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Sob o ponto de vista estético e médico.
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O tempo é inexorável e precisamos deter o desgaste que ele produz e
não há nada mais angustiante do que considerar que cada
segundo que
passa corresponde a um segundo que não volta mais. Já pensou quantos
são em uma hora, num mês, em dez anos? Assim, vai-se ficando velho.
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No início da história do ser humano não havia a preocupação estética
no envelhecimento, pois a vida média do homem era muito pequena,
devido a sua fragilidade diante das doenças e principalmente dos
predadores mais fortes.
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Com o passar dos tempos o ser humano iniciou seu grande desafio contra
a morte, ou seja, viver eternamente ou o máximo possível e com o
melhor aspecto estético. Em toda a história da humanidade vemos
relatos, em diversas culturas e civilizações o uso de banhos, ervas e
até mesmo sacrifícios rituais para manter a beleza do corpo. Cleópatra
tomava banhos de leite para manter sua pele sempre jovem , bela e
suave. De seu tempo, entre os egípcios, temos o uso de tinturas para
os cabelos, maquiagem para o rosto, olhos, etc. No mesmo antigo Egito
a cirurgia plástica, mesmo que rudimentar, já era praticada para
corrigir defeitos, e quem sabe, para manter o ser humano mais jovem. A
preocupação com a "beleza" do corpo naquela época era tão evidente que
todos os corpos de faraós e nobres foram cuidadosamente preparados
para quando chegassem em sua "nova vida", estivessem perfeitos e
acompanhados de todas as suas jóias e objetos pessoais, demonstrando
uma inequívoca preocupação pela estética do indivíduo.
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Na idade média, encontra-se relatos de filtros, poções mágicas e
diversos expedientes para manter a beleza física mesmo com o
envelhecimento cronológico. Surgem os alquimistas em sua busca pela
imortalidade, o ser humano perfeito, eterno e sempre jovem. Há poucos
séculos atrás Ponce de León acabou enlouquecendo na busca da a "Fonte
da Juventude". Entretanto, toda essa busca sempre foi inútil da
maneira que queriam, ou seja, a vida eterna em um corpo jovem.
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Viver muito mais que os avós já é uma realidade para a geração atual
de jovens e adultos. A promessa da ciência agora é a de uma velhice
mais saudável e prazerosa.
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Graças a evolução da Medicina e principalmente nas últimas décadas com
as pesquisas feitas em Medicina Ortomolecular, os estudos genéticos,
bioquímicos e a Biologia Molecular, a vida média do ser humano teve um
aumento significativo, mas mesmo assim nós ainda temos diversas
barreiras a ultrapassar e ainda buscamos o corpo, a pele, os cabelos
perfeitos de um jovem no corpo cronológico que não é aquele que nossa
mente deseja.
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Antes de qualquer coisa, temos de
lembrar que o corpo humano está sempre em mutação. Nos desenvolvemos a
partir de uma
única célula, no momento da
concepção até transformarmos, na idade adulta, em um organismo
composto
por milhões de células. A puberdade transforma as crianças em adultos.
Na idade adulta ocorre uma fase de estabilidade, com poucas
transformações. Mesmo assim a todo instante os tecidos estão sendo
reparados e regenerados, os níveis de diversos hormônios se alteram,
alguns se mantendo outros, a partir de determinadas idades vão se
reduzindo e conforme o indivíduo envelhece ocorrem alterações físicas
e mentais, sem implicar contudo na perda de saúde ou vitalidade.
Manter-se saudável na velhice já é uma preocupação mundial, conforme o
Centro de Informações de Saúde das Nações Unidas, que demonstra que
entre 1960 e 1980 a expectativa de vida aumentou em todo o mundo e, no
Brasil esse aumento foi de 8 anos, o que é bem grande considerando-se
os baixos níveis de vida até a década de 1940.
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Até o momento, não se tem ainda uma apropriada definição sobre
velhice, senectude ou ancianidade, nem mesmo sabemos se estes termos
são semelhantes ou a relação apropriada que existe entre eles.
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Nascer...
Na infância, nosso ponto fraco é o sistema imunológico: para ele se
fortalecer, vai precisar de muito treino. Por isso as crianças são
mais suscetíveis às infecções;
...amadurecer...
Aos 30 anos, o ser humano está no auge de suas funções mentais,
físicas e sexuais. Mas, no nível das células, o envelhecimento já está
começando a se instalar;
...e envelhecer
Parkinson, Alzheimer e câncer, entre outras, são doenças associadas à
idade avançada. A boa notícia é que, quanto mais um indivíduo se cuida
ao longo da vida, menor a oportunidade de esses males o atacarem na
velhice. |
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Podemos, por definição, entender que o envelhecimento são as
modificações físicas (corporais), fisiológicas (do funcionamento
orgânico) e psicológicas resultantes da ação do tempo sobre os seres
vivos . A velhice, portanto, seria a culminação de um processo que se
inicia com a concepção. A Organização Mundial de Saúde (OMS) dá como
início da velhice a idade de 60 anos, o ancião seria o indivíduo de
mais de 80 anos e, o decrépito aquele já na nona década. Vários
fatores concorrem para o envelhecimento, como a herança genética,
raça, sexo condições ambientais e circunstâncias inerentes ao estilo
de vida. Hoje em dias são inúmeras as teorias que procuram explicar o
envelhecimento, mas todas as teorias, apesar de chegarem a um final
comum, nenhuma delas é ainda totalmente satisfatória.
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Também tem-se que lembrar que os nossos órgãos e tecidos não sofrem o
envelhecimento ao mesmo tempo nem com a mesma intensidade: há tecidos
frágeis como a pele e a medula óssea, que se deterioram. Outros se
mantém mais estáveis, como o fígado e o sistema endócrino (glandular),
e por fim alguns são considerados como "perenes", que é o caso do
sistema nervoso, um dos últimos a se deteriorar.
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Nessa corrida contra o tempo, os homens, apesar de morrerem mais cedo
que as mulheres, eles demoram a dar sinais de envelhecimento mais que
do as mulheres, já que contra as mulheres existem os fatores hormonais
mais que nos homens e, principalmente a menopausa.
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A definição de início da velhice, como dito anteriormente, segundo a
OMS é aos 60 anos, mas na verdade e na prática médica do dia-a-dia,
vemos que os primeiros sinais do envelhecimento começam o surgir por
volta dos 40 anos de idade.
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Como a maior preocupação com relação a estética ocorre com as
mulheres, de início vamos falar sobre elas. Entre os 20 e os 40 anos
as mudanças estéticas ocorridas nas mulheres são quase imperceptíveis.
Já no final dos 30 anos começamos a observar as primeiras alterações
estéticas no corpo feminino. Normalmente nessa época algumas mulheres
começarem a se queixar que sempre foram magras e que agora estão
aumentando de peso, ou surge uma maior dificuldade em emagrecer para
aquelas que sempre fizeram dieta ou tem tendência a engordar. Uma das
maiores queixas que costuma ouvir-se é:
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"-Doutor, o que está havendo com o meu corpo? De repente, eu que
sempre tive a cintura fina, agora as minhas roupas estão apertadas na
cintura, e eu não engordei. O que está ocorrendo?" Esse aumento de
tecido gorduroso na altura da cintura é muito comum nas mulheres que
estão entrando na faixa dos 40 anos. "O que está ocorrendo com meus
seios? Porque o sutiã está me apertando se não engordei? Parece que
meus seios estão maiores!"
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Realmente, essas queixas procedem, na maioria das vezes não ocorrendo
em conjunto e esses pequenos e até insignificantes sinais para um
Médico não Especialista da área podem até nem sempre serem levados a
sério. Entretanto, para nós, Médicos que
lidamos
também com os problemas estéticos um simples sinal desse pode muito
nos ajudar para um tratamento adequado e se for precoce, uma boa
terapêutica preventiva.
