.
O Stress ou
Estresse trata-se de uma reação neuro-hormonal a uma
situação inesperada, ou seja, o cérebro libera substâncias (neuro-hormônios)
que irão modificar todo o funcionamento do organismo. O stress é uma
das situações que melhor responde ao tratamento pela Terapia
Ortomolecular.
.
Há sempre uma tendência distorcida a associar o stress à sintomas
emocionais ou seja "só estaria estressado quem estivesse nervoso", mas
não é o que ocorre na verdade.
.
Nos tempos das cavernas, o nosso ancestral, ainda um hominídeo, quando
saia de sua caverna, ao de deparar com uma fera, que era sua caça mas
ao mesmo tempo ele era a caça da fera, tinha duas opções:
- Enfrentava a fera; ou
- Fugia da fera.
.
Em qualquer das duas opções pode-se claramente compreender que havia
mudanças na fisiologia do organismo desse hominídeo
preparando-o para
a luta ou para a fuga, (esta mudança fisiológica é chamada de stress).
.
Ao vencer a luta ou ao fugir dela essa reação preparativa desaparecia
sem qualquer conseqüência fisiopatológica.
.
Já o homem contemporâneo no entanto, enfrenta "feras" em seu cotidiano
sem todavia conseguir vencê-lo ou de fugir e isto trás conseqüências.
É a resposta dada pelo organismo em função de qualquer pressão
identificada por ele como hostil (pressão do mundo externo e/ou
pressão do mundo interno).
.
Esta resposta traz modificações psico-neuro-imuno-endócrinas - não
necessariamente nesta ordem e pode ser:
- Preparativa;
- Adaptativa;
- Desadaptativa.
.
Essa pressão identificada pelo organismo como hostil nós denominamos
de estressores e os classificamos genericamente em:
- Doenças ou traumatismo;
- Calor ou frio excessivos;
- Ameaças reais ou fictícios à segurança ou ao "status quo".
.
Características dos estressores: os fatores que levam ao stress podem
ser:
-
Fortes - transitórios;
- Fracos - costumeiros;
-
Permanentes - inusitados.
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Do ponto de vista didático o stress é decomposto em fases:
- Fase de alerta - é preparativa;
- Fase de resitência transitória - é adaptativa;
- Fase de resistência duradoura - é desadaptativa;
- Fase de exaustão - é desadaptativa.
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Essas fases são controladas e reguladas pelas supra-renais que por sua
vez são estimuladas a partir da seguinte seqüência também conhecida
como cascata do stress.
.
Pela visualização da cascata do stress podemos perceber que:
- A reação hormonal é da córtex da suprarrenal -
Cortisol e
DHEA;
- A reação nervosa é da medula da suprarrenal -
Adrenalina e
Noradrenalina.
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FASE DE ALERTA
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É uma fase preparativa e predominantemente adreno medular (hormônios
da medula da glândula supre-renal) e tem curta duração. Nesta fase as
respostas são fisiológicas preparam o organismo para a luta ou a fuga
(modelo primitivo de embate físico). Ela é considerada a fase positiva
do stress e pode apresentar os seguintes comportamentos a seguir
descritos, alternada ou conjuntamente.
.
Respostas
fisiológicas |
A serviço
de que? |
Pressão arterial - aumenta;
Frequência cardiaca -
aumenta. |
Para o aumento e o volume de
sangue para o cérebro, pulmões, braços e pernas levando mais
oxigênio e suprimentos. |
Respiração aumenta em
profundidade e frequência. |
Para suprir mais
competentemente as musculatura com oxigênio. |
Tensão muscular - aumenta. |
Para haver a adequada
contração muscular deixando-os prontos para agir. |
Sudorese - aumenta. |
Como agente resfriador da
musculatura aquecida. |
Níveis glicêmicos - aumentam;
Níveis de Ácidos Graxos poli
insaturados - aumentam. |
Para haver um suprimento
energético de pronta utilização. |
Fatores de coagulação -
aumentam.
