cidras e, em menor quantidade, lagostas e caranguejos, que dá a cor avermelhada a estes quando cozidos.

Os supostos benefícios que o Licopeno trazem à saúde podem ser considerados a partir do consumo diário de ½ litro de suco de tomate.

O Licopeno ingerido é armazenado no fígado, pulmões, próstata, cólon e pele. Sua capacidade de concentrar-se nos tecidos tende a ser mais alta do que a dos outros carotenóides. Outros estudos que vêm sendo realizados em vários centros de pesquisa sugerem que o Licopeno pode, ainda, reduzir o risco de degeneração macular (dos olhos) e de oxidação de lípidios séricos (do sangue).

É preciso considerar que muitos outros componentes potencialmente benéficos que estão presentes nos tomates, bem como em outros frutos e vegetais, ainda necessitam de maiores estudos para que se possa afirmar com certeza que possuem propriedades anticancerígenas.

Vários estudos recentes mostraram que uma dieta rica em tomates e seus derivados está intrinsecamente ligada à redução de certos tipos de câncer e pode, na verdade, ajudar a prevenir câncer de próstata. O Prof. Omer Kucuk professor de medicina e oncologia e colegas do Karmanos Cancer Institute em Detroit, Mich., avaliaram o efeito que o Licopeno em cápsulas teve em pacientes com câncer de próstata.

O estudo mostrou que os pacientes que tomaram suplementos de Licopeno tiveram tumores menores, que ficaram confinados à próstata. Os níveis de APE de soro (Antígeno de Próstata Específico, um indicador usado para detectar câncer de próstata) diminuíram nos paciente que receberam Licopeno na forma de extrato de tomate. Além disso, os tumores nos pacientes que consumiram o Licopeno natural mostraram sinais de regressão e malignidade reduzida.

O excesso de estresse oxidativo é um fator importante para o início e desenvolvimento de aterosclerose, câncer, catarata, artrite e outras doenças degenerativas. A exposição a altos riscos ambientais, tais como fumo, poluição ou radiação, aumenta o estresse oxidativo para além da habilidade que o sistema de defesa do organismo tem para enfrentá-lo. O mecanismo que nos protege contra os radicais livres enfraquece com a idade. Portanto, os idosos, os fumantes e aqueles expostos a perigos ambientais, são mais vulneráveis a doenças degenerativas.

Várias pesquisas apontam para o tomate como importante aliado na prevenção de doenças cardíacas e de vários tipos de câncer, especialmente de próstata, cólon, reto e bexiga. Um estudo feito pela Sociedade Americana para a Pesquisa do Câncer mostrou evidências de que o alto consumo de tomate entre homens com câncer de próstata reduziu o tamanho do tumor e diminuiu sua velocidade de crescimento.

Na verdade, o herói responsável pela função protetora do tomate é um de seus componentes: o Licopeno. Membro da família dos carotenóides, o Licopeno é um pigmento que confere a cor avermelhada a frutas e vegetais como goiaba, melancia e cenoura, agindo como um potente antioxidante. Os resultados dos estudos estimulam os pesquisadores a continuar investigando o uso do Licopeno em caráter preventivo e até mesmo como arma terapêutica para pacientes portadores de câncer, até que provas definitivas sejam encontradas.

Vale a pena ressaltar que esses resultados ainda são preliminares e que muitos outros pretensos protetores, como o betacaroteno e a vitamina C, entre outros, não têm ainda suas ações de proteção confirmadas.

Além de ser o alimento que contém o mais alto teor de Licopeno, o tomate apresenta muitas outras propriedades potencialmente benéficas à saúde. Do ponto de vista medicinal, tem ação diurética e laxativa e ainda possui pouquíssimas calorias. Entretanto o Licopeno é melhor absorvido na corrente sangüínea quando cozido; o calor rompe as paredes das células tornando o Licopeno biodisponível.

O Licopeno é encontrado em vários alimentos de cor vermelha como tomates e seus produtos derivados, por exemplo: molho de tomate, extrato de tomate e ketchup. É encontrado também na toranja, melancia e goiaba.