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O maior vilão da estética no início do processo do envelhecimento
ainda é a Obesidade, que pouco a pouco vai destruindo as formas do
corpo da mulher, enchendo-a de estrias e celulite e depois a
inevitável flacidez, pois com o processo de envelhecimento também
ocorre essa flacidez, tanto muscular pela diminuição das fibras
musculares quanto pela perda do tônus e perda de elasticidade da pele.
O corpo já não forma tanto tecido conjuntivo, com suas fibras
colágenas e elásticas. Se a pessoa for fumante a situação piora, pois
para termos uma suficiente formação de fibras colágenas e elásticas há
a necessidade da interveniência da Vitamina C, que age como um aditivo
catalisador para formá-las. No caso das pessoas que fumam, pela
excessiva produção de Radicais Livres pelo cigarro, toda a Vitamina C
ingerida, já que nós seres humanos não a produzimos, é utilizada pelo
organismo na sua ação antioxidante contra os referidos Radicais
Livres, deixando a descoberto a sua utilização no tecido conjuntivo.
Essa ação prejudicial do fumo no envelhecimento cutâneo foi
recentemente descoberta por pesquisadores norte-americanos que
denominaram essas alterações de "Síndrome da Cara Enrugada", a partir
de experiências feitas em gêmeas univitelinas criadas num mesmo padrão
de vida, sendo que uma fumante e a outra não.
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Com o passar dos anos a perda muscular se acentua, nota-se agora,
entre a 5ª e 6ª décadas uma mulher com mãos mais magras,
principalmente na região dorsal, pois além da perda de gordura no
local há uma substancial
perda da massa muscular daquela região, mesmo
se forem obesas.As unhas se fornam irregulares, quebradiças e finas.
As coxas começam a ficar mais finas e o abdômen mais protuberante,
mesmo nas magras, devido a flacidez da musculatura abdominal. Os poros
tornam-se mais dilatados, tal como nos homens, devido a baixa dos
estrógenos, a pele se torna mais seca e frágil, a mucosa vaginal se
resseca chegando a impossibilitar o ato sexual. Os cabelos perdem os
brilho, a densidade, podendo ocorrer queda. Isso se deve alem dos
fatores hormonais (hormônios sexuais, tireoidianos, DHEA, que se
encontram em baixa) também a deficiência, seja pela ingestão ou pela
menor absorção e aproveitamento de minerais, oligoelementos, vitaminas
e aminoácidos necessários ao organismo.
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Com relação aos homens, que já passaram também a se preocupar com a
longevidade com um perfeito aspecto estético, o que nós Médicos, temos
centrado diz respeito a Andropausa, que hoje pode ser tratada, devido
as recentes descobertas médicas, podendo qualquer homem manter e, até
mesmo, voltar a ter energia, força física e mental e sua vida sexual
completamente normal. O objetivo Médico agora é fazer o homem
sentir-se e até mesmo parecer mais jovem.
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A medida que o homem envelhece os níveis de Testosterona (hormônio
masculino) e o Sulfato de Dehidroepiandrosterona (S- DHEA) vão
progressivamente diminuído. A Testosterona sofre uma queda em seus
níveis sangüíneos a uma perda de cerca de 1% ao ano até chegar ao
nível abaixo do limite inferior, ainda que dentro da faixa normal. A
Andropausa ao contrário que ocorre com as mulheres, não traz o fim da
fertilidade para o homem, porem passa haver uma redução dela devido a
uma menor produção de espermatozóides. Também como nas mulheres, por
volta dos 35-40 anos o homem também passa a ter uma maior
predisposição para engordar e com a
Andropausa essa tendência se
agrava e esteticamente alguns homens passam também a apresentar perda
de massa muscular, agora pela falta de atividade física e/ou
exercícios e pela deficiência do hormônio masculino. O desejo sexual
já não é mais o mesmo de antes, a qualidade da ereção do pênis
torna-se insatisfatória, sua vida sexual passa também a refletir na
sua disposição mental e para o trabalho. O déficit de Testosterona no
cérebro leva-o a constantes episódios depressivos, sua vitalidade a
cada dia se reduz.
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Atualmente, a reposição de hormônio masculino se tornou muito mais
segura devido a novas formas de administração (em adesivos, gel
através da pele,etc) e composição química, associada a administração
do DHEA, minerais, oligoelementos, vitaminas, "smart-drugs",
antioxidantes e aminoácidos, que juntos irão prevenir ou reestruturar
o organismo do homem.
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Cientistas na Inglaterra concluíram que são sete as frentes que
precisam ser decifradas para que esse objetivo possa ser atingido.
Podemos comparar cada uma delas a "pequenas goteiras que se não forem
estancadas acabam fazendo o teto desabar". Na possibilidade de que,
dado o ritmo do avanço das intervenções genéticas, dentro de algumas
décadas não será surpresa se os médicos estiverem de posse de
instrumentos capazes de agir diretamente sobre os sete focos
principais do processo de envelhecimento. A saber:
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Células a menos – Já se
sabe que as pessoas ficam mais baixas na velhice porque o espaço
entre as vértebras se comprime. Ao mesmo tempo, ocorre no
organismo a diminuição do número de células. Essas estruturas
microscópicas que formam a pele, o sistema digestivo, o sangue, os
ossos e o cérebro perdem a capacidade de se renovar. Essa é a
causa da perda de massa muscular, densidade óssea e de neurônios
nas pessoas de idade; |
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Intoxicação interna –
Incapazes de se dividirem como antes, as células ao morrer liberam
substâncias tóxicas, que resultam no aumento de gordura e
deterioram a pele; |
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Mutações no núcleo –
Mutações no DNA (a molécula no núcleo celular que carrega as
informações genéticas) são normais. O acúmulo delas, no entanto,
acaba desorientando o comando da célula. Essa é a causa mais comum
dos tumores; |
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Mutações na mitocôndria –
Essa organela, que funciona como um gerador de energia para
a célula, tem seu próprio DNA, que também sofre mutações. Doenças
degenerativas como Parkinson, por exemplo, se originam dessas
mutações; |
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Lixo demais dentro das células –
As células perdem a habilidade de processar o material resultante
das reações químicas realizadas em seu interior. Com isso, elas
não conseguem expulsar esse material. Com o passar dos anos, ficam
inchadas. Isso gera caroços nos tecidos que elas formam. Inchaços
na superfície das artérias, a degeneração macular e a neuronal são
males que nascem dessa incapacidade das células de expulsar as
toxinas geradas em seu processo vital; |
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Lixo demais por fora –
Por um fenômeno inverso ao da contenção de toxinas, muitas células
passam a lançar para o exterior certas proteínas que normalmente
ficariam encasuladas. Essas proteínas formam bolhas pegajosas que
afetam principalmente o cérebro. O Alzheimer e doenças
degenerativas do fígado derivam justamente desse processo; |
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Proteínas grudentas –
Moléculas estruturais são aquelas que formam os ligamentos, a
parede das artérias e as lentes naturais do olho humano. Com o
passar do tempo, parte dessas células se desprende e elas colam-se
umas às outras, provocando endurecimento das artérias e pressão
alta. |
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Nenhum desses os sete fatores listados explica, sozinho, a degeneração
do corpo humano, mas a combinação deles – e o fato de que, pela teoria
das varetas, a ocorrência de um deles acaba ativando outros – é a
própria essência do envelhecimento. É provável que num futuro próximo
as terapias genéticas vão penetrar no coração molecular das células e
interromper cada um dos sete fatores de envelhecimento.
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Todos desejam a longevidade, e que ela venha de preferência sem rugas,
dores nas costas ou cabelos brancos. Hoje o sonho de
viver mais tempo
só não é maior do que o de ser eternamente jove e parece que chegamos
a um impasse, pois o progresso
tecnológico
e social prolongou
nossa expectativa de vida, mas como
viver melhor esses anos a mais que ganhamos? A solução é pensarmos no
futuro desde cedo e cuidando do corpo para que ele passe da melhor
maneira possível pelas transformações que vai sofrer, pode-se dizer
até, sem exagero, começar a pensar na velhice aos 20 anos.
