.
Enquanto a maioria das espécies animais do planeta usam o ato sexual
somente para a procriação, a espécie humana talvez seja
a única na
qual sexo é prazer, esporte e obsessão. Juntamente com o dinheiro, a
fome e o desejo pelo poder, o sexo é uma força primária de motivação.
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Muitas mudanças têm ocorridas sob o ponto de vista sexual nos últimos
30 anos e com os perigos das doenças sexualmente transmissíveis,
especialmente a AIDS, o ser humano vem se tornando cada vez mais
monogâmico e. quando teria tudo para estar satisfeito em seus
relacionamentos, a humanidade nas últimas décadas vem cada dia mais,
apresentando como num crescente, queixas de falta de interesse sexual.
.
O stress e a nutrição são importantes fatores na vitalidade sexual,
sendo o stress, particularmente o stress mental na forma de
preocupação, trabalho em excesso e problemas financeiros podem
interferir com a energia sexual e sua expressão na forma de desejo.
Por outro lado, os problemas sexuais podem ser a fonte de ansiedade e
infelicidade.
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O que é NORMAL em sexo?
Por definição médica, é considerado normal qualquer prática
ocorrida entre pessoas adultas, sob o ponto de vista físico e
psicológico, na privacidade, com aquiescência mútua e desde que
não cause prejuízo físico ou psicológico a nenhum dos dois. |
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Para uma saudável função sexual temos que estar com as funções
orgânicas em perfeito funcionamento e um equilíbrio no sistema
endócrino, produzindo os hormônios necessários. A baixa função da
Glândula Hipófise pode levar a uma diminuição no desenvolvimento dos
órgãos sexuais, a menopausa precoce nas mulheres e a impotência nos
homens. As glândulas Supra-Renais apresentando deficiência podem
reduzir o desejo e a potência para o sexo e aumentar a sensibilidade
ao stress. Certas disfunções da glândula Tireóide podem causar uma
perda do desejo ou capacidade para o sexo. No homem, a baixa função
testicular reduz o interesse sexual e a produção de esperma. Nas
mulheres, baixos níveis de estrogênio reduzem a maturidade sexual,
reduz o tamanho das mamas e retarda a maturação dos óvulos. O
desequilíbrio entre o estrogênio e a progesterona também pode causar
uma série de sintomas relacionados com o desejo sexual.
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Para um relacionamento sexual satisfatório, particularmente as
mulheres, necessitam um envolvimento amoroso e ter energia sem estar
fatigada, além de um perfeito equilíbrio hormonal que permita emoções
prazerosas e um bom nível de relaxamento com um bom desejo sexual. Já
os homens, precisam principalmente, de uma boa circulação sangüínea
para criar a ereção peniana, vitalidade física e uma boa função
hormonal. Entretanto o que mais observo no dia-a-dia do consultório é
se apresentarem pessoas de ambos os sexos que parte dessas funções
estão adequadas mas o desinteresse sexual é uma constante.
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Desde Sigmund Freud a ciência tenta explicar as conexões entre a
sexualidade e o bem-estar físico e mental. Quando o pai da
psicanálise escreveu seu ensaio sobre ansiedade e neurose, em 1895,
dando uma ênfase até então inédita à sexualidade,
choveram
críticas. Freud achou melhor rebatê-las em um outro artigo, no qual
foi ainda mais enfático. Freud escreveu: "Muitas
doenças mentais e as fobias, em especial,
não ocorrem quando a pessoa leva uma vida sexual normal".
Sobre a
pedra fundamental das análises de Freud ergueu-se um monumental
edifício de estudos da sexualidade e de seu impacto sobre outras
dimensões vitais do ser humano. Os médicos investigam com crescente
interesse como as carências sexuais podem produzir doenças físicas e
psicológicas e, por outro lado, como certas moléstias afetam o
desempenho e a satisfação sexual.
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Muitos outros fatores, além do stress, insatisfação profissional ou
familiar, podem afetar o desejo e a performance sexual. O álcool, o
tabagismo, excesso de café, a maconha e a cocaína e até mesmo o açúcar
são as “drogas do prazer” que podem reduzir a vitalidade sexual, assim
como muitos produtos farmacêuticos, como os tranqüilizantes,
anti-hipertensivos, beta-bloqueadores, diuréticos, pílulas
anticoncepcionais e alguns hormônios.
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Na década de 90, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu o sexo
na lista dos parâmetros utilizados para definir a
qualidade
de vida de uma pessoa. Os outros são: capacidade de trabalhar,
não depender de ninguém para as tarefas do dia-a-dia
e manter um convívio familiar e social satisfatório. O sexo seguro,
freqüente e prazeroso, explicam os médicos, pode proteger o coração,
evitar a insônia, aliviar o stress, fortalecer o sistema imunológico,
combater a ansiedade, regular o humor, emagrecer e até atrasar um
pouco o ritmo do envelhecimento.
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As delícias (ou não) da alcova repercutem em todas as esferas da vida
de uma pessoa. Oito de cada dez brasileiros (homens e mulheres)
vítimas de problemas sexuais declaram que suas aflições afetam o
trabalho, o convívio com os filhos, as relações sociais, o lazer. Sem
contar, obviamente, o desgaste do relacionamento com o parceiro (veja
quadro ao lado).
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Os homens sentem-se menos homens e as mulheres, menos mulheres. É
enorme o abismo que separa os homens com problemas de ereção dos que
não têm disfunção alguma. Dos primeiros, 41,6% se declaram satisfeitos
consigo próprios. No outro grupo, esse índice sobe para 85,5%.
.
Com o aumento da expectativa de vida da população, nada mais natural
que o sexo de boa qualidade passe a ser uma exigência
de homens e mulheres mais maduros. Viver mais significa prolongar os
encontros amorosos para além da f ase
áurea da sexualidade, que vai dos 20 aos 40 anos. Com o passar do
tempo, porém, não é fácil manter a libido a mil.
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Uma pesquisa mostrou que para a maioria das mulheres entre 18 e 25
anos, a vida sexual mudou para melhor desde a primeira relação. Para
quem tinha mais de 46 anos, a mudança foi para pior. Com a chegada da
menopausa, há uma queda nos níveis dos hormônios sexuais, o que reduz
o aporte de sangue e o tônus muscular da região genital. A vagina fica
menos elástica, e a lubrificação do órgão torna-se mais difícil.
Conseqüentemente, as respostas às carícias e ao próprio ato sexual já
não são tão rápidas nem tão intensas quanto eram na juventude. Uma
jovem de 20 anos demora, em média, vinte segundos para sair do patamar
do desejo e chegar à excitação. Numa mulher com mais de 50 anos, esse
processo leva até três minutos. Com os homens não é diferente. Um
mesmo estímulo sexual que, na juventude, saía do cérebro e deixava o
pênis ereto em apenas três segundos demora dois minutos para fazer
efeito no homem de meia-idade. Com a redução do fluxo sanguíneo para o
pênis e a flacidez dos músculos penianos, a ereção torna-se menos
potente e o orgasmo, mais difícil.
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Cerca de 66% dos brasileiros apresentam, em menor ou maior grau,
dificuldade de ereção – e, quanto mais elevada a faixa etária, maiores
são a prevalência e a severidade da disfunção.
Geralmente é possível recuperar o fôlego na cama com a adoção de
hábitos mais saudáveis – a combinação de uma dieta equilibrada com a
prática regular de exercícios físicos. Se não funcionar, a medicina
dispõe de uma série de armas capazes de devolver o prazer perdido. Os
grandes beneficiados pelas invenções da indústria farmacêutica são os
homens.
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O marco no tratamento das disfunções sexuais masculinas foi o
lançamento, em 1998, da primeira pílula contra disfunção erétil – o
Viagra. A ela se seguiram outras (Cialis, Levitra e Uprima, entre as
mais conhecidas) que exorcizaram o fantasma da impotência da vida de
milhões de homens. Os problemas de ereção passaram a ser tratados de
maneira bastante simples. Nada a ver com os dispositivos antigos, como
injeções ou bombas a vácuo. Os velhos artifícios, além de aniquilar
com o romantismo de qualquer encontro amoroso, afastavam a maioria dos
homens dos consultórios médicos. Graças aos remédios orais
antiimpotência, nos últimos cinco anos quadruplicou o número de
brasileiros que procuram ajuda para seus problemas sexuais.
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Das queixas sexuais masculinas, a dificuldade de ter ou manter a
ereção é a mais prevalente. Entre os homens mais jovens, especialmente
dos 18 aos 25 anos, o grande tormento, porém, é a
Ejaculação Precoce – aquela
que ocorre menos de dois minutos depois do início do ato sexual. Se
não tratada, pode levar à impotência. Suas principais causas são a
ansiedade e a insegurança. Por isso, o tratamento-padrão envolve o uso
de antidepressivos com sessões de psicoterapia.
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Recentemente foi lançado o primeiro medicamento indicado
especificamente para o tratamento da
Ejaculação Precoce. É a droga de nome químico
Dapoxetina, que também é um
antidepressivo. A diferença é que, ainda não se sabe exatamente por
que, seus efeitos sobre a ejaculação precoce são muito mais rápidos.