Num estudo de seis anos de 48.000 profissionais de saúde masculinos, o Dr. Edward Giovannucci e colegas da Harvard Medical School concluíram que o consumo de tomates, molho de tomate ou pizza mais que duas vezes por semana em vez de nunca, estava associado com a redução do risco do câncer de próstata entre 21 a 34 por cento, dependendo do alimento.

Um outro estudo publicado no International Journal of Cancer afirmava que o Licopeno parece proteger contra o câncer da boca, faringe, esôfago, estômago, colo e reto. Pesquisadores da Universidade de Illinois informaram que as mulheres com os níveis mais altos de Licopeno tiveram um risco cinco vezes menor de desenvolver sinais pré-cancerígenos de câncer cervical que as mulheres com os níveis mais baixos de Licopeno.

Graças à sua estrutura química singular única, o Licopeno é o melhor supressor biológico conhecido de radicais livres, especialmente aqueles derivados de oxigênio. Descobertas recente indicam que o Licopeno tem uma participação importante no mecanismo natural que protege o organismo dos efeitos prejudiciais dos radicais livres, nos protegendo, desta forma, contra a manifestação de doenças degenerativas.

O Licopeno é um antioxidante que pode doar elétrons para suprimir e neutralizar as moléculas de oxigênio de radicais livres antes que elas prejudiquem as células. As moléculas de oxigênio de radicais livres são consideradas fonte de envelhecimento e a causa de várias doenças degenerativas.

Apesar de ainda não se saber a taxa ideal de consumo de Licopeno, já é comprovado que a inclusão de alimentos-fonte, principalmente o tomate e seus derivados (molho, suco e ketchup) em uma alimentação equilibrada e completa pode auxiliar muito.

Uma dica para favorecer a ação do Licopeno é consumi-lo depois que o alimento que o contém for submetido ao cozimento, como por exemplo no molho de tomate. O calor o ativa ainda mais, e o óleo usado na sua preparação ajuda o organismo a absorvê-lo.

ALHO

Alho

O alho (Allium sativum) é provavelmente a erva mais amplamente citada na literatura por propriedades medicinais. Desse modo, não é uma surpresa que o alho tenha alcançado o posto de segunda erva mais vendida nos Estados Unidos nos últimos dois anos. Os benefícios à saúde propostos para o alho são numerosos, incluindo quimioprevenção do câncer, propriedades antibióticas, anti-hipertensivas e redutoras do colesterol.

O sabor e o odor característico do alho se devem a uma abundância de elementos hidro e lipossolúveis que contêm enxofre, que também são provavelmente responsáveis pelos vários efeitos medicinais atribuídos a esta planta. Entretanto, bulbos intactos de alho contêm somente alguns dos componentes ativos medicinalmente. O bulbo de alho intacto contém um aminoácido inodoro, a Alina [alliin], que é convertida enzimaticamente pela alinase em Alicina quando o dente de alho é moído. Este último componente é responsável pelo odor característico do alho fresco. A alicina então espontaneamente se decompõe para formar numerosos compostos que contêm enxofre, alguns dos quais têm sido investigados por suas atividades quimiopreventivas.

Tem sido demonstrado que componentes do alho inibem a tumorgênese em diversos modelos experimentais. Tem sido demonstrado variações consideráveis na quantidade dos compostos organossulfurados disponíveis em alhos in natura e em produtos à base de alho disponíveis comercialmente.

Diversos estudos epidemiológicos mostram que o alho pode ser eficaz em reduzir o risco de câncer em humanos. Uma investigação caso-controle relativamente grande conduzida na China mostrou uma forte relação inversa entre o risco de câncer de estômago e o aumento da ingestão de plantas do gênero Allium. Mais recentemente, em um estudo com mais de 40.000 mulheres pós-menopausa, o consumo de alho foi associado com uma redução de aproximadamente 50% no risco de câncer de cólon. Uma revisão mais recente de 20 estudos epidemiológicos sugere que os vegetais do gênero Allium, incluindo a cebola, podem conferir um efeito protetor sobre cânceres do trato gastrointestinal.