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Hoje, os idosos representam 8% da população brasileira. Em 2050,
responderão por 24%, totalizando 50 milhões de pessoas. No mundo, os
maiores de 60 anos serão quase 2 bilhões quando chegarmos à metade do
século, e, pela primeira vez na história, o número de idosos superará
o de crianças no planeta. Uma das conseqüências do envelhecimento é a
descoberta ou o aumento de doenças decorrentes da ação do tempo sobre
o organismo, que até poucas décadas atrás simplesmente não preocupavam
a medicina.
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Poucas eram as mulheres que sobreviviam tantos anos à menopausa como
hoje e tinham que lidar com os efeitos das quedas hormonais para a
saúde, mas hoje, e cada vez mais, a medicina prova que é possível agir
desde muito cedo para que o corpo feminino passe com mais suavidade
pelo fim da idade reprodutiva, marco responsável por mudanças
importantes na fisiologia da mulher. A Menopausa é muito mais
exteriorizada para outros órgãos que a Andropausa, mas,
paradoxalmente, a sociedade cobra muito mais a juventude da mulher que
do homem.
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O corpo humano é como uma máquina e tal como ela, precisa que seja
usado para apertar alguns parafusos que o sedentarismo deixou
afrouxar, e necessita do combustível adequado para fazer cada
engrenagem funcionar. Cada parte do corpo tem seu ritmo de
desenvolvimento e, depois, de envelhecimento. Os órgãos dos sentidos
envelhecem gradualmente a partir dos 40 anos, idade em que também têm
início as quedas hormonais, enquanto o cérebro é um dos mais bem
preservados.
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Todas as mudanças são influenciadas por fatores genéticos e
ambientais. Quanto aos genéticos, pouco podemos fazer, com a exceção
de investigar os pontos fracos e predisposições para determinados
probleminhas e dar a eles atenção redobrada. Já as questões
relacionadas a estilo de vida dependem apenas de nós.
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PELE E CABELO:
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Entre dois e quatro metros quadrados de pele, dependendo do tamanho da
pessoa, cobrem todo o corpo humano. Ela é o maior
órgão do corpo, por
ser a parte mais exposta, é também a primeira a dar sinais de
envelhecimento, tanto no homem quanto na mulher. Mas o passar dos anos
é, na realidade, apenas um co-autor no processo de mudanças que ocorre
no invólucro do corpo ao longo da vida. 'O tempo não é o pior inimigo
da pele e o envelhecimento natural é muito influenciado por fatores
externos como exposição ao sol, poluição, fumo, álcool e alimentação
pobre em vitaminas e com alto teor de gordura e sal.
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Até os 20 anos, as únicas marcas que o tempo imprimiu na pele são as
de crescimento, como as estrias. A tez brilha e sua textura é macia,
porque retém bastante água, tem boa irrigação sangüínea e oxigenação.
Nesta década, já começam a ocorrer mudanças bioquímicas no colágeno e
na elastina, que proporcionam firmeza e elasticidade à pele. É aí que
a mulher vai começar a notar as primeiras linhas, ainda sutis, no
rosto, as chamadas linhas dinâmicas ou de expressão, que aparecem
primeiro nas áreas da testa, dos olhos e no canto da boca. Também é
nesta fase que se costuma notar os primeiros fios brancos. Eles
resultam de uma alteração natural no melanócito, célula que determina
a cor do cabelo e, progressivamente, diminui a produção de pigmento.
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A partir dos 35 anos, as rugas da área dos olhos já são notadas mesmo
em relaxamento, assim como o sulco próximo ao nariz. Depois dos 40, a
gordura da mão diminui e as veias aparecem.
Paralelamente,
os fios brancos se espalharam pela cabeça e o volume do cabelo tende a
diminuir. Ao longo da vida, é normal que caiam entre 50 e 100 fios por
dia, mas na menopausa, essa queda pode ser acentuada, e é normal o
cabelo demorar mais a crescer.
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Pouco a pouco, as mudanças se acentuam. A gordura subcutânea passa a
ser reabsorvida pelo organismo, o que deixa a pele menos elástica e
brilhante. Com a menopausa, as mudanças tornam-se mais sensíveis. É
comum a mulher perceber a pele mais seca e sentir necessidade de
recorrer a doses extra de hidratantes. Outro cuidado importante, para
não piorar o ressecamento, é evitar tomar banhos quentes e longos.
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O sol é, de longe, o grande vilão do envelhecimento cutâneo. Tanto que
se chama de fotoenvelhecida uma pele castigada por ele. Quem faz tudo
por uma pele bronzeada deve estar ciente de que, ao longo da vida, ela
vai sendo carimbada pelos raios ultravioleta, que além de acentuar
rugas também causam manchas. Uma mesma pessoa pode ter uma pele com
duas idades, uma nas partes expostas ao sol e outra nas áreas que
costumam ficar cobertas e a diferença pode chegar a dez anos.
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Se para atenuar rugas e manchas a dermatologia já desenvolveu um
arsenal de cremes, peelings e lasers, que garantem efeitos mais ou
menos satisfatórios, há problemas mais graves causados pelo sol - ou
melhor, pela falta de proteção adequada. Segundo estimativas do
Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil tem 62 mil novos casos
de câncer de pele por ano, sendo o tumor de maior incidência no país.
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O efeito do sol é cumulativo e apesar de manchas e até o câncer
aparecerem quase sempre na maturidade, são resultado de todos os anos
de exposição ao raios solares. A solução não podia ser mais simples:
segundo estudos, quem se protege corretamente até os 18 anos de idade
tem 85% menos chances de ter a doença. Como prevenir é sempre melhor
que remediar, cabe à geração que aprendeu a usar preservativo em nome
do sexo seguro transformar o trio filtro-boné-barraca em ítens
indispensáveis na mochila, para tornar o bronzeado também seguro.
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O envelhecimento da pele e cabelos nos homens
- O que acontece ao longo dos anos:
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30 anos - Cai a produção de elastina e colágeno – responsáveis pelo viço e tônus
cutâneo. Em alguns homens começa-se a notar
o aparecimento de entradas
no couro cabeludo.
Sugestão Médica: Use sempre filtro solar.
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40 anos -
Os pés-de-galinha ficam mais visíveis, as rugas se aprofundam.
55% dos homens na faixa dos 45 anos sofrem de algum grau de calvície.
Sugestão Médica: O uso da Finasterida pode amenizar o problema da
calvície. Para estimular a produção de colágeno, recomenda-se o uso de
cremes à base de Ácido Retinóico na pele.
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50 anos -
As manchas, fruto da prolongada exposição ao sol, podem pipocar pelo corpo e rosto. O cabelo fica mais fino e a perda diária aumenta, se
comparada à
queda registrada aos 20 anos.
Sugestão Médica: Técnicas como a microabrasão ajudam a combater as
manchas brancas. As mais escuras podem ser enfrentadas com o auxílio
de peeling químico ou a laser, sempre sob a supervisão de um Médico.
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60 anos - É a idade crítica para o câncer de pele. A calvície se acentua e
atinge cerca de 70% dos homens dessa idade. Os fios tendem a ficar
brancos devido à perda da capacidade das células de produzir
pigmentos.
Sugestão Médica: Ao surgir qualquer pinta de formato assimétrico,
procure um Médico. Para a calvície em grau avançado, pode-se recorrer
ao implante. As técnicas atuais resultam em uma aparência mais
natural.
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APARELHO REPRODUTOR:
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É como uma delicada armadura muito bem escondida. No aparelho
reprodutor, mais especificamente dentro dos ovários, o organismo
feminino esconde sua melhor proteção: os hormônios estrogênio e
progesterona. Ao longo das últimas décadas,
diversas pesquisas
demonstraram que, enquanto secretados regularmente, os hormônios
femininos funcionam como uma dupla afinada que controla o bom
funcionamento e protege todo o corpo. A ciência chegou a esta
conclusão após constatar que, quando a produção cai e depois é
interrompida, na menopausa, a mulher fica muito mais suscetível a
desenvolver uma série de doenças ou quadros degenerativos, tais como
problemas cardiovasculares, mal de Alzheimer e osteoporose.