(inclusive o colesterol) |
Para haver
rapidez na coagulação reduzindo as perdas sanguíneas dos
ferimentos. |
Capacidade digestiva -
diminui. |
Porque a
preferência do suprimento sanguíneo é para os órgãos
envolvidos "numa luta ou numa fuga" (cérebro e músculos). |
|
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FASE DE
RESISTÊNCIA
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É adaptativa/desadaptativa e predominantemente adreno cortical
(hormônios da córtex da glândula supre-renal), é mais longa que a
anterior, e permite que o organismo continue a lutar contra o
estressor mesmo depois que os efeitos da fase de alerta desapareceram,
é nessa fase que o organismo lança mão do seu estoque de nutrientes
formadores (vitaminas, minerais e ou aminoácidos).
Ela está dividida em:
.
Fase de resistência transitória - (é adaptativa) as respostas ainda
são fisiológicas (embora adaptadas) e estão a serviço do modelo do
lutar ou fugir. É quando melhor se visualiza o conceito de reação de
adaptação geral (seria uma adaptação da fase de alerta).
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Respostas
fisiológicas |
A serviço
de que? |
Aumento dos níveis de
glicocorticoides. |
Conversão de proteínas em
energia de pronta utilização depois que as reservas de glicose
foram exaunidas. |
Aumento dos níveis dos
mineralocorticoides. |
Pela retenção de sódio manter
pressoricos elevados. |
Aumento dos níveis gastro
duodenais dos sucos digestivos. |
Aceleração
dos processos digestivos visando repor com rapidez os estoques
de nutrientes celulares. |
|
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Fase de resistência duradoura - (é desadaptativa) nesse caso as
respostas já são fisiopatológicas.
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Respostas
fisiológicas |
Consequências... |
Aumento dos níveis de
glicocorticóides. |
Variação dos níveis
plasmáticos de glicose - risco de hipo ou hiper glicemias -
diabetes. |
Aumento dos níveis dos
mineralocorticóides. |
Pela manutenção dos níveis
pressóricos elevados - risco de doenças cérebro - cardio -
vasculares. |
Aumento dos níveis gastro
duodenais dos sucos digestivos. |
Gastrites,
duodenites, ou mesmo úlceras gastro duodenais. |
Bloqueio
dos receptores pós sinápticos de serotonina, pelo excesso de
cortisol. |
Humor depressivo. |
Toda
mobilização a partir da pregnenolona é desviada para a
produção de glicocorticóides em detrimento da produção de DHEA
(em consequência há queda dos níveis dos hormônios sexuais
testosterona, estradiol, estrona e estriol). |
Diminuição da libido
ocorrendo uma I.D.S. e ou uma R.P.S. |
Em função
da neoglicoênese ocorre catabolismo osso e muscular. |
Diminuição
da massa óssea (osteoporose precoce) e diminuição da massa
magra (atrofia muscular). |
Supressão
da resposta imunológica com diminuição das atividades
macrofágicas leucocitárias, principalmente de linfócitos (pela
grande baixa de linfocina). |
Facilitação da instalação de processos bacterianos, viróticos
ou fungicos. |
Aumento
expressivo dos níveis de estresse oxidativo com grande
crescimento da produção de radicais livres (hidroxila,
peróxido de hidrogênio, superóxido e peróxido lipídico) pelo
rápido esgotamento das enzimas antioxidantes naturais (superóxido
simutase, catalase e glutationa peroxidase). |
Nos lipídios - destruição das
membranas celulares por peroxidação dos ácidos graxos
insaturados.
Nas proteínas - inativação de
enzimas por oxidação e alterações estruturais do colágeno.
Nas Lipoproteínas - oxidação das
L.D.L.
Nos carboidratos -
despolimerização dos polissacarídeos.
Nos ácidos onucléoicos - mutação
do D.N.A. |
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FASE DE EXAUSTÃO
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Ela é desadaptativa; é quando pela permanência do elemento estressor,
o stress como resposta fisiológica perpetua-se além da fase de resistência duradoura levando á falência a capacidade do organismo de
liberar hormônios, leucócitos, antioxidantes, neurotransmissores, em
conseqüência do esgotamento dos estoques de nutrientes formadores
(vitaminas, minerais, aminoácidos) e da exaustão das supra-renais.
.
.O stress é o mecanismo que põe em
alerta as funções corporais e prepara a pessoa para a ação. Em
pequenas doses, melhora o desempenho e aumenta a produtividade. Quando
o stress persiste e se torna crônico, pode ter efeitos devastadores
para a saúde e o bem estar.