Também tem se defendido o uso do alho para a prevenção de doenças cardiovasculares, possivelmente através de propriedades anti-hipertensivas. De acordo com Silagy e Neil, todavia, ainda há evidência insuficiente para recomendá-lo como uma terapia clínica de rotina para o tratamento de pessoas hipertensas. Os efeitos cardioprotetores são mais provavelmente devido ao seu efeito de reduzir o colesterol.

Pesquisas sugerem ingerir no mínimo 8 gramas/dia de alho, sendo que que ele nunca deve ser cortado com facas de metal. O melhor é socá-lo ou usá-lo inteiro (retirando-o depois). O alho também não deve ser frito até escurecer, pois toma um gosto amargo e cheiro desagradável.

BRÓCOLIS E OUTROS VEGETAIS CRUCÍFEROS

Brócolis

Brócolis, Repolho, Couve, Couve-Flor, Couve-de-Bruxelas e Nabo, são alguns dos vegetais crucíferos e evidências epidemiológicas tem associado o consumo freqüente desses vegetais crucíferos com a diminuição do risco de câncer.

Em uma revisão recente de 87 estudos caso-controle, demonstraram uma associação inversa entre o consumo total de vegetais Brassica e o risco de câncer. A porcentagem dos estudos caso-controle que mostraram uma associação inversa entre o consumo de repolho, brócolis, couve-flor e couve-de-Bruxelas e risco de câncer foi de 70, 56, 67 e 29%, respectivamente. Os cientistas atribuiram as propriedades anti-carcinogênicas dos vegetais crucíferos ao seu conteúdo relativamente alto de Glicosinolatos.

Couve-flor

Os Glicosinolatos são um grupo de glicosídeos armazenados dentro dos vacúolos celulares de todos os vegetais crucíferos. A Mirosinase, uma enzima encontrada em células vegetais, catalisa estes componentes em uma variedade de produtos hidrolisados, incluindo isotiocianatos e indoles. O indole-3 carbinol (I3C) está atualmente sob investigação por suas propriedades quimiopreventivas do câncer, particularmente da glândula mamária. Além da indução da fase I e II das reações de desintoxicação, o I3C pode reduzir o risco de câncer por modular o metabolismo do estrogênio.

Ainda que tenha sido demonstrado que uma grande variedade de isotiocianatos de ocorrência natural e sintética previnem câncer em animais, tem sido dada atenção a um isotiocianato em particular isolado do Brócolis, conhecido como Sulforafano. O sulforafano tem demonstrado ser o principal indutor de um tipo particular de enzima de fase II, a quinona redutase. Recentemente demonstrou-se que brotos de brócolis de 3 dias contêm níveis de 10 a 100 vezes maiores de Glicorafanina (o glicosinolato do sulforafano) que o correspondente nas plantas maduras.

FRUTAS CÍTRICAS

Frutas cítricas

Diversos estudos epidemiológicos têm demonstrado que as frutas cítricas possuem um efeito protetor contra uma variedade de cânceres humanos. Ainda que laranjas, limões, limas e toranjas [grapefruits] sejam uma das principais fontes de importantes nutrientes como vitamina C, folato e fibras, pesquisas tem sugerido que outro componente seja o responsável pela atividade anti-câncer. As frutas cítricas são particularmente ricas em uma classe de fitoquímicos conhecida como Limonóides.

Com o passar da última década foi se acumulando evidência em apoio ao efeito preventivo do Limoneno contra o câncer, demonstrou que este composto é eficaz contra uma variedade de tumores de roedores tanto espontâneos como induzidos quimicamente. Baseado nessas observações, e porque ele tem pouco ou nenhuma toxicidade em humanos, o Limoneno tem sido sugerido como um bom candidato para uma avaliação em ensaios clínicos de quimioprevenção em humanos. Um metabólito do limoneno, o Álcool Perrilil, está atualmente sendo submetido a fase I de ensaio clínico em pacientes com tumores malignos avançados.