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Desta constatação surgiu a terapia de reposição hormonal (TRH), que se
baseia na ingestão de hormônios sintéticos para amenizar os efeitos da
menopausa. Mas se até pouco tempo atrás ela era praticamente um
consenso entre a classe médica, passou a ser questionada desde que
pesquisas americanas indicaram que pudesse aumentar os riscos de
câncer do endométrio e de mama. A TRH pode trazer prejuízos, mas o
número de mulheres que se beneficia dela é grande. Ela é mais eficaz
se iniciada precocemente, antes da menopausa ou logo após, na dose
mais baixa possível.
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O sistema reprodutivo feminino passa por várias transformações
importantes ao longo do tempo. Cada menina nasce, em média, com 200
mil a 400 mil folículos ovarianos. Na infância, o corpo já produz
hormônios, mas em níveis muito baixos. A partir da adolescência, o
hipotálamo, parte do sistema nervoso central, estimula a glândula
hipófise a produzir uma série de hormônios, como o FSH (hormônio
folículo estimulante, da sigla em inglês). Este promove o
desenvolvimento dos ovários, que passam a produzir os hormônios
femininos e, por sua vez, promovem a ovulação.
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Entre os 30 e 40 anos, há poucas modificações no sistema reprodutivo.
A produção de progesterona, hormônio resultante da ovulação, pode
diminuir levemente. Conseqüentemente, o intervalo entre os ciclos
menstruais fica mais curto e os sintomas de TPM podem piorar. Mas isso
não é tudo. Como os óvulos já estão envelhecidos, as chances de
engravidar diminuem. E na década seguinte, ocorre uma queda acentuada
na produção de progesterona, em decorrência de ciclos menstruais sem
ovulação.
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A última menstruação é um grande marco que encerra a vida reprodutiva
da mulher. Deve ser encarado como o fim de um ciclo, mas sem dramas.
Se bem indicada, a TRH pode tornar menos incômoda a maior parte dos
reflexos da menopausa, como ondas de calor, insônia, irritabilidade,
fadiga e ressecamento vaginal, mas a reposição hormonal só deve ser
realizada com orientação médica, e de forma individualizada e cada
mulher deve procurar o tratamento mais adequado.
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A adoção de hábitos simples também é capaz de diminuir o impacto da
menopausa. O exercício físico regular ajuda a manter a massa muscular,
prevenindo o ganho de peso e atenuando a mudança na distribuição de
gordura corporal. Também libera neurotransmissores que agem no cérebro
diminuindo os calores.
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Outra conseqüência da menopausa é a diminuição do vigor físico e da
libido, agravada pela queda progressiva da produção de hormônios
masculinos. Com o desconforto provocado pelo fim do ciclo menstrual, é
natural que o sexo fique em segundo plano. Mas nada que não possa ser
superado depois de um tratamento médico adequado e de uma boa conversa
com o parceiro, pois cumplicidade e criatividade são a chave para
manter uma vida sexual ativa e prazerosa na pós-menopausa.
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O envelhecimento do Pênis e Próstata nos homens
- O que acontece ao longo dos anos:
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30 anos -
É o auge da potência sexual. Pode-se ter duas ou três relações sexuais
numa noite com intervalo de menos de uma hora entre elas. Nessa idade,
30% dos homens sofrem de ejaculação precoce e 90% das causas de
impotência sexual são psicológicas.
Sugestão Médica: Apenas se cuide para fazer sexo com segurança e não
contrair doenças.
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40 anos - O tendão que liga o pênis ao púbis pode ficar mais frouxo e a ereção
já não tem um ângulo tão elevado como aos 30 anos. Começa a chamada
andropausa. A partir daí, há queda de 1% ao ano na produção de
testosterona, mas apenas 20% dos
homens precisam fazer reposição
hormonal. A próstata começa a se alargar. Em alguns casos, há
pacientes com dificuldade de controlar a urina.
Sugestão Médica: O consumo diário de Vitamina E e de Selênio, sob
orientação médica, ajuda a prevenir o câncer de próstata.
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50 anos - O ângulo da ereção pode estar abaixo da horizontal. As causas
orgânicas relacionadas a dificuldades na ereção, como a hipertensão,
são mais freqüentes.
Sugestão Médica: Passe a fazer o exame de PSA e o toque retal todo
ano. Adicione a sua dieta molho de tomate, melancia e goiaba. O
Licopeno, que dá o pigmento vermelho aos alimentos, está associado à
redução do risco de tumores na próstata.
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60 anos -
6% dos homens não conseguem ter ereção. A maioria dos que conseguem
precisam de um intervalo de pelo menos 24 horas entre uma relação e
outra. O risco de desenvolver câncer de próstata beira os 7%.
Sugestão Médica: Eventuais falhas podem estar mascarando casos de
diabetes e doenças cardíacas. Converse sobre isso com o médico. Se não
tiver doenças cardiovasculares, experimente medicamentos contra
impotência.
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Os efeitos da idade
no pênis e na próstata:
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O tendão que liga o pênis
ao púbis se afrouxa com o tempo, resultando na diminuição do
ângulo de ereção. Abaixo, o ângulo correspondente a cada
idade. |
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Qual foi a última vez que você falhou na cama? Se a resposta demorou
para vir à tona, provavelmente você sequer completou 40 anos. Mas se
ela veio rápido à sua cabeça, é provável que você já esteja perto dos
50. É difícil admitir, mas dificuldades ocasionais para manter a
ereção são consideradas normais após a quarta década de vida e não
devem se tornar fonte de frustrações. A flacidez do pênis deve-se
principalmente ao desgaste do tendão que liga o órgão ao púbis (osso
localizado na região sexual). Com o passar dos anos, o tendão se torna
menos elástico e, conseqüentemente, não funciona como deveria todas as
vezes que é requisitado. Por mais sexualmente ativo e saudável que o
homem seja.
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Pelo mesmo motivo, o ângulo das
ereções tende a diminuir. Se aos 30 anos o pênis fica 20 graus acima
da horizontal quando ereto, aos 70 ele se situa 25 graus abaixo. O
tempo entre uma ereção e outra, ao contrário, só aumenta com a idade.
Aos 30 anos, é comum ter duas ou três relações sexuais numa noite, com
intervalos de 20 ou 30 minutos. Aos 60 anos, muitos só conseguem fazer
sexo novamente no dia seguinte. Os médicos afirmam que essas são
mudanças naturais e que, portanto, os homens deveriam se preocupar
menos com a firmeza do pênis ou a freqüência das relações sexuais e
mais com a qualidade do sexo.
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O homem acredita que pode conter as
conseqüências do envelhecimento, mas não pode, e, em vez de tentar
inibir os efeitos do tempo, deveria se aproveitar deles. Idade é
sinônimo de experiência e isso conta muito mais que um pênis
infalível para o sexo prazeroso. |
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Uma das evidências de que a
eventual flacidez do pênis é natural em homens acima dos 40 anos é que
as ereções noturnas também diminuem com o tempo. Enquanto até essa
idade elas costumam durar mais de duas horas ao todo, aos 60, elas não
passam de uma hora e meia. Os médicos acreditam que as ereções
noturnas sejam um mecanismo que a natureza criou para assegurar a
procriação. Sabe-se que se o pênis passar meses sem uma ereção, ele
torna-se fibroso, correndo o risco de não ficar ereto novamente. As
ereções involuntárias, portanto, impediriam que o homem se tornasse
impotente antes do tempo. Como após os 40 anos, o homem já teve
bastante tempo para procriar a espécie, é natural que a intensidade do
mecanismo preventivo reduza.
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Caso as falhas na cama se tornem
rotineiras, não há motivo para pânico. Até os 60 anos, 90% das causas
de impotência sexual são psicológicas e apenas 10% são orgânicas. O
estresse do dia dia e a depressão pela proximidade da aposentadoria
podem estar atrapalhando o desempenho sexual. O melhor remédio nesses
casos é alterar o estilo de vida, estabelecendo uma divisão clara
entre trabalho e lazer, e encarar o fim dos dias trabalhados como uma
oportunidade de gozar a vida.