Os convencionais demoram até dez dias para começar a fazer efeito. A
Dapoxetina promete levar, no máximo, quatro horas para chegar aos
mesmos resultados.
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Informações sobre os efeitos da idade no Pênis
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O tendão que liga o pênis
ao púbis se afrouxa com o tempo, resultando na diminuição do
ângulo de ereção. Abaixo, o ângulo correspondente a cada
idade. |
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Qual foi a última vez que você
falhou na cama? Se a resposta demorou para vir à tona, provavelmente
você sequer completou 40 anos. Mas se ela veio rápido à sua cabeça, é
provável que você já esteja perto dos 50. É difícil admitir, mas
dificuldades ocasionais para manter a ereção são consideradas normais
após a quarta década de vida e não devem se tornar fonte de
frustrações. A flacidez do pênis deve-se principalmente ao desgaste do
tendão que liga o órgão ao púbis (osso localizado na região sexual).
Com o passar dos anos, o tendão se torna menos elástico e,
conseqüentemente, não funciona como deveria todas as vezes que é
requisitado. Por mais sexualmente ativo e saudável que o homem seja.
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Pelo mesmo motivo, o ângulo das
ereções tende a diminuir. Se aos 30 anos o pênis fica 20 graus acima
da horizontal quando ereto, aos 70 ele se situa 25 graus abaixo. O
tempo entre uma ereção e outra, ao contrário, só aumenta com a idade.
Aos 30 anos, é comum ter duas ou três relações sexuais numa noite, com
intervalos de 20 ou 30 minutos. Aos 60 anos, muitos só conseguem fazer
sexo novamente no dia seguinte. Os médicos afirmam que essas são
mudanças naturais e que, portanto, os homens deveriam se preocupar
menos com a firmeza do pênis ou a freqüência das relações sexuais e
mais com a qualidade do sexo.
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O homem acredita que pode conter as
conseqüências do envelhecimento, mas não pode, e, em vez de tentar
inibir os efeitos do tempo, deveria se aproveitar deles. Idade é
sinônimo de experiência e isso conta muito mais que um pênis
infalível para o sexo prazeroso. |
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Uma das evidências de que a
eventual flacidez do pênis é natural em homens acima dos 40 anos é que
as ereções noturnas também diminuem com o tempo. Enquanto até essa
idade elas costumam durar mais de duas horas ao todo, aos 60, elas não
passam de uma hora e meia. Os médicos acreditam que as ereções
noturnas sejam um mecanismo que a natureza criou para assegurar a
procriação. Sabe-se que se o pênis passar meses sem uma ereção, ele
torna-se fibroso, correndo o risco de não ficar ereto novamente. As
ereções involuntárias, portanto, impediriam que o homem se tornasse
impotente antes do tempo. Como após os 40 anos, o homem já teve
bastante tempo para procriar a espécie, é natural que a intensidade do
mecanismo preventivo reduza.
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Caso as falhas na cama se tornem
rotineiras, não há motivo para pânico. Até os 60 anos, 90% das causas
de impotência sexual são psicológicas e apenas 10% são orgânicas. O
estresse do dia dia e a depressão pela proximidade da aposentadoria
podem estar atrapalhando o desempenho sexual. O melhor remédio nesses
casos é alterar o estilo de vida, estabelecendo uma divisão clara
entre trabalho e lazer, e encarar o fim dos dias trabalhados como uma
oportunidade de gozar a vida.
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A insegurança e o medo de não ser
hábil como antes também costumam ocasionar episódios de impotência.
Para driblar a ansiedade, nada melhor que prolongar as preliminares.
Além de estimular a parceira, os beijos e abraços vão te ajudar a
relaxar. A partir dos 60, fatores psicológicos e físicos dividem
igualmente as causas da disfunção sexual. Com o avanço da medicina, no
entanto, é possível tratar quase 100% dos casos. Para cada perfil de
impotência, há um medicamento novo no mercado.
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É bom frisar que a dificuldade de
ereção não impossibilita o orgasmo ou a ejaculação. Os três fenômenos
são independentes. De fato, o número de relações sexuais tende a
diminuir com a idade e, com ele, o número de orgasmos. A redução, no
entanto, ocorre muito mais em função de um certo desinteresse sexual
(afinal, depois de décadas fazendo sexo, isso não é mais novidade) que
impossibilidade física. Como acontece com as mulheres, os homens
também entram no período do climatério, mas as mudanças são graduais e
pouco atrapalham a atividade sexual. A partir dos 40 anos, verifica-se
a queda de apenas 1% ao
ano da produção de testosterona - as mulheres
param de ovular ao atingirem a menopausa -e a qualidade do esperma
sofre poucas alterações. Chaplin e Picasso foram pais aos 60 anos.
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Os remédios contra a disfunção sexual masculina não melhoraram apenas
a vida dos homens com problemas na cama. Provocaram uma reviravolta
também na vida de suas companheiras. Elas passaram a cobrar dos
parceiros disposição para o sexo. Dos homens em tratamento médico
contra disfunções eréteis, por exemplo, 56% foram incentivados por
suas mulheres a procurar tratamento. Muitas não se acanham em também
buscar ajuda. Há, lógico, as que ainda se ressentem do modo como foram
educadas – o prazer sexual visto como sinônimo de pecado, impureza e
imoralidade –, mas é cada vez maior a presença feminina nos
consultórios de terapeutas e médicos especialistas.
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Agora, as mulheres respondem por 1/3 dos atendimentos, sendo que de
cada dez brasileiras, cinco têm algum problema sexual e as principais
queixas são falta de desejo e dificuldade de chegar ao orgasmo. Até
pouco tempo atrás, acreditava-se que os problemas sexuais femininos só
poderiam ser resolvidos no divã, mas a sexualidade feminina é muito
complexa, tanto que Freud a chamou de "o
continente obscuro".
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Ela está mais ligada a fatores psicológicos, sociais e culturais do
que a masculina, o que dificulta a criação de medicamentos capazes de
dar conta de tantas variantes, mas nos últimos cinco anos, contudo,
pesquisas deixaram claro que muitas aflições delas são de ordem
orgânica, como a baixa na produção dos hormônios femininos, sobretudo
entre as mulheres na pós-menopausa. Nesses casos, pode-se recorrer à
terapia de reposição hormonal e uma das frentes mais promissoras para
aumentar a libido feminina é o uso de doses extras do hormônio
Testosterona (veja quadro abaixo).
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Também o uso abusivo de aditivos químicos nos alimentos e a ingestão
de carne vermelha e de aves tratadas com abusivamente com hormônios
sexuais antes do abate vem provocando nas últimas décadas um
progressivo aumento de distúrbios na esfera sexual, tanto masculina
quanto feminina, reduzindo o desejo sexual e até a produção e a
percepção dos feromônios sexuais,
produzidos para agirem no cérebro como estimulantes da atração física
entre os sexos.
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Os feromônios são
substâncias químicas aromáticas que despertam o desejo sexual. Esses
afrodisíacos químicos são
extremamente potentes e acredita-se que os
seres humanos poderiam ter retido alguma capacidade remanescente de
responder a estes afrodisíacos aromáticos. Existe um grupo de pequenos
receptores nas narinas humanas, chamado
Órgão Vômero Nasal, que respondem ativamente a uma
grande variedade de substâncias químicas inodoras que são produzidas
na pele humana. Quando estes feromônios são inalados, eles têm efeito
tranqüilizante e euforizante sutil no humor do indivíduo e isto tem um
papel importante nos vínculos humanos. O odor liberado pelos amantes
pode ser excitante e bastante prazeroso tanto para o homem como para
mulher.
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A importância de uma vida nutricional saudável é muito importante para
uma boa vitalidade sexual. Exercícios físicos regulares são também
muito importantes para reduzir o stress e ansiedade e manter um
sistema cardiovascular com boa saúde, entretanto os exercícios em
excesso, especialmente nas mulheres, podem reduzir a fertilidade, os
níveis hormonais, os ciclos menstruais e o desejo sexual.
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Desejo: Essa fase consiste
de fantasia e desejo relacionados a atividade sexual.
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Excitação: Caracterizado
por sentimento subjetivo de prazer sexual e alterações fisiológicas
concomitantes. As principais modificações no homem consistem de
tumescência e ereção do pênis e na mulher consistem de aumento de
sangue na região pélvica, lubrificação, expansão vaginal e
turgescência da genitália externa.
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Orgasmo: Este período
consiste do clímax de prazer, com liberação da tensão sexual e
contração rítmica dos músculos do períneo e órgãos reprodutores. No
homem existe sensação de inevitabilidade ejaculatória, seguida de
ejaculação. Na mulher ocorre contrações da parede do terço inferior da
vagina. Em ambos os sexos o ânus contrai-se ritmicamente.
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Resolução: Etapa final que
apresenta a sensação de relaxamento muscular e bem estar geral.
Durante a mesma os homens são fisiologicamente refratários à outra
ereção e orgasmo por período variável. Em contrapartida, as mulheres
podem ser capazes de responder a uma estimulação adicional quase que
imediata.