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ESTÁGIOS
> |
ALERTA
Ao perceber um
perigo real ou imaginário, o organismo se prepara para o
confronto. Isso é feito com descargas extras de hormônios na
corrente sanguínea. O principal é a adrenalina. |
CRÔNICO
Se o stress é
permanente, o sistema imunológico entra em colapso, abrindo espaço
para doenças oportunistas. Aumenta o risco de males cardíacos e
danos às estruturas cerebrais. |
Cérebro |
Recebo doses
mais altas de substâncias químicas excitatórias - a serotonina, a
dopamina e a narodrenalina. O pensamento e os reflexos são
aguçados e as pupilas se dilatam para melhorar a visão. |
O excesso de
cortisol destrói neurônios e prejudica o raciocínio. Também
ocorrem lapsos de mémoria e surtos de raiva, depressão e fadiga. |
Cabelos |
Ficam
arrepiados. Isso faz os animais parecerem maiores e mais
ameaçadores quando vão brigar. |
Pode haver
queda acentuda dos cabelos e escamação no couro cabeludo devido a
falta de irrigação sanguínea. |
Coração |
Os batimentos
ficam cinco vezes mais rápidos que o normal e a pressão arterial
sobe. |
Estimulado a
trabalhar em ritmo acelerado, ocorre o risco de enfartar. |
Respiração |
Fica mais
rápida para levar oxigênio extra ao sangue. |
A respiração
acelerada acabo por reduzir a entrada de ar. Pode agravar crises
de asma ou outras doenças respiratórias. |
Fígado |
Converte as
reservas de açucar em glicose, fornecendo energia extra ao
organismo. |
As doses
extras de glicose no organismo aumentam o risco de diabetes e
obesidade. |
Orgãos Sexuais |
Os testículos
e os orgãos genitais femininos se contraem com a redução da
irrigação sanguínea. |
Os níveis de
testosterona caem tanto em homens quanto em mulheres, reduzindo a
libído. Nas mulheres, a queda no nível de progesterona provoca
cólica menstrual. |
Glândulas
Supra-renais |
Libera
cortisol, hormônio que ajuda a manter a força muscular, e a
adrenalina, que eleva os batimentos cardíacos e a pressão
arterial. |
O excesso de
cortisona e adrenalina causa mau humor, ansiedade e
irritabilidade. |
Estômago e
Intestino |
A digestão é
interrompida, permitindo que o corpo dedique toda a sua energia
aos músculos. A sensação de fome desaparece. |
A mucosa do
intestino fica vulnerável ao aparecimento de úlceras. O excesso de
suco gástrico pode provocar gastrite. |
Músculos |
Recebem sangue
e oxigênio acima do normal e se contraem para melhorar a
performance durante a ação. |
A tensão
constante causa dor, principalmente no pescoço, costas e ombros e
cansaço exagerado. |
Pele |
Como o sangue
vai para outras partes do corpo, fica sem irrigação sanguínea e
empalidece. |
A falta de
irrigação provoca irritação na pele, escamação e envelhecimento
precoce. |
Sistema
Imunológico |
Os linfócitos,
células responsáveis pela defesa do organismo, passam a produzir
mais anticorpos. Melhora a ação das plaquetas, responsáveis pela
coagulação do sangue. |
Gripes,
resfriados e outras doenças infecciosas se torna frequentes. |
Sistema
Circulatório |
Alguns vasos
se contraem para reduzir a irrigação de orgãos não-vitais, com
pele e outras extremidades. É por isso que mãos e pés ficam frios. |
Os batimentos
cardíacos acelerados e a pressão arterial elevada diminuem e
elasticidade dos vasos sanguíneos, o que pode levar a doenças
cardiovasculares. |
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Policiais e seguranças privados. |
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Controladores de vôo e
motoristas de ônibus urbanos. |
São profissionais em estado de
alerta 24 horas por dia. A maioria teme represálias das
bandidos e não consegue relaxar nas folgas ou férias. |
. |
O controle do tráfego aéreo não
permite um minuto de desatenção. Os motoristas, além de
enfrentar o trânsito, não têm tempo de sequer ir ao banheiro. |
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 |
Executivos, trabalhadores da
área de saúde, de atendi-mento ao público e bancários. |
|
 |
Jornalistas. |
Sofrem pressões de todos os
lados, tanto dos chefes como dos clientes, pacientes ou
subordinados. |
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Sofrem com as prazos apertados,
carga horária excessiva e insegurança em avaliar a veracidade
das informações. |
|
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O stress envelhece e a prova disso foi encontrada dentro das células
por um estudo americano.