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A insegurança e o medo de não ser
hábil como antes também costumam ocasionar episódios de impotência.
Para driblar a ansiedade, nada melhor que prolongar as preliminares.
Além de estimular a parceira, os beijos e abraços vão te ajudar a
relaxar. A partir dos 60, fatores psicológicos e físicos dividem
igualmente as causas da disfunção sexual. Com o avanço da medicina, no
entanto, é possível tratar quase 100% dos casos. Para cada perfil de
impotência, há um medicamento novo no mercado.
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É bom frisar que a dificuldade de
ereção não impossibilita o orgasmo ou a ejaculação. Os três fenômenos
são independentes. De fato, o número de relações sexuais tende a
diminuir com a idade e, com ele, o número de orgasmos. A redução, no
entanto, ocorre muito mais em função de um certo desinteresse sexual
(afinal, depois de décadas fazendo sexo, isso não é mais novidade) que
impossibilidade física. Como acontece com as mulheres, os homens
também entram no período do climatério, mas as mudanças são graduais e
pouco atrapalham a atividade sexual. A partir dos 40 anos, verifica-se
a queda de apenas 1% ao ano da produção de testosterona - as mulheres
param de ovular ao atingirem a menopausa -e a qualidade do esperma
sofre poucas alterações. Chaplin e Picasso foram pais aos 60 anos.
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É natural que a vida sexual seja
motivo de preocupação ao atingir a meia-idade., mas reserve um tempo
para cuidar da saúde de
seu aparelho reprodutor. A próstata merece
especial atenção. Primeiro porque o câncer de próstata é a segunda
maior causa de óbitos por câncer entre os homens brasileiros, perdendo
apenas para o câncer de pulmão. Segundo, porque 80% a 90% dos homens
apresentarão alargamento da próstata depois dos 40 anos, um processo
natural, mas que pode gerar algumas inconveniências.
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O problema de alargamento da
próstata traz menos complicações. Provavelmente, você não vai notar a
transformação até que seu sono seja interrompido repetidas vezes para
ir ao banheiro. Sinal de que sua próstata cresceu tanto que está
amassando parte da uretra (canal por onde sai a urina). Daí a sensação
de que a bexiga não esvazia e a falta de controle sobre o ato de
urinar. Apenas mais uma inconveniência da idade com a qual se deve
aprender a lidar.
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OSSOS & MÚSCULOS:
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Todos os dias, uma espécie de guerra silenciosa acontece dentro de
nossos ossos. De um lado, as células chamadas osteoblastos formam o
tecido ósseo; do outro, os osteoclastos destroem o mesmo. O osso
resulta deste equilíbrio
entre
formação e reabsorção de tecido e o jogo fica empatado até por volta
de 30 a 40 anos, quando se atinge o pico máximo de volume ósseo. A
partir de cerca de 45 anos, perde-se aproximadamente 0,6% de massa
óssea ao ano, ou algo como 3% a 5% a cada década. O osso vai ficando
mais poroso e mais fino e esse processo é acelerado pela menopausa, já
que o hormônio estrogênio protege os osteoblastos.
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Segundo dados recentes cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem da
doença, que acaba resultando em 100 mil casos de fraturas de quadril a
cada ano no país. Estudos estimam que apenas uma em cada três pessoas
com osteoporose no Brasil é diagnosticada, e apenas uma em cada cinco
é tratada e esses números epidêmicos são resultado direto do aumento
da expectativa de vida. Há cinco ou seis décadas, quem tinha 50 anos
era considerado velho e quase nenhuma mulher tinha osteoporose.
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Paralelamente, a partir de 40 anos, a massa magra - muscular - também
tende a diminuir, e a massa adiposa aumenta. O fenômeno chama-se
Sarcopenia e ocorre tanto em homens como em mulheres. Para ser ter uma
idéia, numa jovem de 30 anos, 30% do peso corporal são músculos, 20%,
gordura e 10% são ossos - o restante são os órgãos e líquidos. Quando
ela chegar aos 75 anos, a massa muscular já caiu à metade, o tecido
adiposo dobrou e dois pontos percentuais de massa óssea já foram
perdidos e isso se ela não sofrer de osteoporose.
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Já há alguns medicamentos que
estimulam a produção óssea, mas, como sempre, a melhor forma de lidar
com a osteoporose é
prevenindo
e retardando seu aparecimento. E, em se tratando de manter o esqueleto
e os músculos em forma, nada supera a prática de exercícios. É claro
que nunca é tarde para começar a se mexer, mas nesse caso, os efeitos
serão tanto melhores quanto mais cedo se começar pois quem praticou
exercícios durante a juventude, sobretudo aqueles de impacto, como a
corrida, chega à maturidade com um patamar mais elevado de massa
óssea.
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Nas meninas, isso é ainda mais importante, já que a mulher tem cerca
de 30% menos massa óssea que o homem. Os especialistas acreditam que
as próximas gerações, que já incluíram os exercícios físicos na
rotina, sofrerão menos com a osteoporose. Além de preservar e
estimular os músculos, a atividade física oxigena melhor os tecidos,
protegendo ossos e articulações. Na maturidade, é importante ingerir
muitas vitaminas e proteínas, além de cálcio, que estimula a produção
óssea.
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Também os exercícios físicos fazem parte tanto da profilaxia da
osteoporose, na juventude e na idade adulta, como também do
tratamento. A exata maneira pela qual os exercícios físicos exercem
estímulos ao aumento da massa óssea ainda não está esclarecida.
Sabe-se que dois fatores são importantes: a tensão dada pelo suporte
de cargas e a contração muscular, sendo o primeiro mais atuante do que
o segundo. Pessoas acamadas que realizavam 4 horas diárias de
exercício intenso em cicloergômetro, deitados de costas, não
conseguiram reverter a perda óssea da inatividade. Por outro lado,
pessoas nas mesmas condições que conseguiam permanecer em pé durante 3
horas diárias, impediram a perda óssea. Estudos com atletas também
permitiram algumas observações importantes: o aumento da densidade
óssea ocorre nas regiões estimuladas por sobrecarga gravitacional ou
por contrações musculares razoavelmente intensas. Verificou-se que a
natação produz massa óssea ligeiramente acima do normal, discretamente
superada por "jogging" e caminhadas.
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A presença de cálcio na alimentação é muito importante para prevenir a
osteoporose, pois desde a infância até a menopausa, a mulher deve
ingerir pelo menos 1g de cálcio por dia, já que a dieta do brasileiro
é pobre na substância e isto equivale a cerca de três porções de
laticínio ao dia (por exemplo, um copo de leite, um copo de iogurte,
uma fatia de queijo branco). Após a menopausa a necessidade aumenta
para 1,5 g ao dia.
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Para absorver o cálcio, no entanto, o organismo necessita de vitamina
D, cuja produção é estimulada pelo sol. Por isso, é importante que a
mulher madura, sobretudo após a menopausa, inclua em sua rotina uma
caminhada pela manhã. Sempre com protetor solar e chapéu, é claro!
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O envelhecimento de Músculos e Ossos nos homens
- O que acontece ao longo dos anos:
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30 anos
-
É possível ganhar 15% de massa muscular com uma rotina de exercícios
constante. Após os 35 anos, ganham-se 3
quilos a cada década.
Sugestão Médica: Preserve seus ossos e músculos. Faça ginástica, tome
bastante leite e consuma alimentos ricos em cálcio, como brócolis,
couve e peixe.
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40 anos
-
A partir dessa idade, a perda de massa óssea é de 0,3% ao ano. Os
ombros começam a se curvar para a frente devido à compressão das
vértebras.
Sugestão Médica: Alterne o ritmo das caminhadas para não danificar as
articulações: corra por cinco minutos e ande durante um, até completar
30 minutos.
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50 anos
-
O metabolismo se torna mais lento, levando a um gasto menor de
calorias, o que facilita o acúmulo de gordura. A perda da
flexibilidade e a flacidez muscular se acentuam.