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Pesquisas pioneiras revelam o que acontece com homens e mulheres no
auge do prazer e acenam para a possibilidade de uma pílula do êxtase.
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Está ocorrendo na Europa uma pesquisa que fará o mapeamento da cascata
de sensações verificadas no corpo e na cabeça no ápice do prazer. O
método de investigação não poderia ser mais pragmático. No laboratório
do holandês Gert Holstege,
da Universidade de Groningen, um casal se posiciona sob um
relógio digital e o cientista dá a partida: "Por favor, peço que
cheguem ao orgasmo em quatro minutos". Enquanto a mulher começa a
acariciar o parceiro, o cérebro dele é vasculhado por um aparelho de
tomografia. A máquina registra as regiões ativadas até que ele atinja
o clímax. Em seguida, há uma inversão de funções: o homem estimula sua
parceira. Quando a mulher se aproxima do orgasmo, o coração bate mais
forte, a pressão arterial sobe, os músculos da bacia e das nádegas se
contraem.
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O scanner investiga os mínimos detalhes do córtex, a fim de desvendar
o segredo que instiga os seres humanos desde que existe o amor: o que
acontece quando experimentamos o ápice das sensações? A parafernália
de alta tecnologia, que pesa toneladas e custa 3 milhões de euros,
revela o que ocorre na cabeça, nos hormônios e em várias partes do
organismo (vide abaixo) durante o ato sexual.
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A análise do que acontece no cérebro e no corpo durante o sexo
pode levar ao surgimento de uma pílula do orgasmo. |
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Ele só pensa naquilo...
Pesquisas mostram que homens e mulheres têm áreas
diferentes do cérebro ativadas por um estímulo sexual. Nos homens, há
altos índices de ativação da amígdala cerebral e do hipotálamo,
estruturas que controlam a emoção e a motivação. A mesma cena erótica
provoca no cérebro das mulheres outro tipo de reação. Reside aí boa
parte das incompreensões e insatisfações mútuas dos casais na cama.
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"O cientista que se ocupa da anatomia do orgasmo faz algo de bom para
o ser humano", justifica o Prof. Holstege. Por preconceito ou
arrogância, o ponto culminante da paixão e do prazer continua a ser
território quase inexplorado para os pesquisadores. Tanto que as
inovadoras imagens feitas por Holstege não foram aceitas pelas
prestigiadas revistas científicas americanas Nature e Science, sob a
alegação de que o material não interessaria aos leitores.
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Pela primeira vez, o trabalho revela a assinatura neurológica do
êxtase. O computador funciona também como um perfeito detector de
mentiras. No orgasmo fingido, as áreas do desejo no cérebro das
mulheres permanecem em calma, enquanto os centros de movimento
apresentam maior atividade. Os cientistas também conseguiram
esclarecer por que as pessoas mergulham em um vale de indolência
depois de surfar sobre as ondas do desejo.
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"Após o sexo, todos os seres vivos ficam
tristes, com exceção do galo e da mulher", já observava
o médico Galeno, no século II a.C.
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A responsável por isso parece ser a
Prolactina. O hormônio que dispara a produção de leite
depois do parto também age como freio do desejo logo após o orgasmo.
Será que uma pílula que inibisse a ação da Prolactina poderia ajudar
os homens a tornar realidade o sonho de ter orgasmos sucessivos?
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O orgasmo é uma coisa do dia-a-dia, assim como o ato de mastigar;
infelizmente, conhecemos mais sobre a fisiologia da mastigação que a
respeito dos mecanismos do prazer. Do primeiro olhar mais insinuante
até a transmissão dos espermatozóides, a natureza compôs uma
coreografia para o encontro entre o homem e a mulher. A pressão
arterial e a pulsação sobem, o pênis se intumesce, a vagina fica
úmida, os pequenos lábios da vulva e o clitóris se expandem.
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Quando a dança dos corpos chega perto do gran finale, geralmente o
homem é o primeiro a viver seu prazer máximo. A vesícula seminal e a
próstata se estreitam ritmicamente. Na hora H, até 240 milhões de
espermatozóides são lançados pela uretra com uma velocidade entre 14 e
18 quilômetros por hora. Se a parceira também chega ao clímax nesse
mesmo instante - algo que todos desejam, mas não necessariamente
conseguem -, a vagina forma uma ''guarnição para o clímax''. Assim
como o útero, ela se contrai de cinco até 12 vezes.
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Apesar de ter criado esse balé cuidadoso, a natureza não é mestre em
sincronização. Segundo vários biólogos, isso explica por que muitos
homens chegam esgotados a sua meta enquanto as mulheres ainda estão no
meio do caminho. A pressa masculina seria necessidade da reprodução.
Segundo essa visão, o orgasmo funcionaria como um prêmio da natureza
pelo êxito atingido, para gratificar os praticantes por passarem
adiante sua carga genética e garantir a perpetuação da espécie. O
risco de fracasso biológico seria alto demais caso as mulheres fossem
coroadas em primeiro lugar com os louros do prazer, talvez muitas
parceiras simplesmente virassem de lado, satisfeitas, antes que o
homem pudesse doar seus espermatozóides.
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Em cada um dos sexos, o prazer revela-se de forma diferente. Isso foi
constatado de forma inquestionável pelos estudos ainda não publicados
de Michael Forsting e Elke Gizewski, do Hospital das Clínicas de Essen,
na Alemanha. Doze homens e 12 mulheres permitiram que seu cérebro
fosse vasculhado por equipamentos de ressonância magnética enquanto
viam alternadamente filmes eróticos e inocentes trabalhos de
bricolagem.
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A excitação provocada pelas imagens de sexo ativou regiões distintas.
Nos homens, brilham áreas cerebrais mais
primitivas,
existentes também em galos e crocodilos. Nas mulheres, são ativados
setores na parte mais nobre do cérebro, responsável pelo pensamento.
Isso significa que durante o sexo a parceira age de forma mais
racional, enquanto eles só pensam naquilo enquanto os homens seguem
mais seu impulso de acasalamento; para as mulheres, a sensualidade é
algo mais importante.
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Quando nossos antepassados da Idade da Pedra faziam sexo, era
importante que ao menos um dos parceiros não
se
desligasse por completo do mundo exterior e coube à mulher mais essa
incumbência. Durante o sexo selvagem ela permanecia alerta para notar
a proximidade de um leão ou o sumiço de uma criança.
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Qual seria, então, a razão biológica do orgasmo feminino? Afinal, para
garantir a reprodução, bastaria que a fêmea aceitasse fazer sexo.
Acredita-se que uma recompensa, sob a forma do prazer, aumenta a
disposição para a repetição do coito e, dessa forma, a chance de gerar
descendentes. Além disso, os fisiologistas descobriram que as
contrações do colo do útero ocorridas durante o orgasmo transportam os
espermatozóides para mais perto dos óvulos. Isso eleva a probabilidade
de uma gravidez.
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Uma pesquisa realizada pelo Hospital Charité, em Berlim, com 575
participantes entre 18 e 71 anos, revelou que a média de tempo até que
seja atingido o orgasmo é de oito minutos. O trabalho também elucidou
preferências, concluindo que as mulheres vivem o orgasmo clitoridiano
de forma mais intensa, mas ficam sexualmente mais satisfeitas quando
também atingem o clímax através da penetração.
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Esse prazer anda em falta. Quase metade das mulheres que participaram
da pesquisa raramente ou nunca consegue atingir seu
''paraíso sexual''
quando está com seu parceiro. Homens feridos em sua reputação costumam
alegar que o orgasmo feminino é algo mais complicado e difícil de ser
alcançado. Essa idéia é rejeitada por alguns cientistas que, segundo
uma pesquisa com 776 voluntárias, quando a mulher se masturba, quase
sempre atinge o orgasmo. Observa-se que muitas mulheres dizem que o
sexo lhes dá prazer, mas que seus parceiros ficam muito tristes porque
elas não chegam sempre ao orgasmo. Mas isso nem sempre desencadeia um
cavalo-de-batalha. Quase metade das mulheres que admitem não chegar ao
orgasmo no ato sexual afirma estar ''sexualmente satisfeita'' e nessa
amostra, 76% chegaram a dizer que tinham ficado felizes.
.
Quando é forte a pressão pelo gran finale, muitas parceiras partem
para a encenação, e, apenas uma em cada dez mulheres nunca fingiu um
orgasmo. A razão da mentira: 41% delas querem agradar ao parceiro, mas
por outro lado, uma em cada quatro adota o expediente para abreviar a
relação.
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É verdade que nem sempre o clímax se assemelha ao estrondo de um
trovão acompanhado de uma chuva de estrelas, pois o orgasmo não está
atrelado a órgãos específicos e muito menos aos genitais e, o curioso
é que, além dos órgãos sexuais primários, quase todas as outras partes
do corpo podem suscitar o prazer.
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Para algumas pessoas é suficiente estimular os lóbulos das orelhas ou
ter os cabelos massageados. Alguns estudos atestam que as mulheres
sentem orgasmo apenas com estimulação nos seios (30%) e na boca (20%).