OXICOCO (ARANDO, UVA-DO-MONTE) [Cranberry]

Uva do monte

O suco do Oxicoco tem sido reconhecido como eficaz no tratamento de infecções do trato urinário desde 1914, quando Blatherwick relatou que esta fruta rica em ácido benzóico causava acidificação da urina. Investigações recentes têm se concentrado na capacidade do suco do Oxicoco em inibir a aderência da bactéria Escherichia coli às células epiteliais do aparelhos urinário. Este fenômeno tem sido atribuído a dois componentes: Frutose e um composto polimérico não dialisável. Descobriu-se que este último componente, subseqüentemente isolado dos sucos do oxicoco e do fruto do Vacínio [Blueberry] inibe adesinas presentes nos cílios da superfície de certas E. coli patogênicas (causadoras de doenças).

Cento e cinqüenta e três mulheres idosas que consumiram 300 ml por dia da bebida de Oxicoco tiveram uma incidência significativamente reduzida (58%) de eliminação de bactéria e pús pela urina (bacteriúria com piúria) quando comparadas com o grupo controle após seis meses. Baseado nos resultados desses estudos, as crenças correntes sobre os benefícios do suco do Oxicoco sobre o trato urinário parecem ser justificadas.

CHÁ VERDE

Chá verde

O chá perde apenas para água como a bebida mais consumida no mundo. Uma grande atenção tem sido dirigida aos constituintes polifenólicos do chá, particularmente do chá verde. Os polifenóis abrangem mais de 30% do peso bruto total das folhas do chá fresco. As Catequinas são os polifenóis predominantes e mais significativos do chá. As quatro principais catequinas do chá verde são Epigalocatequina-3-galato, Epigalocatequina, Epicatequina-3-galato e Epicatequina.

Nos últimos anos têm havido um grande interesse nos efeitos farmacológicos do chá; até agora, a maior parte das pesquisas sobre os benefícios do chá à saúde tem focalizado seus efeitos quimiopreventivos contra o câncer, ainda que os estudos epidemiológicos sejam inconclusivos até agora. Uma revisão mais recente sugere que os benefícios do consumo de chá são restritos a uma ingestão grande em populações de alto risco. Esta hipótese apóia os achados recentes de que o consumo de cinco ou mais xícaras de chá verde por dia estava associado com a diminuição da recorrência do câncer de mama de estágio I e II em mulheres japonesas.

Em contraste com os resultados inconclusivos dos estudos epidemiológicos, achados de pesquisa em animais de laboratório claramente sustentam um efeito quimiopreventivo dos componentes do chá contra o câncer. De fato, observou-se que "nenhum outro agente testado para possíveis efeitos quimiopreventivos em modelos animais tem evocado uma atividade tão forte quanto o chá e seus componentes nas concentrações normalmente consumidas pelos humanos".

Há alguma evidência de que o consumo de chá também pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Em 1993 alguns cientistas relataram que o consumo de chá foi a maior fonte de flavonóides numa população de homens idosos na Holanda. A ingestão de cinco flavonóides (Quercetina, Campferol, Miricetina, Apigenina e Luteolina), a maioria dos quais eram derivados do consumo do chá, foi de maneira significativa inversamente associada com a mortalidade por doenças cardiovasculares nesta população. Ainda que diversos outros estudos prospectivos tenham demonstrado uma redução substancial no risco de doenças cardiovasculares com o consumo de chá, a evidência não é atualmente conclusiva.

UVAS E VINHO

Uvas

Há uma evidência crescente de que o vinho, particularmente o vinho tinto, pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares. A ligação entre a ingestão de vinho e a doença cardiovascular tornou-se pela primeira vez aparente em 1979 quando pesquisadores encontraram uma forte correlação negativa entre a ingestão de vinho e morte por doença cardíaca isquêmica tanto em homens como em mulheres de 18 países. A França em particular tem uma taxa relativamente baixa de doenças cardiovasculares apesar da dieta rica em gordura proveniente dos latícinios. Ainda que este "Paradoxo Francês" possa ser parcialmente explicado pela capacidade do álcool em aumentar o colesterol HDL, investigações mais recentes tem focalizado os componentes não-alcoólicos do vinho, em particular, os flavonóides.