Sugestão Médica: Além da caminhada, faça exercícios não aeróbicos,
como Tai-chi-chuan, para melhorar o equilíbrio da postura. Diminua
drasticamente doces, frituras e gorduras.
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60 anos
- Nessa idade, você já perdeu cerca de 5% de sua massa óssea. Três em
cada dez brasileiros acima dos 65 anos caem pelo menos uma vez por
ano. Dez por cento têm osteoporose e tendência a sofrer fraturas. Você
começa a diminuir de tamanho. Se aos 30 anos media 1,70 metro, aos 80
estará com cerca de 1,67 metro. E se você sofre de osteoporose sua
estatura pode reduzir-se ainda mais.
Sugestão Médica: Passe a ingerir Cálcio regularmente, tomar sol por
pelo menos 30 minutos e continue se exercitando. Pergunte ao seu
médico se você está entre os 30% dos homens que precisam de reposição
hormonal.
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Como envelhecem os músculos e ossos
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O que mantém a solidez do esqueleto, como já dito acima, é a interação
entre dois tipos de célula, os osteoblastos e os
osteoclastos. Os
primeiros são responsáveis pela formação dos ossos e os últimos, por
sua absorção. Até os 30 anos, a atividade dos osteoblastos é mais
intensa, permitindo o crescimento. Depois dos 40 anos, o ritmo de
trabalho dos osteoclastos se acelera, tornando os ossos mais frágeis.
Estima-se que a partir dessa idade a perda de massa óssea seja de 0,1%
ao ano, acentuando-se após os 50 anos. Ao chegar aos 60, você já terá
perdido 4% de todo seu esqueleto.
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Para impedir perdas maiores, a regra número 1 é se abster dos
preconceitos. Não ache que malhação é coisa de marombeiro ou que o sol
antes das 10h é exclusividade dos cabeças brancas. Ambos são
essenciais para manter
os ossos fortes. Atividades físicas de impacto,
como musculação e corrida ou uma caminhada acelerada favorecem a mineralização dos ossos. Já o sol ajuda na síntese da vitamina D,
envolvida no mecanismo de fixação do cálcio no organismo. Além de
exercícios, uma dieta rica em cálcio é fundamental para suprir as
necessidades diárias do mineral.
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Aulas de alongamento também são úteis para prevenir os efeitos do
tempo. Ao menos lhe ajudarão a manter a postura correta e disfarçar o
decréscimo na altura. Um homem de 30 anos que meça 1,70m medirá 1,69m
quando completar 60 anos. Aos 80, pode estar perto de 1,67. De fato, a
partir dos 40,
encolhe-se cerca de 0,4cm a cada década. Isso acontece
devido à compressão das vértebras. O espaço entre elas é preenchido
por cartilagem, que vai se tornando fibrosa ao longo dos anos,
provocando o ressecamento e o endurecimento dos discos intervertebrais
que dão flexibilidade à coluna. Como o desgaste do disco é maior na
parte anterior, as vértebras se achatam e levam a coluna a se inclinar
para a frente, daí aquela posição arqueada típica de pessoas idosas.
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O enrijecimento das vértebras é acompanhado da perda de musculatura.
Com as pernas esticadas, tente tocar o chão com os dedos das mãos. Se
a tarefa parece impossível, não culpe apenas a perda de elasticidade
da coluna. A flacidez muscular, notada a partir dos 40 anos, dificulta
movimentos simples como manter as pernas esticadas. Estima-se que a
perda de massa muscular até os 70 anos seja de 10%, resultante de uma
alteração hormonal que ocorre em todos os homens depois dos 30 anos,
pois nessa idade, a produção do Hormônio de Crescimento (hGH), um dos
responsáveis pela formação dos músculos, diminui e, assim, o organismo
entende que empenhar sua energia nesse processo é menos importante na
fase adulta e passa a se preparar para enfrentar o envelhecimento.
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A musculatura aos poucos vai sendo substituída por gordura, um
mecanismo natural difícil de driblar. Após 35 anos, ganha-se 3kg a
cada década. Além da baixa produção do hormônio do crescimento,
contribui para o maior acúmulo de gordura a lentidão do metabolismo
celular, levando a um gasto menor de calorias enquanto o corpo está em
repouso. Quilos a mais significam não apenas roupas apertadas, mas
também elevação do risco de doenças coronárias.
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Para reverter a
situação,
a saída é novamente a atividade física. Estudos mostram que é possível
ganhar até 15% de massa muscular com exercícios de peso até os 80
anos. O segredo é fazê-los lentamente. Em vez de levantar halteres em
três ou quatro segundos, tente completar o movimento em dez segundos.
Isso lhe consumirá mais tempo no dia a dia, mas os efeitos serão
melhores e mais duradouros. Já para combater a gordura localizada,
nada melhor que a caminhada. Trinta minutos por dia são suficientes
para mantê-lo em forma e com boa saúde.
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CORAÇÃO:
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Na juventude, é comum que o coração
nos lembre que está lá no peito quando bate acelerado, arrebatado por
uma forte emoção - na melhor das hipóteses um grande amor. Com o
correr dos anos, o enfoque costuma mudar. O
coração
passa a ser um tema médico e sua saúde pode virar motivo de
preocupação, principalmente para quem descuidou da alimentação e
deixou os exercícios físicos de lado. Muitas mulheres nem imaginam,
mas as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte
feminina, superando qualquer tipo de câncer.
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Antes dos 50 anos, o risco de problemas cardiovasculares é maior entre
os homens, já que os hormônios sexuais femininos, sobretudo o
estrogênio, parecem proteger o coração e as artérias. Mas essa
proteção natural tem seus limites. Nas últimas décadas, o papel da
mulher na sociedade mudou muito. Sem abandonar suas responsabilidades
de mãe e dona de casa, elas tiveram que mergulhar no competitivo
mercado de trabalho. Junto a essa sobrecarga de estresse, veio o
estilo de vida pouco ou nada saudável, que inclui tabagismo, dieta
desequilibrada e sedentarismo e a vantagem hormonal nem sempre
consegue compensar os maus hábitos, e é por isso que o número de
mulheres vítimas de infarto tem aumentado.
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A baixa hormonal que ocorre na menopausa só agrava a situação e, com o
avançar da idade, o risco de doenças cardiovasculares entre os sexos
vai se igualando. Não bastasse isso, estudos têm revelado que, depois
dos 50, essas enfermidades tendem a ser mais fatais nas mulheres que
nos homens. Uma possível razão para essa inversão é que elas têm
artérias mais finas, o que dificulta o tratamento. Outra explicação
estaria relacionada a aspectos culturais, pois a crença de que as
mulheres estão a salvo de doenças coronarianas persiste e quando
sentem dores no peito, demoram a procurar assistência e até os médicos
custam a suspeitar de que se trata de um infarto.
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Enquanto, aos 20 anos, o sistema cardiovascular funciona de vento em
popa, a partir dos 60, os efeitos mais drásticos do envelhecimento
começam a ser percebidos. Porém, os problemas se instalam gradualmente
e, bem mais cedo do que se pensa, ali por volta dos 35 anos podem já
estar ocorrendo alterações importantes na estrutura e funções do
coração.
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As células cardíacas vão morrendo e
as fibras musculares têm a sua elasticidade reduzida. Logo, a
contração do músculo cardíaco se torna menos eficiente e,
conseqüentemente, o bombeamento de sangue para o resto do organismo
fica prejudicado. As próprias artérias tendem a se fechar e dificultar
a passagem do sangue devido à aterosclerose, fenômeno em que placas de
gordura
se depositam na parede interna dos vasos. O que determina o infarto e
o derrame é justamente a obstrução de artérias no coração e no
cérebro, fazendo com que áreas desses órgãos percam a funcionalidade.