Ambos os sexos (25% das mulheres e 21% dos homens) chegaram, pelo
menos uma vez, ao sétimo céu do prazer sem nenhum contato corporal. Ou
seja, apenas por meio da fantasia, pois prazer e excitação não ocorrem
na bacia, e sim entre as duas orelhas.
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O cérebro é o órgão de prazer mais poderoso e isso é percebido por
qualquer um que, ao menos uma vez na vida, já ficou com o coração
saltando pela boca só de pensar na pessoa amada. Conhecer as
estruturas cerebrais que participam disso e elucidar suas funções é
fundamental para o desenvolvimento de terapias e medicamentos para
melhorar a qualidade da vida sexual e tratar transtornos psiquiátricos
ligados ao sexo, como a pedofilia. Nesse contexto, as pesquisas
européias representam a luz contra as trevas. Os estudos feitos sobre
orgasmo na Europa, financiados com dinheiro público, seriam
inimagináveis nos Estados Unidos, onde a influência dos conservadores
é fortíssima.
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O direito ao sexo prazeroso deveria ser encarado como uma questão de
saúde pública, passível de financiamento para pesquisas e
desenvolvimento de novas terapias. Já se sabe, por exemplo, que a
substância
Cabergolina -
usada no tratamento do mal de Parkinson ou para interromper a produção
de leite - aumenta o desejo e propicia um orgasmo mais intenso. Também
a Bupropiona, uma droga
anti-depressiva que vinha sendo utilizada no combate ao tabagismo e
que demonstrou ser a mais moderna escolha no tratamento do
desinteresse sexual em mulheres, estimulando a libido, provocando
sonhos eróticos e proporcionando na maioria das que usaram, orgasmos
intensos. É utilizada somente sob prescrição médica e não tem ação em
homens. Ao mesmo tempo, um controverso adesivo de testosterona que
promete aumentar o apetite sexual das mulheres está sendo analisado
pela FDA (Agência reguladora de medicamentos e alimentos nos Estados
Unidos) Os especialistas alertam que a administração prolongada do
medicamento pode ser prejudicial ao organismo, mas de qualquer
maneira, as pesquisas já comprovaram que sexo de qualidade faz bem ao
coração, tonifica os músculos, melhora o sistema imunológico - e, sem
dúvida, o humor de qualquer um.
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Novo método promete medir desejo sexual.
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Técnica pode ajudar a tratar pessoas com perda de libido.
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Pesquisadores israelenses estão convencidos de ter desenvolvido o
primeiro método para medir a intensidade do desejo sexual de uma
pessoa. A técnica foi baseada na análise da medição de alterações em
ondas cerebrais de pessoas que assistiam a um filme erótico. Segundo
os cientistas, esse é o primeiro método quantitativo para medir a
libido. Mais do que mera curiosidade, ele poderia ser usado para
avaliar efeitos de novos medicamentos sobre o desejo sexual.
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Outra aplicação seria a avaliação de danos à libido causados por
acidentes e derrames, por exemplo. O coordenador da pesquisa, Yoram
Vardi, do Hospital Rambam e do Instituto Technion, em Haifa, Israel,
explicou que sua técnica mede, primariamente, o nível de atenção de
uma pessoa durante cenas eróticas, mais do que especificamente o
desejo sexual. Todavia, segundo ele, o estímulo sexual estaria
diretamente ligado à atenção, o que validaria o método.
.
Por enquanto, a técnica foi testada em apenas 30 pessoas. Como os
resultados foram considerados promissores, os pesquisadores esperam
experimentá-la num grupo maior de voluntários. Tendo êxito, poderão
pensar num uso regular. Mas, ainda é cedo para saber se será possível
estabelecer uma espécie de escala do desejo sexual.
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Os cientistas analisaram alterações em ondas cerebrais chamadas
p300. Elas são produzidas
menos de um segundo após um evento. São a resposta do cérebro a
estímulos.
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Idade |
Sexo |
Orgasmo durante
a última
masturbação -
em % |
Orgasmo na última relação
com
parceiro - em % |
60 anos |
Homem |
92 |
97 |
Mulher |
85 |
65 |
45 anos |
Homem |
94 |
94 |
Mulher |
93 |
74 |
30 anos |
Homem |
92 |
93 |
Mulher |
87 |
53 |
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Legenda > |
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Homens |
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Mulheres |
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Cérebro |
Áreas responsáveis por sensações de felicidade e
outras emoções são ativadas.
Setores responsáveis pela memória, atenção e pelo pensamento
lógico são reprimidos.
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 O poder da paixão - Apenas o fato de olhar para o parceiro excita no cérebro de homens
e mulheres centros nervosos que também são ativados pela
satisfação provocada por drogas, como a cocaína. Setores
responsáveis pelo raciocínio crítico ou pelo medo são desativados. |
Hormônios |
O
motor da testosterona - O desejo masculino é fortemente
influenciado pelo nível de testosterona. Mas a alta concentração
de testosterona nem sempre significa libido elevada. A relação
exata que existe entre esses dois fatores ainda é incerta. |
Pulsão sexual e desejo -
O hormônio feminino estrógeno não exerce grande influência sobre o
desejo da mulher. Enquanto isso, ter uma boa carga de testosterona
circulando no corpo feminino implica intensa atividade sexual. |
Corpo |
Calor no abdome, o pênis
aumenta e fica ereto. A pressão arterial, a pulsação e a
freqüência respiratória são elevadas e a atenção diminui. |
A pulsação e a pressão
arterial sobem. A vagina fica úmida e se amplia, assim como o
clitóris. Os mamilos crescem até 1 centímetro. |
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Cérebro |
Nos homens são ativados grandes centros nervosos na área do
sistema límbico. |
Quando estimuladas, as mulheres reagem de forma muito menos
emotiva. |
Só
pensam naquilo - Nos homens são acionadas regiões primitivas
do cérebro. Eles agem, durante o sexo, de maneira extremamente
impulsiva. |
Com
os pés no chão - Nas mulheres, as emoções não entram em ação.
É ativada principalmente a área responsável pela razão. |
Hormônios |
 Homens
e mulheres - Apresentam as mesmas mudanças hormonais. Aumenta
fortemente a concentração de adrenalina e noradrenalina.
.
O mistério da Oxitocina
- O efeito desse hormônio é polêmico. Em alguns homens,
os pesquisadores observaram uma clara elevação junto com o orgasmo
- entre 20% e 360%. Mas a ação da substância no organismo não está
clara. A suposição é que a Oxitocina estaria envolvida em
contrações de partes dos órgãos reprodutivos femininos e
masculinos durante o orgasmo. |
Corpo |
Flush
sexual - O rosto, o peito, a barriga e os ombros ficam
avermelhados. A pressão arterial, a pulsação e a freqüência
respiratória continuam a subir. Há um aumento da tensão muscular. |
Ocorre
um evidente inchaço nos seios e aumenta a circulação sanguínea nas
coxas, nádegas e costas. Ocorre superventilação. A freqüência
cardíaca vai de 110 a 180 batidas por minuto. |
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Cérebro |
CLÍMAX
- Os campos ativados comandam reflexos essenciais, como
a ejaculação. |
Assinatura
do êxtase - Grande atividade na área
relacionada ao sistema de recompensa. Ocorre um bloqueio no
cérebro, na região responsável pelo medo, a amígdala (cerebral). |
Prazer
verdadeiro - Atividade cerebral
semelhante à dos homens. O sistema de alerta trabalha mais.
Orgasmo fingido - Em comparação ao
verdadeiro, os centros motores do cérebro são mais ativados. |
Hormônios |
 Imediatamente
depois do orgasmo, há uma grande elevação do nível do hormônio de
produção de leite, a Prolactina,
tanto nos homens como nas mulheres. Isso tem o efeito de um freio
sexual |
Corpo |
A
atenção fica extremamente reduzida e a ereção mais vigorosa. O
escroto aumenta. A vesícula seminal, os dutos e a próstata
contraem-se ritmicamente. Ocorre a ejaculação do esperma |
Guarnição
orgástica -
O terço dianteiro da vagina se
afunila e se contrai de cinco até 15 vezes. Ocorrem também
inúmeras contrações em regiões como nádegas, mãos, pés e rosto |
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Cérebro |
 Descanso
em vez de desejo...
Depois do clímax, o cérebro
relaxa até o adormecimento. |
Hormônios |
 O
nível de Prolactina permanece elevado até uma hora depois do
orgasmo. Nos homens, o hormônio aniquila o desejo e desencadeia a
preguiça. Por que as mulheres conseguem ter outros orgasmos pouco
tempo depois ainda é um mistério.
O
esperma parece ter um efeito estimulador. Ele contém vários
hormônios: testosterona, estrógeno, Prostaglandina e Prolactina.