.
Todos já ouviram histórias como "Fulano envelheceu depois da morte do
filho" ou "Sicrano ficou de cabelo branco quando cuidou do pai no
hospital". Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em São
Francisco, nos Estados Unidos, acaba de demonstrar que há verdade por
trás desses clichês. O estudo comprova pela primeira vez que o stress
acelera o envelhecimento. Além disso, a pesquisa indica a influência
direta do estado psicológico sobre a longevidade das células do
organismo. Pessoas que têm uma percepção elevada do próprio stress
envelhecem mais rapidamente pois existem certas formas de pensar que
contribuem para o stress – a idéia, por exemplo, de que os problemas
com que lidamos são insolúveis.
.
Os cientistas envolvidos nessa pesquisa examinaram 58 mães de 20 a 50
anos, 39 das quais cuidavam de filhos com autismo, paralisia cerebral
ou outras deficiências. Os cientistas analisaram o grau de
envelhecimento de células do sistema imunológico dessas mulheres. O
principal indicador do envelhecimento celular é uma seção na ponta do
cromossomo – as fitas de DNA que guardam nosso material genético –
chamada telômero. Trata-se de uma espécie de tampa bioquímica, que tem
a função de manter a integridade do DNA, impedindo que a molécula se
desfaça. Cada vez que uma célula se divide, o telômero fica um pouco
menor, até atingir um ponto crítico. A partir daí, a célula não se
reproduz mais e acaba morrendo. O telômero, portanto, é um indicador
de idade celular. Ao mostrar que o stress encurta prematuramente os
telômeros, a pesquisa indicou uma relação entre ele e o
envelhecimento. A pesquisa comprovou que o desgaste de prestar
cuidados intensivos a um filho cobra seu preço. A diminuição dos
telômeros foi mais acelerada nas mulheres que cuidavam de filhos
deficientes. Testes psicológicos revelaram que o modo como essas
mulheres encaravam seus problemas também desempenhava um papel. A
idade celular daquelas que se percebiam como tendo altos níveis de
stress chegou a ser até dez anos superior à das mulheres da mesma
idade com baixos níveis de stress. Além do comprimento do telômero, a
pesquisa mediu níveis de telomerase – uma enzima que tem a função de
restaurar as perdas do telômero – e de radicais livres, substâncias
que danificam tecidos celulares, intensificando o envelhecimento. Os
resultados foram consistentes: mulheres mais estressadas apresentaram
níveis mais baixos de telomerase e mais altos de radicais livres.
.
A pesquisa deixa uma lição básica:
paz de espírito ajuda a retardar a
velhice; muitos gostariam de ter uma pílula mágica, mas o modo mais
efetivo de reduzir o stress está em mudanças no estilo de vida e a
essas pessoas submetidas a ao stress intenso recomenda-se relaxamento
e alimentação equilibrada para combater a essa agressão, além de uma
atitude mais serena diante de aspectos da vida sobre os quais não se
tem controle.
.
Stress provoca dano similar a infarto.
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Notícias chocantes e inesperadas, como a da morte de alguém muito
próximo, sempre foram relacionadas a problemas graves, como ataques
cardíacos. Mas os cientistas da Universidade Johns Hopkins,
em
Baltimore, descobriram que um stress emocional repentino também pode
provocar danos graves ao músculo do coração similares aos de um
infarto clássico, mas reversíveis.
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Pessoas que sofrem de cardiomiopatia provocada por stress, conhecida
popularmente como "Síndrome do Coração Partido", recebem comumente um
diagnóstico errado de ataque cardíaco. Na verdade, elas sofrem de uma
contínua descarga de adrenalina e outros hormônios do stress que,
temporariamente, abalam o coração.
.
Essa pesquisa deve ajudar os médicos a distinguir entre cardiomiopatia
provocada por stress e ataques cardíacos e também a assegurar aos
pacientes que, no primeiro caso, eles não terão danos permanentes no
coração. No estudo publicado na revista “New England Journal of
Medicine”, os cientistas revelam que algumas pessoas respondem a
situações de stress liberando grandes quantidades de hormônios,
sobretudo adrenalina e nor-adrenalina, na corrente sangüínea. Essas
substâncias são temporariamente tóxicas ao coração, afetando o músculo
cardíaco e produzindo sintomas típicos de infarto, como dor no peito e
dificuldade para respirar.