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As alterações no sistema cardiovascular não acontecem da noite para o
dia e o problema é que muita gente só começa a prestar atenção nelas
ao entrar na terceira idade. Embora não se possa desprezar o peso dos
anos, o que determina o condicionamento cardiovascular não é a idade
cronológica, e sim a idade funcional. Uma mulher de 60 anos pode ter
um condicionamento cardiovascular melhor que o de uma de 40. Basta que
a primeira leve uma vida ativa enquanto a segunda cultive hábitos
pouco saudáveis. O fumo, por exemplo, é um desastre: eleva o
colesterol ruim e reduz à metade o bom. As paredes dos vasos
sangüíneos ficam como uma calçada esburacada de tão agredidas pelos
componentes do cigarro. Não espanta, portanto, que o tabagismo
favoreça o entupimento das artérias, assim como uma dieta rica em
gorduras animais.
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Depois dos 50 anos, a cada década de vida, o coração perde 10% da sua
capacidade de contrair e bombear sangue, mas, felizmente, não faltam
pesquisas provando que mais de 40% dos efeitos do envelhecimento podem
ser revertidos com a prática regular de exercícios, que ajudam a
controlar a pressão arterial, estabilizam a parede interna das
artérias e diminuem o risco de obstrução. Ninguém precisa virar
atleta. Trinta minutos diários de atividades aeróbias são suficientes
para proteger o sistema cardiovascular. Por mais lotada que seja a
agenda, qualquer um pode estacionar o carro a alguns quarteirões do
escritório e fazer o resto do trajeto a pé ou optar pela escada em vez
do elevador.
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O envelhecimento do Coração e as Artérias nos homens
- O que acontece ao longo dos anos:
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30 anos
-
O importante é a prevenção. Evite o fumo, o sedentarismo e controle a
hipertensão. Caso haja histórico familiar de
problemas, procure um
médico anualmente para check-ups.
Sugestão Médica: Trinta minutos de exercícios cinco vezes por semana.
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40 anos
-
A parede das artérias se torna mais rígida, elevando a pressão
arterial. O organismo reduz a produção de certas substâncias que
promovem vasodilatação, o que também aumenta a pressão.
Sugestão Médica: Procure manter a pressão arterial em 12 por 8 e a
taxa de colesterol abaixo de 200. Evite sal e alimentos gordurosos.
Mantenha os exercícios.
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50 anos
-
O ritmo do metabolismo diminui, favorecendo o acúmulo de gordura. A
freqüência cardíaca máxima de um homem nessa idade é 15% menor do que
aos 20 anos.
Sugestão Médica: Tomar o Àcido Acetilsalicílico ainda é considerado
boa medida para evitar derrames e infartos em pacientes com risco
elevado para doenças cardiovasculares. Acrescente fibras e gorduras
polinsaturadas (como salmão) para manter o bom colesterol.
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60 anos
- Diminui o número de células cardíacas e aumenta o depósito de fibras
colágenas, tornando o coração mais duro, o que pode causar falta de
ar. Cresce o risco de aterosclerose, o endurecimento das artérias, que
dificulta a chegada do sangue às extremidades.
Sugestão Médica: Caso o colesterol ou a pressão não sejam controlados
com exercício e dieta, as drogas da classe das Estatinas, sobretudo
após os 70 anos. podem ser úteis.
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CÉREBRO & MENTE (para ambos
os sexos):
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30 anos
- É a parte do corpo que permanece preservada por mais tempo. Aos 30,
está em plena atividade. Nessa idade, mais de
1 milhão de neurônios já
foram perdidos, mas não fazem falta.
Sugestão Médica: Leia diariamente. A leitura é a melhor forma de
exercitar o cérebro. Não abuse do álcool, que favorece a vasoconstrição e, portanto, dificulta a oxigenação do cérebro.
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40 anos
- A velocidade do processamento de informações diminui. Fazer uma conta
ou aprender a dirigir pode levar mais tempo. A perda de células
cerebrais, que atuam como receptores, captando estímulos do ambiente,
altera sua percepção do mundo. A sensação de calor ao tocar um prato
quente ocorre mais devagar, por exemplo.
Sugestão Médica: Os radicais livres são vilões dos neurônios. Adote
uma dieta rica em antioxidantes, como brócolis e soja. Opte por
atividades lúdicas e relaxantes, como esportes ao ar livre e
meditação.
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50 anos
-
Perdem-se de 30.000 a 50.000 neurônios por dia. Estima-se que entre os
45 e os 85 anos o peso do cérebro sofra uma redução de 20%. Cerca de
10% dos homens se queixam de depressão nessa idade.
Sugestão Médica: Suplementos com vitaminas E, B6 e B12 podem melhorar
a memória e a coordenação motora. Procure um Médico caso se sinta
deprimido.
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60 anos
-
A qualidade do sono pode piorar. Dorme-se menos e as alterações de
humor são mais freqüentes. 5% dos homens acima dos 65 anos sofrem de
perda de memória em algum grau.
Sugestão Médica: Mantenha acompanhamento médico regular e procure
dormir mais.
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O stress envelhece e a prova disso foi encontrada dentro das células
por um estudo americano.
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Todos já ouviram histórias como "Fulano envelheceu depois da morte do
filho" ou "Sicrano ficou de cabelo branco quando cuidou do pai no
hospital". Uma pesquisa da Universidade da Califórnia, em São
Francisco, nos Estados Unidos, acaba de demonstrar que há verdade por
trás desses clichês. O estudo comprova pela primeira vez que o stress
acelera o envelhecimento. Além disso, a pesquisa indica a influência
direta do estado psicológico sobre a longevidade das células do
organismo. Pessoas que têm uma percepção elevada do próprio stress
envelhecem mais rapidamente pois existem certas formas de pensar que
contribuem para o stress – a idéia, por exemplo, de que os problemas
com que lidamos são insolúveis.
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Os cientistas envolvidos nessa pesquisa examinaram 58 mães de 20 a 50
anos, 39 das quais cuidavam de filhos com autismo, paralisia cerebral
ou outras deficiências. Os cientistas analisaram o grau de
envelhecimento de células do sistema imunológico dessas mulheres. O
principal indicador do envelhecimento celular é uma seção na ponta do
cromossomo – as fitas de DNA que guardam nosso material genético –
chamada telômero. Trata-se de uma espécie de tampa bioquímica, que tem
a função de manter a integridade do DNA, impedindo que a molécula se
desfaça. Cada vez que uma célula se divide, o telômero fica um pouco
menor, até atingir um ponto crítico. A partir daí, a célula não se
reproduz mais e acaba morrendo. O telômero, portanto, é um indicador
de idade celular. Ao mostrar que o stress encurta prematuramente os
telômeros, a pesquisa indicou uma relação entre ele e o
envelhecimento. A pesquisa comprovou que o desgaste de prestar
cuidados intensivos a um filho cobra seu preço. A diminuição dos
telômeros foi mais acelerada nas mulheres que cuidavam de filhos
deficientes. Testes psicológicos revelaram que o modo como essas
mulheres encaravam seus problemas também desempenhava um papel. A
idade celular daquelas que se percebiam como tendo altos níveis de
stress chegou a ser até dez anos superior à das mulheres da mesma
idade com baixos níveis de stress. Além do comprimento do telômero, a
pesquisa mediu níveis de telomerase – uma enzima que tem a função de
restaurar as perdas do telômero – e de radicais livres, substâncias
que danificam tecidos celulares, intensificando o envelhecimento. Os
resultados foram consistentes: mulheres mais estressadas apresentaram
níveis mais baixos de telomerase e mais altos de radicais livres.
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A pesquisa deixa uma lição básica:
paz de espírito ajuda a retardar a
velhice; muitos gostariam de ter uma pílula mágica, mas o modo mais
efetivo de reduzir o stress está em mudanças no estilo de vida e a
essas pessoas submetidas a ao stress intenso recomenda-se relaxamento
e alimentação equilibrada para combater a essa agressão, além de uma
atitude mais serena diante de aspectos da vida sobre os quais não se
tem controle.
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Curiosidades históricas sobre a beleza.
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Nos olhos da rainha e dos escravos -
Em 1372 A.C., quando a rainha Nefertiti se casou com o faraó Amenófis
IV, a mulher egípcia se lavava toda manhã com água e carbonato de cal
e esfregava o corpo com uma pasta de argila retirada do lodo do rio
Nilo para manter a pele jovem. Os olhos eram maquiados com kajal, como
mostram as estátuas. Até os escravos pintavam os olhos. Em Roma, a
alta sociedade tomava banhos com leite de jumenta para embelezar a
pele.