Essas substâncias podem passar pela vagina e outras mucosas e cair
na circulação sanguínea |
Corpo |
A
ereção do pênis diminui instantaneamente, a respiração e a
pulsação se normalizam. Dependendo da idade, o homem perde a
capacidade de ficar excitado durante um certo período. |
Depois
do orgasmo, a mulher volta a estar sexualmente excitável. Se ela
não reiniciar o sexo, a respiração se normaliza e o inchaço da
vagina e dos lábios da vulva retrocede. |
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Quem enxerga o Brasil como uma espécie de paraíso sexual precisa rever
seus conceitos. Uma em cada quatro brasileiras (26%)
não tem orgasmo
com seu atual parceiro, revela uma pesquisa realizada pelo Projeto
Sexualidade, da Universidade de São Paulo, com 7 mil pessoas de ambos
os sexos. Muitas jovens não atingem o clímax por inexperiência e
fatores emocionais, como uma educação rígida que condene o prazer
sexual. Nas mais velhas, as dificuldades estão em geral relacionadas a
disfunções físicas. Em um outro estudo feito com 98 mulheres em um
hospital no Rio de Janeiro, apurou que 42% delas não tinham orgasmo,
e, quando se investigou as causas, descobriu-se um dado interessante:
30% das mulheres não chegavam ao clímax por um problema sexual do
parceiro, como disfunção erétil ou ejaculação precoce. Além das
dificuldades masculinas e dos tradicionais inimigos do orgasmo -
stress, cansaço e rotina entediante -, as mulheres enfrentam um tabu
que os homens já superaram, pois a mulher que se masturba tem
intimidade com o corpo e chega ao orgasmo com mais facilidade, mesmo
na relação sexual.
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Pouco Prazer - Metade das
mulheres tem dificuldades na cama, como dor, falta de desejo e
orgasmos raríssimos. |
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A pesquisa da USP revela um dado alarmante: 31% das mulheres nunca se
tocaram na vida. Já entre as que se masturbam, praticamente todas
atingem o clímax.
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Os homens brasileiros têm mais orgasmos que as mulheres - para eles, é
dez vezes mais fácil chegar ao ápice -, mas lidam com outros
problemas: 48% têm disfunções sexuais que vão de dificuldades de
ereção até ejaculação precoce. Os brasileiros são excessivamente
preocupados com desempenho, pois alguns homens costumam a procurar um
Médico até mesmo preocupados com o volume de esperma ejaculado, visto
como símbolo de virilidade. A ejaculação é um fenômeno independente do
orgasmo, o que muitos não sabem. O homem pode chegar ao clímax sem
expelir esperma, sobretudo se for diabético ou tiver passado por uma
cirurgia de próstata e o contrário também pode ocorrer, mas é menos
comum, mas quando o homem perde a concentração ou fica tenso, o homem
pode ejacular sem ter prazer.
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As contrações características do orgasmo duram de poucos segundos a um
minuto, no máximo, mas são acompanhadas por intensas mudanças
fisiológicas e sinais visíveis no corpo.
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Uma emoção forte toma conta dos parceiros. Um misto de bem-estar e
relaxamento tira o casal temporariamente da realidade; |
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Os músculos se contraem involuntariamente; |
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A pulsação acelera; |
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O coração acelera; |
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Nos homens, os dedões dos pés endurecem e os dedinhos ficam
retorcidos; |
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Os pés de ambos os parceiros ficam arqueados e estremecem; |
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Os parceiros se apertam fortemente durante um intervalo de 0,8
segundo durante o pico de prazer; |
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Os genitais incham devido ao fluxo de sangue; |
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Muitas mulheres dobram os dedos dos pés; |
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Homens e mulheres podem ter acesso de riso ou de choro e ficar
sensíveis a cócegas (nos homens, essas reações são menos comuns);
Em algumas pessoas, a boca se abre, em outras, a face se contorce; |
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A respiração fica rápida e curta; |
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A narina de ambos os parceiros fica dilatada; |
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Os dois sexos podem experimentar um súbito insight criativo, pois
o orgasmo produz atividade na região cerebral ligada à
criatividade; |
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Após o orgasmo é comum um prolongado período de exaustão e sono. |
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Treinamento Sexual...
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Não pressione o(a) parceiro(a) a ter
orgasmo - A pressão pelo prazer, com expressões do tipo
"Foi bom pra você?", arruina as
relações.
Quem não consegue sentir orgasmo com o parceiro sente raiva,
frustração e vergonha. A tensão transforma o sexo em uma prática
pesada. Quanto mais stress houver na busca pelo ápice, menor a chance
de alcançá-lo.
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Relaxe e goze - O melhor é
esquecer que chegar ao orgasmo é o objetivo central do sexo. Tentar
alcançá-lo a qualquer preço e em pouco tempo estressa qualquer um. O
importante é relaxar e aproveitar o sexo. O orgasmo é decorrência da
prática e da capacidade de perceber o que lhe dá prazer.
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Caia nas brincadeiras de amor -
Sexo só faz sentido se for leve e divertido. Tudo o que causa
mal-estar ou pressão deve ser evitado. Distribuir velas ao redor da
cama, colocar champanhe sobre o criado-mudo e vestir aquela lingerie
de oncinha pode ser algo muito sedutor, mas também pode elevar muito a
expectativa (e a responsabilidade) do(a) parceiro(a).
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Experimentar, experimentar, experimentar -
Pressão não faz bem a ninguém, mas é importante
perseguir o objetivo de alguma hora chegar ao orgasmo, de forma
paciente e obstinada. Quando não existe uma razão fisiológica que
explique a dificuldade de ''chegar lá'', qualquer um pode treinar sua
capacidade de atingir o orgasmo.
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Esse desconhecido para muitas pessoas.
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A natureza fez com que o orgasmo feminino não tivesse de acontecer
forçosamente durante a penetração, caso contrário, o clitóris estaria
dentro da vagina. O único órgão do corpo humano que não serve para
mais nada além de proporcionar prazer é maior e tem mais ramificações
nervosas do que se supunha. Possui 8 mil terminais nervosos - o dobro
do que existe no pênis.
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O homem ocidental médio é ainda ignorante em relação ao Clitóris, pois
ele não sabe o que é, onde fica ou o que fazer com ele.A ignorância se
manifesta até na pronúncia errada. Tem muita gente boa por aí dizendo
CLÍtoris, como se a palavra
fosse proparoxítona. A pronúncia correta é cliTÓris.
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O Clitóris é uma protuberância situada no topo dos pequenos lábios da
vagina, extremamente sensível e erétil. Normalmente se esconde sob um
capuz de pele mas quando excitado pode aumentar em até três vezes o
seu tamanho.
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Do ponto de vista biológico, o Clitóris é diretamente equivalente ao
pênis, possuindo inclusive uma glande. De fato, nos primeiros meses
após a concepção, a genitália dos fetos feminino e masculino parece
ser idêntica. Segundo o Relatório Hite, a maioria das mulheres se
masturba manipulando o clitóris e, às vezes, os mamilos e apenas 5%
das mulheres introduzem coisas na vagina quando se masturbam.
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Um estudo realizado nos Estados Unidos em 1960, com um grupo de
mulheres de 19 a 32 anos selecionadas ao acaso, revelou que o tamanho
médio do Clitóris em ereção é de 1,9 cm. Nesse grupo, 75% das mulheres
possuia um Clitóris entre 0,8 e 3,0 cm de comprimento quando excitado
e o maior Clitóris registrado nesse estudo tinha 3,6 cm.
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Outro estudo realizado em um hospital americano, com pessoas de 1 a 91
anos, revelou que o Clitóris aumenta de tamanho à medida em que a
mulher vai envelhecendo, sendo que o maior aumento de tamanho ocorre
entre os 15 e os 19 anos, e depois entre os 20 e os 32 anos. Livros
médicos bem atuais mencionam um tamanho médio de 2.5 cm a 4,0 cm de
comprimento para mulheres de 20 a 30 anos. Convém também saber que
Clitóris grande não têm nada a ver com hermafroditismo nem com a
preferência sexual da mulher.
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Mas isso é apenas a ponta do iceberg: a parte escondida, a que fica
dentro do corpo, tem em média 9 cm de comprimento e cerca de 8.000
terminais nervosos (o pênis tem só a metade disso). Por isso, o
Clitóris é um órgão extremamente sensível.
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Os transtornos da resposta sexual podem ocorrer em uma ou mais destas
fases. Sempre que mais de uma disfunção sexual estiver presente, todas
são registradas. Este julgamento deve ser feito pelo Médico, levando
em consideração fatores tais como: a idade e experiência do indivíduo,
freqüência e cronicidade do sintoma, sofrimento subjetivo e efeito
sobre outras áreas do funcionamento.
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Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo:
As fantasias sexuais e o desejo de atividade sexual
persistente deficiente (ou ausente). O julgamento de deficiência ou
ausência é feito pelo Médico, levando em conta fatores que afetam o
funcionamento sexual tais como a idade e o contexto da vida da pessoa.
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Transtorno de Aversão Sexual:
Aversão extrema persistente para evitar todo (quase todo) contato
sexual genital com um parceiro sexual.
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Transtorno Orgástico Feminino:
Atraso ou ausência persistente ou recorrente do orgasmo. Após
uma fase normal de excitação sexual.
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Dispauremia: Dor genital
recorrente ou persistente associada com o ato sexual, não devida a uma
condição médica geral
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Vaginismo: Contração (em
espasmo) involuntária, recorrente ou persistente da musculatura do
terço inferior da vagina que interfere no ato sexual, não devido à
condição médica geral.