.
O Stress engorda:
Tensão libera hormônio que impede emagrecimento.
.
O stress tem sido apontado como responsável por boa parte das doenças
que afligem o homem moderno. Agora, entra na lista de mazelas mais um
(e terrível) efeito colateral: o stress engorda. E não apenas porque o
estressado costuma atirar-se avidamente sobre uma torta de chocolate.
Num processo perverso, a vítima pode engordar mesmo com a boca
fechada. O processo corre a sua revelia, porque a tensão contínua faz
o organismo liberar, em maior quantidade, dois hormônios responsáveis
pela obesidade – a adrenalina e a cortisona. Quanto mais tensão, maior
o risco de engordar. Pior. Esse tipo de obesidade invariavelmente
desencadeia doenças como diabetes, hipertensão arterial, infarto e
derrame.
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Ganhar peso é conseqüência
conhecida por quem toma remédios à base de corticóides. Mas só
recentemente foi estabelecida uma associação direta entre o nível de
cortisona, o stress e a obesidade. Cientistas suecos, ao analisarem a
taxa do Cortisol, o análogo natural, produzido pelo corpo, da
Cortisona, em pessoas submetidas à mesma carga de stress durante um
dia normal de trabalho, observaram que algumas liberavam muito mais
hormônio que outras. O teste foi feito com a coleta de saliva em
várias fases do dia, e o resultado foi surpreendente.
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Os cientistas observaram a
existência de três grupos:
- |
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No primeiro, o nível do Cortisol
subiu em situações estressantes e logo voltou ao normal. Nesse grupo
estavam indivíduos magros e sem problemas de colesterol ou açúcar; |
- |
|
No segundo, a taxa cresceu muito e
demorou a regredir. Foram registradas alterações de colesterol, açúcar
e pressão arterial, além de maior número de obesos; |
- |
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No terceiro grupo, o nível de cortisona manteve-se alto. Foi ali que
houve maior incidência de problemas de peso, pressão arterial e taxas
altas de colesterol e açúcar. Quando investigou as razões de tamanha
variação, os cientistas descobriram que as pessoas mais sensíveis ao
stress têm alterações no gene receptor da Cortisol. |
.
Recentemente, em um outro estudo,
decidiu-se averiguar o comportamento das glândulas supra-renais – que
secretam hormônios responsáveis pelo metabolismo, inclusive o Cortisol
– em pacientes com obesidade provocada por stress. Foi verificado que,
se muito estimuladas pela produção do Cortisol, essas glândulas, que
ficam acima dos rins, aumentam de tamanho. Por esse motivo, a gordura
concentra-se no abdome. Descobriu-se ainda que, em boa parte dos
casos, as pessoas que têm esse tipo de obesidade engordaram a partir
de choques emocionais, como a perda de um parente querido.
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Em muitos casos, identifica-se um
gatilho para desencadear a obesidade, podendo assim, dividirmos o
Stress:
- |
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No primeiro, a tensão instala-se,
mas existe reação para sair de uma situação incômoda; |
- |
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No outro, está o grande perigo. As pessoas simplesmente desistem de
lutar. Normalmente, quem reage dessa forma cai em depressão e sofre
das mesmas alterações nos níveis de cortisona provocadas pelo stress,
com idênticas conseqüências: desequilíbrio nas taxas de colesterol e
de açúcar e obesidade. |
.
Assim, é fundamental que os Médicos
reconheçam que o stress e a depressão levam à obesidade, pois a reação
de muitos Médicos é dizer que o paciente está gordo porque come
demais, e o resultado são regimes severíssimos ou cheios de modismos.
Mas a verdade é que outros fatores podem estar contribuindo para a
gordura. O paciente pode não mostrar um quadro de stress ou de
depressão, mas estar vivendo "na penumbra da doença".
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O tratamento indicado para esse
tipo de obesidade não se restringe somente à orientação alimentar, mas
inclui táticas de defesa contra a tensão, como mais tempo para o
lazer, relaxamento, terapia e até o uso de um antidepressivo moderado.