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Magrelas e gordinhas - Pesquisadores Jeffrey Sobal e Albert Stukard revisaram 144 estudos
sobre a relação entre status social e econômico e peso e descobriram
que em países desenvolvidos, como Bélgica, Canadá, Noruega e EUA,
quanto mais alto o status, menor o peso ( e mais vista como bela a
pessoa). Já em países em desenvolvimento e com escassez de alimentos,
os homens e mulheres de status superior são mais gordos (e igualmente
considerados mais bonitos).
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Testa grande na Idade Média -
Para ostentar uma testa grande e cabelos louros, a mulher da Idade
Média usava ingredientes como sulfureto de arsênico, cal viva,
ungüentos (medicamento cuja base é gordura) feitos de cinza de ouriço,
sangue de morcego, asas de abelha, mercúrio e baba de lesma para
depilar, polir e branquear a testa, e decocção de lagartos verdes no
óleo de noz e enxofre para clarear as madeixas.
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Cabelos pintados - Em 1908 foi inventada a primeira coloração capilar, da qual derivam as
tinturas. No mesmo ano surgiu um líquido transparente para dar brilho
às unhas, aplicado com um pincel, que devia ser lustrado com pele de
camurça. A primeira tentativa bem-sucedida de desenvolver uma tinta
para cabelos segura a ser comercializada foi feita em 1909 pelo
químico francês Eugène Schueller. Baseando sua fórmula num novo
componente químico, a Paraphenylenediamine, ele fundou a Fábrica de
Tinturas para Cabelos Inofensiva. Um ano depois, Schueller escolheu um
nome mais glamuroso para sua empresa: L'Oréal. Sua tintura mais
famosa, Imedia, apareceu em 1927.
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Bocas coloridas - Em 1915, os primeiros batons, fixados numa base de metal dourada e
protegidos por uma tampa, surgiram nos salões de beleza dos EUA.
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Unhas feitas -
O costume de pintar as unhas nasceu na China, no século III a.C. As
cores do esmalte indicavam a classe social do indivíduo. Os primeiros
eram feitos de goma arábica, clara de ovo, gelatina e cera de abelha.
Os reis pintavam as unhas com as cores preta e vermelha, depois
substituídas pelo dourado e pelo prateado. No Egito antigo, a tradição
se repetiu.
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Xampú -
O primeiro tipo de detergente que se tornaria o atual xampu foi
produzido na Alemanha em 1890. Apenas depois da Primeira Guerra
Mundial ele começou a ser oferecido comercialmente como um produto
para a limpeza dos cabelos.
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Obstáculos dos cosméticos -
Uma lei grega do século II proibia que as mulheres escondessem sua
verdadeira aparência com maquiagem antes do casamento. A legislação
draconiana, adotada pelo Parlamento britânico em 1770, permitia a
anulação do casamento se a noiva estivesse de maquiagem, dentadura ou
cabelo falso. Nos anos seguintes, no entanto, a maquiagem pesada tomou
conta da Inglaterra e da França. Até que a febre passou após a
Revolução Francesa. Só se admitia que pessoas mais velhas e artistas
de teatro usassem. Em 1880, a maquiagem reconquistou as mulheres e
nascia a moderna indústria de cosméticos.
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Pó mortal - Os pós faciais, que surgiram em 4 000 a.C. na antiga Grécia, eram
perigosos porque tinham uma grande quantidade de chumbo em sua
composição e chegaram a causar várias mortes prematuras. O rouge era
um pouco mais seguro. Embora fosse feito com amoras e algas marinhas,
substâncias naturais, sua cor era extraída do cinabre (sulfeto de
mercúrio), um mineral vermelho. O mesmo rouge era usado nos lábios,
como batom, onde era mais facilmente ingerido e também causava
envenenamento.
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Perfumes - Em 2900 a.C., os mortos egípcios eram enterrados com jarros de óleo
perfumado, cuja natureza ainda é um mistério. Mil anos depois, os
egípcios se aventuraram por toda parte em busca de essências. Ali, os
perfumes e ungüentos para untar o corpo eram preparados em
laboratórios dentro dos templos. Para perfumar o corpo, os egípcios
colocavam uma massa de gordura perfumada no topo da cabeça ou sobre
uma peruca. Durante a noite, a gordura dissolvia-se, cobrindo a
peruca, as roupas e o corpo com uma camada oleosa bastante perfumada.
No Império Romano, o perfume também ingerido - puro ou no vinho - para
ocultar o mau hálito. A destilação da água de rosas e outros perfumes
foi uma descoberta islâmica do século IX. O descobrimento do álcool
como veículo para o perfume ocorreu no século XIV. Nem todos os povos
da Antiguidade gostavam de perfume. Em 361 a.C., Agesilau, rei de
Esparta, baniu o seu uso. A invenção da água de colônia, solução
alcoólica de essências de bergamota, de limão e de lavanda, foi
inventada pelo barbeiro italiano Jean-Baptiste Farina em 1709, na
cidade de Colônia, na Alemanha.
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Depilatórios - A depilação com fins estéticos foi praticada por muitas civilizações.
As mulheres gregas, por exemplo, levavam a vaidade ao ponto de
arrancar os pêlos pubianos com a mão e queimá-los com uma chama ou com
cinzas quentes. Os cremes depilatórios também são conhecidos em todas
as épocas. As mulheres árabes preparavam um xarope espesso, feito de
partes iguais de açúcar e de suco de limão com água, e o espalhavam
sobre a pele, deixando-o secar, para depois extrair os pêlos. A
técnica é, no essencial, semelhante à da cera. A depilação com cera é
invenção de Peronet, em 1742, na cidade de Paris.
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Desodorante - O primeiro desodorante antitranspiração, como conhecemos hoje em dia,
foi criado nos Estados Unidos em 1888. Seu nome era Mum.
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CURIOSIDADES DE BELEZA E HIGIENE DA IDADE
MÉDIA
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O açafrão servia para colorir os lábios; o negro da fuligem, para
escurecer os cílios; a sálvia, para esbranquecer os dentes; a clara de
ovo e o vinagre, para aveludar a pele.
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Na Idade Média, não existiam os dentifrícios, muito menos escovas de
dentes ou perfumes, desodorantes muito menos e papel higiênico, nem
pensar... As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do
palácio...
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Quando paramos para pensar que todos já viram que nos filmes aparecem
pessoas sendo abanadas, passam desapercebidos os motivos. Em um país
de clima temperado, a justificativa não era o calor, mas sim o péssimo
odor que as pessoas exalavam, pois não tomavam banho, não escovavam os
dentes e não usavam papel higiênico e muito menos faziam higiene
íntima. Os nobres, eram os únicos que podiam ter súditos que os
abanavam, para espalhar o mau cheiro que o corpo e suas bocas exalavam
com o mau hálito, além de ser uma forma de espantar os insetos.
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CASAMENTOS NA IDADE MÉDIA
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Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (para
eles, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano
era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda estava
tolerável.
Entretanto, como alguns odores já começavam a ser exalados, as noivas
carregavam buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí termos
maio como o "mês das noivas" e a origem do buquê de noiva explicada.
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Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente.
O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.
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Este artigo não
pretende a prescrição ou indicação de medicamentos. Se você
apresenta algum dos sintomas citados procure um Médico pois nada
substitui uma consulta com um Médico especializado, pois tanto
para a mulher como para o homem, a avaliação Médica e
especialmente a Terapia Ortomolecular tem que ser individualizada
e só deve ser prescrita por Médico Especialista, e que para se ter
uma base do que se vai indicar para um paciente é necessário fazer
uma minuciosa anamnese clínica, avaliar o estado psico-emocional
do paciente e fazer um estudo pormenorizado com exames
laboratoriais, inclusive Ortomoleculares como o Teste do Cabelo (Mineralograma) e
outros através de sangue, urina e fezes. |
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