O rico conteúdo fenólico do vinho tinto, que é de cerca de 20-50 vezes mais alto do que no vinho branco, é devido a incorporação das cascas da uva na fermentação do suco de uva durante a produção. Demonstrou-se que uvas pretas sem sementes e vinhos tintos (i.e., Cabernet Sauvignon e Petite Sirah) contêm altas concentrações de fenólicos: 920, 1800, e 3200 mg/L, respectivamente, enquanto que as uvas verdes Thompson contêm somente 260 mg/kg de fenólicos. Os benefícios positivos do vinho tinto deve-se à capacidade das substâncias fenólicas de prevenir a oxidação do LDL, um evento crítico no processo da aterogênese.

Aqueles que desejam os benefícios à saúde provindos do vinho sem o risco potencial podem pensar em utilizar o vinho sem álcool, o qual tem demonstrado poder aumentar a capacidade antioxidante total do plasma. Foi demonstrado, também, que o Suco de Uva comercial é eficaz em inibir a oxidação de LDL isolado de amostras humanas. O vinho tinto também é uma fonte significativa de trans-resveratrol, uma fitoalexina encontrada na casca da uva. O Resveratrol também possui propriedades estrogênicas (hormônio semelhante ao feminino) que podem explicar em parte os benefícios cardiovasculares do ato de beber vinho, e ele tem demonstrado uma capacidade de inibir a carcinogênese in vivo.

CASTANHA-DO-BRASIL (Castanha-do-Pará)

Castanha

Assim como noz, pistache e amêndoa, auxilia na prevenção de problemas cardíacos. São ricas em ácidos graxos insaturados (Ácido Oléico, Ácido Linoléico e Ácido Alfa-Linolênico) e pobres em ácidos graxos saturados. Além disso, são ótimas fontes de proteína vegetal, fibra dietética, vitaminas antioxidantes, minerais e fitoquímicos como o ácido elágico, flavonóides, resveratrol, compostos fenólicos, luteolina e os fitotesteróis.

Castanha

Os principais flavonóides das oleaginosas são a quercetina, o campferol e a rutina, que demonstram importante ação inibitória na proliferação das células cancerígenas in vitro. O resveratrol, um potente antioxidante também presente na uva e no vinho, age capturando os radicais livres, evitando a destruição das células e a oxidação das LDL.

No caso da Castanha-do-Pará, hoje em dia denominada Castanha-do-Brasil, também apresenta altos níveis do mineral antioxidante Selênio.

MAÇA

Maçãs

Ao contrário de nós ocidentais, a população japonesa quase não ingere alimentos ricos em proteína de origem animal nem tão pouco é “fanática” por exercícios físicos, tais como, musculação, corrida, etc... E, no entanto, são um dos povos de maior longevidade.

Qual o segredo dos japoneses? É possível que a resposta não seja tão simples a ponto apontarmos um único fator como responsável pela longevidade entre os orientais. Entretanto, algumas pesquisas em andamento comprovam o que a grande maioria da população nipônica já sabia: alimentos saudáveis podem ser a chave essencial para conquistar a saúde e, por conseguinte, a longevidade.

Desse modo, pesquisadores da Nippon Sport Science University Graduate School acabam de divulgar o poder que as maçãs parecem ter sobre, não apenas a saúde, mas quem sabe também sobre uma maior facilidade em emagrecer e perder gordura corporal.

Ricas em substâncias denominadas Polifenóis (as mesmas encontradas em uvas e vinho tinto), as maçãs parecem exercer um papel de “varredores” de radicais livres para fora de nosso corpo. Apesar de há muito já sabermos sobre as propriedades antioxidativas das maçãs, a surpresa ocorreu quando os pesquisadores detectaram uma sensível perda de gordura corporal nas cobaias participantes do estudo.

Ação Lipolítica - Essa foi a primeira vez que uma pesquisa comprovou a capacidade lipolítica (destruição de gordura) dos polifenóis. Apesar de necessitar de maiores estudos, a descoberta sugere que devemos considerar seriamente incluir o consumo diário de maçãs em nossa dieta.