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CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS SEXUAIS:
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As disfunções sexuais podem ser divididas em subtipos em relação à
natureza do início da disfunção sexual e em relação ao contexto no
qual essa disfunção ocorre.
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Quanto à natureza do início da disfunção sexual ela pode ser:
- |
|
Tipo ao longo da vida: quando presente desde o inicio da
vida sexual; |
- |
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Tipo adquirido: disfunção se desenvolve apenas após período
de função sexual normal. |
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Quanto ao contexto no qual a disfunção sexual ocorre, pode ser:
- |
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Tipo generalizado: quando a disfunção sexual não está
limitada a certo tipo de estimulação, situações ou parceiros; |
- |
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Tipo situacional:
quando a disfunção sexual está limitada a certos tipos de
estimulação, situações e parceiros. Embora na maior parte dos
casos as disfunções ocorrem durante a atividade sexual com um(a)
parceiro(a), em alguns casos, pode ser apropriado identificar
disfunções que ocorrem durante a masturbação. |
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Outros subtipos podem ser usados para indicar os fatores etiológicos
associados com a disfunção:
- |
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Fatores psicológicos:
quando existem fatores psicológicos que desempenham papel
importante no início, gravidade, exacerbação ou manutenção da
disfunção sexual e sem causas orgânicas; |
- |
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Fatores combinados:
quando fatores psicológicos supostamente desempenham papel no
início, gravidade, exacerbação ou manutenção da disfunção sexual e
existe uma condição médica geral ou uso de medicamento. |
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TRATAMENTOS DOS TRANSTORNO DA RESPOSTA
SEXUAL.
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Recentemente cientistas italianos publicaram um artigo na revista
científica New Scientist em Londres, que medicamentos para incrementar
o prazer sexual e o orgasmo podem ser mais eficientes em mulheres que
tenham o Ponto G grande.
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A zona erógena conhecida como ponto G, localizada no interior da
vagina, ficou famosa por produzir intensos orgasmos. Nela encontram-se
as glândulas de Skene, que segregam uma enzima chamada PDE5 (Fosfodisterase-5),
que atua na excitação feminina e já foi relacionada à sexualidade
masculina.
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Se as glândulas de Skene são grandes e há suficiente secreção de PDE5,
é possível que medicamentos semelhante ao Sildenafil (utilizado na
Disfunção Erétil masculina), para as mulheres com Ponto G pequeno e
para as que não o possuem, esses remédios teriam algum efeito, já que
a PDE5 também é encontrada no clitóris.
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De acordo com as estimativas, 30% das mulheres não têm orgasmo durante
a relação sexual. O ponto G recebeu este nome em referência ao
cientista Ernest Grafenberg, o primeiro a falar sobre a região, em
1950.
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AUXILIARES NO TRATAMENTO DO DESINTERESSE
SEXUAL:
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Para ambos os sexos, muitos dos alimentos que tradicionalmente servem
para melhorar a função sexual são de origem marinha. Peixes são bons
para o cérebro e funções sexuais, especialmente os frutos do mar, como
ostras e moluscos, e isto é devido aos seus altos níveis de zinco.
Também encontramos no mar uma série de alimentos com altos níveis de
nutrientes como as algas marinhas, que auxiliam a função sexual.
.
Tanto para homens como para as mulheres que estejam respectivamente em
fase de Andropausa e
Menopausa, a
Reposição Hormonal é muito
importante para melhora dos sintomas sexuais. Para ambos os sexos,
sabe-se que a diminuição dos níveis dos hormônios androgênios (Testosterona)
tem sido apontado como etiologia da diminuição da libido (desejo
sexual).
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1)
Vitaminas, Minerais e Aminoácidos: Existem muitos
suplementos alimentares específicos para a vitalidade sexual,
particularmente a vitamina E e Zinco. A vitamina C juntamente com a
Niacina e o aminoácido Arginina também auxiliam a função sexual. Os
principais órgãos e nutrientes que os auxiliam para uma melhor função
sexual são os seguintes:
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1.1) Cérebro:
Complexo B, Colina, Cálcio, Magnésio, Potássio e aminoácidos,
especialmente o Triptofano;
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1.2)
Hipófise: Complexo B, Ácido Pantotênico, Niacina, Vitamina E e
Zinco;
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1.3)
Supra-Renais: Vitamina A, Complexo B, Ácido Pantotênico,
Niacina, Tiamina, Vitamina E e Vitamina F (ácidos graxos essenciais);
.
1.4)
Tireóide: Iôdo, Complexo B, Tiamina, Vitamina E e Tirosina;
.
1.5)
Testículos: Vitamina E, Zinco, Vitamina A, Vitamina C, Ácido
Fólico e Inositol;
.
1.6)
Ovários: Complexo B, Niacina, Ácido Fólico, Vitamina E e Zinco.
.
2)
Fitoterápicos: Um grande número de
fitoterápicos podem auxiliar no tratamento de disfunções sexuais e
entre eles temos:
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2.1) Yohimbe (Corynanthe
yohimbe) - Extraída de uma árvore da que cresce ao longo das
nações africanas como Camarões, Gabão e Zaire. Durante séculos, os
nativos destas áreas ingerem a casca desta árvore aumentar o desejo
sexual. O Yohimbe aumentar fluxo de sangue para os órgão genitais do
homem e da mulher, além de estimular reações químicas no corpo que
podem ajudar nos casos de impotência e frigidez de origem psicogênica,
devido a fadiga e a tensão.
.
2.2) Damiana (Turnera
diffusa) - Estimulante sexual, tanto masculino como feminino, que
melhora função de corpo em geral, alivia a ansiedade e a depressão
promovendo sensação de bem estar, além de agir sobre a disfunção
erétil. Age melhor nas mulheres. É usado em cápsulas e o uso em
excesso pode reduzir a absorção de ferro no organismo.
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2.3)
Salssaparrilha (Smilax officinalis) - Originalmente era
utilizado como tratamento da sífilis mas foi logo ficou conhecido como
uma tônico para potência sexual masculina. É provável que tenha
fito-hormônios masculinos. Age com excelentes resultados tanto em
homens como em mulheres.
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2.4)
Tribulus terrestris - Tem ação semelhante ao hormônio LH
estimulando a produção de Testosterona. É provável que também tenha
fito-hormônios masculinos na forma de Metoxi-Isoflavonas. Age com
excelentes resultados tanto em homens como em mulheres, sendo que
nestas a ação é mais rápida.
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2.5)
Muirapuama - Retirado da árvore (Ptychopetalum olacoides) da
família das olacáceas, nativa da Amazônia. É um estimulante sexual,
também age no estômago e em tratamentos para reumatismo. Tem grande
reputação como afrodisíaco.
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2.6)
Zingiber officinalis - Planta Ayurvédica conhecida desde a
Antigüidade na Índia, China, Roma e Atenas, por
suas virtudes
medicinais e condimentares. Atualmente, o gengibre encontra-se
difundido na fitoterapia mundial, e seus princípios ativos são
bastante conhecidos: zingibereno, gingerônio, óleo essencial rico em
substâncias terpênicas (cineol, citral borneol). Usado como
estimulante, anti-lipêmico, digestivo, anti-inflamatório e depurativo.
Muito bem indicado em casos de astenia, fadiga, impotência sexual,
indigestão, dores reumáticas e deficiências circulatórias.
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2.7)
Aspisdosperma quebracho-blanco (Quebracho) - Planta da família
Apocynaceae, nativa da América do Sul, cuja casca é rica em taninos,
amido e alcalóide. Foram isolados seis importantes alcalóides da casca
do Quebracho, dentre os quais o principal é o quebrachine. Esta planta
apresenta uma reconhecida ação tônica geral do organismo, além de ser
imunizante e um excelente tônico do sistema respiratório.
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2.8)
Dioscorea opposita (Dioscórea) - Planta originária da China,
atualmente cultivada em diversas partes do mundo e muito usada por
suas propriedades medicinais. Ricamente constituída de amido, amilase,
aminoácidos (arginina, lisina), ácido glutâmico, serina, colina,
dopamina etc. É utilizada principalmente para o tratamento de fraqueza
geral e sexual, derivadas de perda da energia vital, esgotamentos,
estresses, fadigas crônicas, deficiências nutricionais, hemorragias ou
doenças consumptivas. Nutre, revigora, fortalece e infunde novas
energias ao sistema orgânico.
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2.9)
Dong Quai (Angelica sinensis) - Equilibra as funções das
glândulas femininas. Indicado para TPMs, pré- menopausa e síndrome do
climatério. Tônico funcional endócrino, rico em componentes
estrogênicos naturais (fito-estrogênicos).