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Sinais
de alerta - Os sintomas abaixo são característicos da
Obesidade provocada pelo Stress:
- Gordura mais concentrada na
região do abdome, nas coxas e nos braços;
- Doenças cardiovasculares,
hipertensão arterial e diabetes;
- Depressão;
- Fome compulsiva à noite;
- Aumento de peso após
algum trauma, como separação, morte de parente próximo, desemprego.
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Fique atento aos sintomas:
Pode ser uma súbita sensação de ansiedade ou cansaço exagerado. É mais
fácil controlar o problema no estágio inicial.
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Pratique exercícios físicos:
Meia hora diária de ginástica três vezes por semana libera energia,
reduz a ansiedade e melhora o humor.
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Coma direito: Três ou
quatro refeições diárias, feitas com calma, ajudam a relaxar.
Alimentação balanceada – sem excesso de álcool, doces, salgadinhos e
gorduras – ajuda o organismo a enfrentar a tensão.
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Não esqueça o lazer:
Reserve tempo para atividades que dão prazer, como ler um bom livro,
ouvir música, adotar um hobby ou praticar esporte.
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Diga não: Quem aceita tudo,
mesmo a contragosto, tende a acumular obrigações, tanto no trabalho
como na vida pessoal. Tarefas além da conta resultam em ansiedade e
frustração.
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Mude de atitude: Você cria
expectativas exageradas? Guarda muito rancor? São comportamentos
responsáveis pelos piores quadros de stress. Tente ser mais flexível.
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Conte os seus problemas:
Mesmo que ninguém possa resolver a questão, só o fato de desabafar já
é um alívio e tanto. Uma pessoa amiga, um religioso, um psicólogo ou
um psicanalista são boas opções.
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Dê um tempo: Se você
trabalha oito, dez horas por dia, pequenas pausas de hora em hora
ajudam a relaxar. Cinco minutos bastam para esfriar a cabeça.
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Trabalho voluntário:
Canalizar energia para ajudar outras pessoas pode reduzir a tendência
natural de amplificar os problemas pessoais ou de prestar demasiada
atenção a si próprio.
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Tente relaxar: Uma técnica
eficiente para aliviar a tensão do dia-a-dia consiste em aspirar o ar
lentamente e tentar levá-lo para a parte inferior do pulmão. O
objetivo é atingir uma respiração regular. Ajuda se a pessoa
concentrar o pensamento em um ponto fixo, que pode ser uma frase.
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Caso as reações causadas pelo Stress perdurem por algum tempo surgirão
as conseqüências bioquímicas, físicas, psicológicas e imunológicas
deste funcionamento alterado.
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Alterações bioquímicas: Entre
as alterações bioquímicas estão as Dislipidemias (alterações do
Colesterol e Triglicérides), a Diabetes e a Obesidades (principalmente
as abdominais), etc.
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Alterações físicas: As alterações
físicas são taquicardia, tensão muscular, transpiração excessiva,
cansaço, aumento da pressão arterial, dor de cabeça, dor de estômago,
pressão no peito, alergias, queda de cabelo, impotência sexual, dores
articulares ou piora em casos de artroses ou artrites, envelhecimento,
obesidade, etc.
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Alterações psicológicas: As
alterações psicológicas são irritabilidade, isolamento social,
incapacidade de relaxar, insônia, desinteresse sexual, perda do
prazer, depressão, medo e distúrbio do pânico.
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Alterações imunológicas: As
alterações imunológicas são infecções de repetição, baixa imunidade,
gripes repetidas, ferimentos que custam a cicatrizar, herpes,
candidíase que não cede aos tratamentos habituais, agravamento de
doenças auto-imunes, etc.
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Se
você apresenta algum desses sintomas, procure ajuda médica
especializada urgente. |
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Este artigo não
pretende a prescrição ou indicação de medicamentos. Se você
apresenta algum dos sintomas citados procure um Médico pois nada
substitui uma consulta com um Médico especializado, pois tanto
para a mulher como para o homem, a avaliação Médica e
especialmente a Terapia Ortomolecular tem que ser individualizada
e só deve ser prescrita por Médico Especialista, e que para se ter
uma base do que se vai indicar para um paciente é necessário fazer
uma minuciosa anamnese clínica, avaliar o estado psico-emocional
do paciente e fazer um estudo pormenorizado com exames
laboratoriais, inclusive Ortomoleculares como o Teste do Cabelo (Mineralograma) e
outros através de sangue, urina e fezes. |
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