Podemos dizer que os polifenóis são encontrados em diversas formas na natureza. Parte integrante dos flavonóides, os polifenóis são substâncias com grande poder de neutralizar as moléculas de radicais livres (as quais causam lesão às células e, conseqüentemente, doenças), sendo consideradas, portanto, como substâncias antioxidantes. Dentre as grandes fontes de flavonóides polifenóis, podemos citar, além das maçãs, o vinho tinto, as uvas, o morango, a pêra, a ameixa, a cereja, o chá e o chocolate. Apesar de todos serem ricos em polifenóis, a maçã é a grande campeã na concentração dos mesmos.

O exemplo dado pela maçã demonstra claramente que o verdadeiro segredo da longevidade e da saúde reside na simplicidade do que comemos e fazemos. Afinal, talvez não esteja distante o dia em que alimentos funcionais substituam medicamentos.

AZEITE DE OLIVA

Azeite

Numa época já perdida no tempo, Palas Atena, filha de Zeus, travou um duelo intelectual com Poseidon para escolher o presente mais valioso do mundo. O rei dos mares entregou aos deuses um cavalo veloz, forte o suficiente para carregar os homens e ajudá-los nos trabalhos. Ela preferiu consultar os cidadãos gregos, que escolheram como ideal uma oliveira. Atena ganhou. As razões eram, de fato, divinas: o azeite derivado do fruto da árvore provia o homem com luz e comida, curava suas doenças e abreviava seus males. Não é à toa que Homero o exaltava como "ouro líquido".

A oliveira, aliás, foi uma espécie de Forrest Gump da história. Estava presente em todas as cenas importantes. No grande dilúvio dos tempos bíblicos, coube a uma pomba levar para Noé um raminho da planta no bico. O sinal era claro. Se havia oliveiras, tudo estava bem. Mesmo com tanto alarde histórico, o azeite de oliva era pouco utilizado na culinária ocidental moderna, exceto em alguns países do Mediterrâneo, adeptos da famosa dieta que hoje é exemplo de saúde. Os gregos propagaram o amor pelo óleo de oliva, os árabes lhe deram o nome popular no Brasil (az+zait), que significa "suco de azeitona" e as pesquisas recentes usam a desculpa perfeita para a inclusão do produto na alimentação diária.

O azeite, aquele que reduz o LDL, é uma maravilha para o organismo. Pesquisas recentes mostram que o uso regular do azeite também pode ajudar na absorção intestinal, reduzir a hipertensão e estimular a secreção de insulina, ajudando a diminuir os níveis de açúcar. E um estudo de 2001, conduzido por Rebecca L. Hardgrove, da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, revela que o azeite diminui o risco de aparecimento da aterosclerose.

Como quase tudo que é saboroso, o azeite não é liberado à vontade para quem briga com a balança. São nove calorias por grama. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que 30% das calorias ingeridas diariamente sejam provenientes de gorduras. Ou seja, em uma dieta de 2.500 calorias, isso representa cerca de 85 g diárias de azeite. Uma atitude prudente é consumir 30 g (3 colheres de sopa) de azeite de oliva todos os dias, dando margem de 55 g para a gordura intrínseca dos demais alimentos.

Cada tom de dourado indica qualidades, do claríssimo light, para sobremesas, ao escuro, grosso, com buquês florais.

Além de estar repleto de histórias, o azeite pode dar aquele toque que faz da comidinha mais simples um prato que merece poemas.

Assim como o vinho, existem vários tipos de azeite de oliva, cada qual com suas características, que variam de acordo com o país produtor, o tipo de colheita, solo, seleção e o modo de produção. Alguns são feitos com azeitonas ainda verdes, o que lhes confere um sabor mais ácido e cor mais escura. Outros são produzidos com olivas maduras e possuem aparência clara e sabor mais doce e frutado. Existem ainda os azeites com sabores exóticos, como os da Tunísia e Israel, e os macerados, cujas olivas vão para a prensagem com algum tipo de erva, como manjericão, alecrim, frutas e estragão.