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2.10)
Shatavari (Asparagus racemosus) - Planta tradicional da
medicina Ayurvédica e difundida em todo o
mundo,
como alimento e como medicamento. É considerado o principal recurso
fitoterápico na reversão e prevenção do envelhecimento precoce,
especialmente para as mulheres. Nutre, harmoniza e desintoxica os
órgãos reprodutores femininos e os óvulos. Através de seus
fito-hormônios, fomenta a produção natural dos hormônios femininos. É
indicado para mulheres histerectomizadas, ou com disfunções dos órgãos
sexuais, alterações hormonais, leucorréias, inflamações pélvicas,
quedas da libido e no período de menopausa. Além disso, é um grande
digestivo, atua beneficamente contra hiperacidez, gastrites, úlceras
digestivas e disfunções intestinais.
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2.11)
Aswaghanda (Withania somnifera) - Importante planta Ayurvédica,
originária da Índia, reconhecida por seus efeitos tônicos, calmantes e
adstringentes. Sua raiz é empregada em casos de consumpção, emaciação,
debilidade juvenil ou senil, em todos os casos de debilidade geral,
exaustão do sistema nervoso, perda de memória e perda de energia
muscular. Este medicamento infunde nova energias e vigor aos
organismos debilitados pelas doenças de natureza crônica ou pelo
excesso de trabalho, e assim renova e revigora as energias físicas e
mentais e também previne o envelhecimento precoce.
.
2.12)
Ginseng Chinês (Panax Ginseng) - Auxilia no aumento da
resistência orgânica, longevidade e vitalidade. É conhecido por
equilibrar a atividade hormonal e atua como estimulante sexual. É tido
na China como um remédio popular para melhorar a ereção peniana e
estímulo do clitóris, também exaltando a libido e aumentando o prazer
sexual.
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2.13)
Ginseng Coreano - Tem ação mais moderada, menos estimulante que
o Ginseng Chinês, sendo muito utilizado para
tensão
aguda, é conhecido como uma poção de amor. Aumenta desempenho físico e
mental. Também é conhecido por ter ação em equilibrar a atividade
hormonal, atuando como um estimulante sexual. No Oriente é considerado
um remédio popular para melhorar a ereção do pênis e estímulo do
clitóris, com ação de melhora da libido e aumento do prazer sexual. Os
poderes do Ginseng Coreano Vermelho, usado há séculos como afrodisíaco
pelos orientais, recentemente foram colocados à prova e as conclusões
do teste mostram que havia razão no uso. A pesquisa, feita na
Universidade Federal de São Paulo, provou que a raiz melhora o
desempenho de pacientes com disfunção erétil leve e moderada/leve. O
estudo foi realizado com 54 homens. Um grupo tomou pílulas com extrato
da planta. O outro, placebo. Os resultados surpreenderam pois 66% dos
que tomaram o Ginseng tiveram melhora significativa na ereção. Entre o
grupo que tomou placebo, esse índice foi de 25%. É muito provável que
os que receberam remédio inócuo melhoraram porque muitos têm disfunção
de fundo psicológico, mas mesmo assim a diferença de resposta foi
grande, e mostra que a raiz funciona. Não foi encontrado efeito
colateral ou contra-indicação, porém, o ginseng não deve ser comparado
às drogas para ereção disponíveis. A sua eficácia é menor, mas há
vantagens no seu uso pois por ser ingerido diariamente, não é preciso
calcular quando ter relação (os outros remédios exigem um tempo para
fazer efeito.
.
2.14)
Ginseng Siberiano (Eleuthero ginseng) - Normaliza a pressão
sanguínea, alivia a tensão e reduz o colesterol. Aumenta
particularmente os níveis de estrógenos em mulheres na menopausa.
É também chamado de Ginseng Branco.
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2.15)
Avena Sativa - É tradicionalmente usado para aumentar e
melhorar a resistência, memória, espírito e corpo e referências
com os efeitos estimuladores sexuais das aveias tem sido encontrado
até 200 anos atrás na farmacopéia da Alemanha. Estudos atuais do
Instituto para Estudos Avançados da Sexualidade Humana tem mostrado
que a Avena Sativa aumenta o interesse no sexo.Atualmente é a maior
sensação nos Estados Unidos como estimulante sexual. Demonstrou ser um
afrodisíaco poderoso que não produz nenhum efeito colateral adverso.
Age nos receptores de testosterona existente tanto no cérebro
masculino quanto no feminino.
.
2.16)
Kawa-Kawa (Piper methysticum) - Já era conhecido suas ações
desde o início deste século. É obtida a
partir
da raiz de um uma planta nativa das ilhas do Pacífico Sul. É um
fito-fármaco capaz de suprimir os estados de ansiedade e diminuir a
sensação de inquietude e tensão do dia a dia. Alem disso, melhora a
qualidade do sono, sem diminuir a atenção ou a capacidade de
concentração. Também provocam ação de relaxamento muscular e tem ação
anti-convulsivante. Age também nos distúrbios psicossomáticos e
neurovegetativos, no combate a fadiga, a depressão e ao stress,
acabando com o desânimo, a astenia, a ansiedade e a insônia. Tem a
vantagem sobre as drogas sintéticas anti-depressivas e
tranqüilizantes, pois não causa prisão de ventre, visão borrada,
sonolência, nem altera o desejo sexual (pelo contrário, até aumenta),
nem retarda a ejaculação e o orgasmo.
.
3)
Precursores Hormonais:
.
3.1) DHEA - Ele é um entre
mais de 100 hormônios produzidos pelas glândulas Supra-Renais. O DHEA
seria o “pai” dos
hormônios sexuais. O DHEA (Dehidroepiandrosterona) é
o precursor dos hormônios sexuais, produzido pelas glândulas
Supra-renais. É um componente essencial da maior parte das funções
fisiológicas.
O organismo utiliza-o para fabricar os hormônios sexuais Testosterona,
Estrogênio e Progesterona. Indiretamente, o DHEA provoca também um
aumento do nível de IGF-1 (um metabólito do hormônio de crescimento),
o que constitui uma das explicações dos seus benefícios para a saúde.
O DHEA circula no corpo principalmente sob a sua forma hidrossolúvel,
o Sulfato de DHEA (S-DHEA) que pode-se facilmente medir no sangue.
.
Fora do seu papel como precursor dos hormônios sexuais,o DHEA está em
relação oposta a produção dos hormônios corticosteróides, que são
produzidas pelas glândulas supra-renais em reação ao Stress. Logo, se
o stress é um fator essencial do declínio do DHEA, a partir da idade
de 30/35 anos, acompanha-se de uma susceptibilidade acrescida às
doenças, que vai junto com a aceleração do envelhecimento.
.
Os principais benefícios do DHEA são:
- |
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Uma melhoria importante e rápida do nível de energia e da
vitalidade, perceptível após algumas semanas apenas em 82% das
mulheres e 67% dos homens (de acordo com um estudo realizado à
Universidade de San Diego, Califórnia); |
- |
|
Uma estimulação do sistema imune que reforça a resistência às
doenças; |
- |
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Uma melhor resistência ao stress. uma modulação das outras funções
hormonais, que pode contribuir para reduzir as perturbações
associadas ao menopausa e o andropausa; |
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Re-hidratação cutânea, com melhora da atividade das glândulas
sebáceas, produtoras de substâncias que permitem a pele guardar a
sua flexibilidade e defender-se contra as agressões microbianas e
do ambiente geral; |
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Diminuição da pigmentação ligada ao envelhecimento, em especial a
nível do rosto |
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Melhoria dos tecidos ósseos (sobretudo nas mulheres),
interessantes para a utilização em prevenção das fraturas ósseas
espontâneas nas pessoas idosas; |
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Uma libido aumentada (freqüência das relações, desejo, sinais
físicos e psíquicos); |
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Uma diminuição da massa gordurosa e aumento da massa muscular. |
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O DHEA é produzido em laboratório a partir de uma Saponina de origem
vegetal denominada Diosgenina. O corpo humano não dispõe das enzimas
necessárias para efetuar esta conversão. As alegações sobre produtos
que estimulam "naturalmente" a produção de DHEA por conseguinte são
privadas de qualquer fundamento.
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Sobre os resultados do DHEA em seres humanos, foram realizados vários
estudos. Observou-se que a curto prazo foi demonstrado sem ambigüidade
que o DHEA melhora a vitalidade e o bem-estar de maneira espetacular,
reforça o sistema imunológico, reduz os sintomas da Menopausa, ajuda a
prevenir a Osteoporose, melhora as funções neurológicas, a memória e a
qualidade do sono, além da libido tanto masculina quanto feminina e da
resposta aos estímulos sexuais.
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A longo prazo observa-se que, em resultados preliminares, o DHEA afeta
de maneira positiva a resposta do organismo no que diz respeito ao
câncer, as doenças cardiovasculares, ao diabetes, a obesidade, ao
lupus sistemático eritematoso e a doença de Alzheimer. Estes estudos
estão prestes a comprovar a hipótese básica da teoria endócrina do
envelhecimento em que muitas doenças degenerativas e de deterioração
funcional resultam da baixa da produção de certos hormônios e, assim,
a suplementação hormonal permite parar, ou mesmo inverter o processo.
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3.2) Pregnenolona -
Já que o DHEA é chamado “pai” dos hormônios sexuais, a Pregnenolona
por dar origem ao DHEA seria a “avó dos hormônios sexuais”.