Devido a essas particularidades, assim como acontece com o vinho – que, aliás, é acompanhamento perfeito para pratos regados a azeite –, há sempre um tipo adequado para cada receita. Produtos confiáveis podem ser encontrados em bons supermercados e lojas especializadas.

O azeite extra-virgem fica fabuloso quando misturado com aceto balsâmico. Essa combinação também ajuda na redução das doenças cardiovasculares.

O azeite de oliva é classificado de acordo com seu grau de acidez e não pelo preço. O melhor é o extravirgem, feito da primeira prensagem e ácido em até 1%. Em seguida no ranking vem o virgem, feito com duas prensagens e cuja acidez varia entre 1% e 3%. Já o azeite puro passa por vários processos que podem incluir filtragem.

As azeitonas mais verdes são responsáveis pelos sabores mais ácidos.
Não se assuste e nem se engane se em alguns lugares você encontrar azeite light. Eles contêm exatamente o mesmo número de calorias do extravirgem. Por serem extremamente refinados são claríssimos e pouco lembram o odor e sabor do azeite. Nos Estados Unidos, são muito utilizados em preparações de bolos e sobremesas, já que pouco interferem no sabor.

Seja qual for a sua escolha na hora de comprar o azeite, tenha em mente que todas as gorduras, quando aquecidas a determinada temperatura, tornam-se instáveis, deterioram e apresentam a formação de acroleína, uma substância cancerígena. Por isso, é recomendável ingerir os que não tenham sido submetidos a temperaturas superiores ao seu ponto de fumaça. Na escala de gorduras, é a manteiga que apresenta maior facilidade para formar acroleína.

Na seqüência, vêm os óleos de canola, soja, milho e, finalmente, o azeite de oliva, o mais leve e estável de todos. Ou seja, os deuses sabiam mesmo das coisas.

Como conservar seu azeite:

- Furinhos na lata e bicos dosadores aceleram a oxidação do azeite de oliva. Coloque um pano ou um guardanapo em cima das aberturas;

- Geladeira conserva o azeite, mas retire-o 20 minutos antes do uso;

- Jamais coloque ervas, alho ou pimenta na garrafa do azeite. Eles liberam fungos que turvam o azeite;

- Após abrir o produto, o ideal é consumi-lo em, no máximo, seis meses;

- Adicione uma colher de margarina sem sal na panela antes de jogar o óleo de oliva. Esse truque não deixa o azeite superaquecer;

- Prefira utilizar o azeite cru na finalização dos pratos para não perder antioxidantes, aroma e sabor.

ALCACHOFRA

Alcachofra

Como a chicória, a alcachofra também possui uma substância chamada Inulina (que já foi vista em fibras). A Inulina tem a ação de favorecer o crescimento das boas bactérias no intestino, principalmente as Bifidobactérias e lactobacilos, sendo portanto chamada de Prebiótico. Os probióticos são definidos como "micróbios vivos ingeridos como suplementos que afetam de maneira benéfica o animal hospedeiro por melhorar seu equilíbrio microbial intestinal". Uma das consequências da fermentação da inulina no intestino é o aumento da absorção de cálcio no mesmo.

Outras propriedades atribuídas à inulina são a capacidade de diminuir triglicerídeos e colesterol no sangue, e também de manutenção adequada da glicemia (glicose no sangue).

A alcachofra também é rica em um flavonóide chamado Silimarina, que é um potente antioxidante que protege o fígado de sobrecarga tóxica. A silimarina

Atenção!!!

Este artigo não pretende a prescrição ou indicação de medicamentos. Se você apresenta algum dos sintomas citados procure um Médico pois nada substitui uma consulta com um Médico especializado, pois tanto para a mulher como para o homem, a avaliação Médica e especialmente a Terapia Integrativa tem que ser individualizada e só deve ser prescrita por Médico Especialista, e que para se ter uma base do que se vai indicar para um paciente é necessário fazer uma minuciosa anamnese clínica, avaliar o estado psico-emocional do paciente e fazer um estudo pormenorizado com exames laboratoriais, inclusive Integrativaes como o Teste do Cabelo (Mineralograma) e outros através de sangue, urina e fezes.