Acredita-se, pela importância dos estudos da Pregnenolona, que no
futuro a Terapia de Reposição da Pregnenolona será tão comum como hoje
é a reposição de Estrogênio na menopausa. A Pregnenolona aumenta os
níveis de energia, bloqueia os efeitos do estresse e melhora a função
sexual em homens e mulheres.
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3.3) Pro-hGH (Pro-Hormônio
do Crescimento) - Hoje tem sido a nova “estrela” eleita pela
Medicina, pela mídia e pelos artistas de Hollywood. Age estimulando o
Hormônio do Crescimento (hGH), produzido pela glândula hipófise que é
mais abundante durante a infância, quando estimula o desenvolvimento
de ossos, músculos e órgãos. O Hormônio do Crescimento é mais um
hormônio cuja produção diminui muito com a idade e nos estudos mais
recentes mostrou que se o estimularmos com o Pro-hGH há um aumento
significativos das funções sexuais, entre outros efeitos satisfatórios
que provoca.
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4)
Outras substâncias:
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4.1) Bupropiona - Droga
anti-depressiva que vinha sendo utilizada no combate ao tabagismo e
que demonstrou ser a mais moderna escolha no tratamento do
desinteresse sexual em mulheres. Estimula a libido, provocando sonhos
eróticos e proporcionando na maioria das que usaram, orgasmos
intensos. É utilizada somente sob prescrição médica. Não tem ação em
homens.
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4.2) Cabergolina - Usada no
tratamento do mal de Parkinson ou para interromper a produção de leite
- aumenta o desejo e propicia um orgasmo mais intenso.
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Diversas drogas farmacêuticas presentes em vários medicamentos podem
prejudicar a vida sexual, tanto de homens quanto de mulheres.
Entretanto, não deixe de usá-las sem antes conversar com o seu Médico,
avaliando-se a necessidade e a importância de seu uso em sua doença e
a possibilidade de atenuar os seus efeitos na sua vida sexual. Muitos
dos efeitos citados são transitórios e tendem a desaparecer com a
redução da dose ou quando o tratamento for encerrado.
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Lista das
drogas que podem prejudicar a vida sexual masculina e feminina:
- Acetazolamida: perda da libido,
diminuição da potencia sexual.
- Alprazolam: inibição ou retardo
do orgasmo, não-ejaculação.
- Amilorida: impotência,
diminuição da libido.
- Amiodarona: diminuição da
libido.
- Amitriptilina: perda da libido,
impotência, não-ejaculação.
- Amoxapina: perda da libido,
impotência, ejaculação dolorida ou retrógrada ou não-ejaculação.
- Anticolinergicos: impotência.
- Atenolol: impotência.
- Baclofen: impotência,
dificuldade para ejacular.
- Barbituratos: dimunuição da
libido, impotência.
- Brometo de Metantelina:
impotência.
- Carbamazepina: impotência.
- Carbonato de Litio: diminuição
da libido, impotência.
- Cetoconazol: impotência.
- Cimetidina: impotencia,
diminuição da libido em homens e mulheres.
- Clofibrate: impotência,
diminuição da libido.
- Clomipramina: diminuição da
libido, impotência, ejaculação retardada, ausência de orgasmo.
- Clonidina: impotência, retardo
na ejaculação ou no orgasmo.
- Clorpromazina: diminuição da
libido, impotência, não-ejaculação.
- Clorprotixeno: inibição da
ejaculação, diminuição da intensidade do orgasmo.
- Clortalidona: diminuição da
libido, impotência.
- Danazol: mudanças na libido.
- Desipramina: diminuição da
libido, retardo ou não-ejaculação.
- Digoxina: diminuição da libido,
disfunção ejaculatória.
- Disopiramida: impotência.
- Dissulfiram: impotência.
- Diuréticos Tiazídicos:
impotência, baixa energia.
- Doxepina: diminuição da libido,
disfunção ejaculatória.
- Espironolactona: diminuição da
libido, impotência.
- Estrógenos: diminuição da libido
em homens.
- Etionamida: impotência.
- Etosuximida: diminuição da
libido.
- Etoxzolamida: diminuição da
libido.
- Fenelzina: impotencia, retardo
ou não-ejaculação.
- Fenitoína: diminuição da libido,
impotência.
- Flufenazina: mudanças na libido,
dificuldade de ereção, impotência.
- Fluoxetina: retardo na
ejaculação, retardo do orgasmo em mulheres.
- Guanabenz: impotência.
- Guanadrel: diminuição da libido,
retardo ou ejaculação retrógrada, impotência.
- Guanetidina: diminuição da
libido, retardo ou ejaculação retrógrada ou não-ejaculação.
- Haloperidol: impotência,
ejaculação dolorosa.
- Hidralazina: impotência,
ejaculação dolorosa.
- Hidroxi-progesterona:
impotência.
- Imipramina: diminuição da
libido, impotência, ejaculação dolorosa.
- Indapamida: diminuição da
libido, impotência.
- Interferon: diminuição da
libido, impotência.
- Isocarboxazida: impotencia,
retardo na ejaculação, ausência de orgasmo em mulheres.
- Labetalol: priapismo,
impotência, diminuição da libido.
- Levodopa: diminuição da libido,
impotência.
- Mazindol: impotencia, ejaculação
espontânea, dos nos testículos.
- Mesoridazina: não-ejaculação,
impotência, priapismo.
- Metadona: diminuição da libido,
impotência, ausência de orgasmo.
- Metandrostenolona: diminuição da
libido.
- Metazolamida: diminuição da
libido, impotência, ausência de orgasmo, não-ejaculação.
- Metildopa: diminuição da libido,
não-ejaculação, ausência de orgasmo.
- Metirosina: impotência, falhas
na ejaculação.
- Metoclopramida: impotência,
diminuição da libido.
- Metoprolol: diminuição da
libido, impotência.
- Naltrexona: retardo na
ejaculação, impotência.
- Naproxeno: impotência,
não-ejaculação.
- Nortriptilina: impotência,
diminuição da libido.
- Paroxetina: retardo na
ejaculação, ausência de orgasmo em mulheres.
- Prazosin: impotência, priapismo.
- Progesterona (sintética):
diminuição da libido em homens, impotência.
- Propranolol: perda da libido,
impotência.
- Ranitidina: perda da libido,
impotência.
- Reserpina: diminuição da libido,
impotência, retardo ou não-ejaculação.
- Sertralina: retardo na
ejaculação, ausência de orgasmo em mulheres.
- Timolol: diminuição da libido,
impotência.
- Tioridazina: impotencia,
priapismo, não-ejaculação ou ejaculação dolorosa.
- Tranilcipromina: impotência.
- Trazodona: priapismo, ejaculação
retrógrada.
- Verapamil: impotência.
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Se você está em uso de algum desses medicamentos, não deixe de
usá-lo sem antes conversar com o seu Médico, avaliando-se a
necessidade e a importância de seu uso em sua doença e a
possibilidade de atenuar os seus efeitos na sua vida sexual.
Muitos dos efeitos citados são transitórios e tendem a desaparecer
com a redução da dose ou quando o tratamento for encerrado. |
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A quantas anda seu "QI sexual"?
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A ciência tem mostrado que sua saúde física e psicológica depende mais
da sexualidade do que se pensava.
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O ditado diz que sexo, quando é bom, é ótimo. E que, quando é ruim,
ainda assim é muito bom. Mas o que define o sexo bom? E o ruim? Há
quem só se satisfaça com, pelo menos, uma relação por dia e quem se
contente com bem menos. Alguns preferem o sexo tranqüilo, outros vêem
graça apenas nos encontros, digamos, mais selvagens. As alegrias e os
dissabores vividos sob os lençóis são experiências pessoais e
intransferíveis – impossíveis, aparentemente, de ser catalogadas.
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Pesquisadores criaram um teste para tentar medir e entender
cientificamente a qualidade da vida sexual de homens e mulheres. Eles
batizaram o teste de Quociente Sexual, ou simplesmente
QS.
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O teste investiga o grau de interesse de uma pessoa para iniciar o ato
sexual, a confiança dela em seu poder de sedução, seu contentamento
com as preliminares, a importância que ela dá à excitação do parceiro
e a freqüência com que ela chega ao orgasmo. No caso dos homens,
avaliam-se ainda a qualidade da ereção e a capacidade de controlar a
ejaculação. No das mulheres, se elas conseguem se manter lubrificadas
e relaxadas e se, em algum momento do ato, sentem dor.
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Este artigo não pretende a prescrição ou indicação de
medicamentos. Se você apresenta algum dos sintomas citados procure
um Médico pois nada substitui uma consulta com um Médico
especializado, pois tanto para a mulher como para o homem, a
avaliação Médica e especialmente a Terapia Ortomolecular tem que
ser individualizada e só deve ser prescrita por Médico
Especialista, e que para se ter uma base do que se vai indicar
para um paciente é necessário fazer uma minuciosa anamnese
clínica, avaliar o estado psico-emocional do paciente e fazer um
estudo pormenorizado com exames laboratoriais, inclusive
Ortomoleculares como o Teste do Cabelo (Mineralograma) e outros
através de sangue, urina e fezes. |
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